A fibra de um argentino que gosta de grande desafios. Varela e James, a dúvida que não chega a ser existencial.
Numa equipa tão bem mecanizada como o FC Porto, que fez um Campeonato inteiro sem perder um único jogo e chega à final da Liga Europa quase com uma perna às costas, uma dúvida no onze não ocupa mais que o espaço necessário a uma frase: o que importa se joga Varela ou James? Ok, o jovem colombiano é um fogo ambulante que aquece o jogo ofensivo do FC Porto, mas Varela tem o factor experiência do seu lado, o que numa final pode fazer a diferença.
Ambos têm um golo na prova, os dois andam praticamente a par no que respeita à titularidade: James foi primeira opção em quatro das oito partidas em que participou, Varela em cinco dos 11 desafios em que foi utilizado. Pode parecer uma grande diferença, mas o português tem apenas mais 113 minutos na Liga Europa do que o colombiano. Se calhar, temos que ver este filme ao contrário: Varela e James traduzem de forma fiel o equilíbrio da gestão de Villas Boas e competitividade interna que anima o plantel portista. Pergunta-se: os problemas do SC Braga diminuem ou aumentam em função de jogar um ou outro? Há de facto uma luta de extremos, a possível numa equipa que tem Hulk na galeria de génios, mas existe, acima de tudo, uma equipa que não depende deste tipo de detalhes para ganhar jogos.
Diferente é o equilíbrio defensivo. Aí, o adversário dos portistas mostra dentes afiados e Otamendi é o homem certo para formar com Rolando a dupla de centrais. Certo, porquê? O argentino esteve num plano fracote frente ao Marítimo, porque não se encaixa em partidas de baixa intensidade emocional. O que ele gosta mesmo é de pressão alta, e quanto mais alta melhor.
Há futebolistas que quebram perante um desafio gigantesco. Com Otamendi acontece o contrário, definha se não houver adrenalina a correr no relvado e um troféu para agarrar. O argentino mostrou de que fibra é feito nos encontros que disputou com o Benfica. Encaixa como uma luva na habitual estrutura utilizada por Villas Boas e até foi o próprio treinador, na projecção que fez da final, que lançou a ideia de que não irá haver surpresas no onze.
É evidente que nada de revelador saiu do treino portista na Arena de Dublin, dividido por uma parte física e outra em que a bola rolou ao sabor do talento de cada um.
Meus amigos do F.C.Porto, não vou estar com grandes considerações, não vou falar em pressão, motivação, confiança, seja no que for, vocês sabem o que têm a fazer e como fazer. Hoje em Dublin, disfrutem e gozem o momento.
ResponderEliminarEstar numa final europeia não acontece todos os dias e há muitos que nunca lá vão chegar, por isso, aproveitem bem o jogo, dêem o vosso melhor, caprichem, ganhem, porque as finais são para ganhar. É dos vencedores que rezará a história.
Eu confio e acredito.
Força Porto!!!
Um abraço