domingo, 1 de agosto de 2010

Bordéus-FC Porto, 2-1: Com dedo de terceiros

O que mudou de um dia para o outro? Para além dos rostos, praticamente nada. Este Domingo o FC Porto voltou a actuar de acordo com o seu plano e criou diversas oportunidades. Os desenhos voltaram a ser difíceis de acompanhar e a pressão manteve-se apertada. As feições estão cada vez mais marcadas. O colectivo continua a crescer. E não serão desfechos injustos a condicioná-lo.


O método «bola parada», cada vez mais decisivo em partidas equilibradas, foi o primeiro a gerar pânico. Belluschi cobrou um canto da direita, Ukra cabeceou por cima. Do mesmo ponto e com repetição no marcador, surgiria nova aflição para a defesa do Bordéus, desta vez em dose dupla. A cabeçada de Sapunaru e a recarga de Walter, todavia, esbarraram no guarda-redes contrário.

Tal como frente ao PSG, era o FC Porto quem mais e melhor corria pelo golo, faltando-lhe apenas um pouco de fortuna na finalização. Em cima da meia hora, Walter confirmou a agressividade atacante que todos lhe reconhecem. Primeiro, e após assistência de Belluschi, rematou por cima. À segunda, e após jogada colectiva perfeita, culminou a combinação entre Belluschi e Varela com um remate seco, de pé esquerdo.

Sem que a sua produção o justificasse, o Bordéus acabaria de empatar, num lance que constituiu o cúmulo da tendência caseira da arbitragem. Da cobrança de uma falta inexistente, gerou-se confusão na área do FC Porto, com Ciani a empurrar descaradamente Sapunaru, permitindo a cabeçada de um companheiro. Todos viram menos o juiz. Inaceitável num torneio com este prestígio.

Quase sem pestanejar, o Dragão voltou à carga, com Falcao e James a darem nova dinâmica. A injustiça também serve para testar o Dragão e a pressão repetiu-se, sempre à procura de conquistar a bola, empurrar o adversário e abrir espaços. Seria, contudo, o Bordéus a chegar ao segundo golo, com felicidade e sem merecimento. Estava (mal) escrita a história de mais um jogo de preparação.

FICHA DO JOGO

Torneio de Paris 2010-08-01 (2ª jornada)

Parque dos Príncipes, em Paris

Árbitro: Jean-Charles Caillex (França)

Assistentes: Fedji Harchay e Hicham Zakrani

BORDÉUS: Olimpa; Chalme «cap.», Saunier, Ciani e Marange; Ducasse; Sertic, Jussié e Traoré; Saivet e Ayite

Substituições: Saunier por Henrique (46m), Sertic por Plasil (60m), Ayite por Gourcuff (66m), Traoré por Wendel (66m), Saivet por Cavenaghi (66m) e Ducasse por Sane (79m)

Não utilizados: Andrietti, Diarra, Fernando, Bellion, Lasne e Tremoulinas

Treinador: Jean Tigana

FC PORTO: Beto; Sapunaru, Sereno, Maicon e Alvaro Pereira «cap.»; Souza, Belluschi e Ruben Micael; Ukra, Walter e Varela

Substituições: Ruben Micael por Castro (16m), Alvaro Pereira por Rafa (46m), Walter por Falcao (60m), Varela por James (60m), Maicon por Rolando (64m) e Sapunaru por Fucile (71m)

Não utilizados: Kieszek, Bruno Alves, Raul Meireles, Rodríguez, Hulk e Tomás Costa

Ao intervalo: 0-1

Marcadores: Walter (29m), Ayite (60m) e Ciani (83m)

Disciplina: Cartão amarelo a Chalmet (39m), Varela (45m), Maicon (62m) e Sane (81m)
 
in "fcporto.pt"

Walter: "É sempre bom marcar"

O avançado Walter estreou-se a titular frente ao Bordéus e fez logo o seu primeiro golo de dragão ao peito, porém não foi suficiente para segurar a vitória, uma vez que na segunda parte a equipa adversária deu a volta ao marcador.

“É sempre bom marcar, mas o importante é o grupo, por isso foi pena pela derrota. Agora vamos erguer a cabeça e pensar no importante jogo que vamos ter no sábado [frente ao Benfica para a Supertaça Cândido de Oliveira]”, disse o jogador brasileiro.

“Foi difícil para mim, pois praticamente apenas fiz um treino e já não jogava há muito tempo. O treinador decidiu trazer-me e graças a Deus fiz o golo”, contou Walter, que recusou qualquer comparação com o seu conterrâneo Hulk: “Sempre que o Hulk joga é o melhor em campo. É um jogador fantástico e ainda bem que podemos estar juntos no FC Porto”.

in "ojogo.pt"

«Árbitro beneficiou os franceses»

No final da partida entre o Bordéus e o FC Porto, a contar para o Torneio Cidade de Paris, que terminou com a vitória dos franceses por 2-1, o treinador dos dragões, André Villas-Boas, mostrou-se desagradado com a arbitragem.


"Normalmente criamos muitas oportunidades de bola parada, hoje não fomos nós, foram eles. Mas o árbitro também ajudou, pois marcou muitas faltas. Nas bolas paradas é uma questão de detalhe e temos de analisar os golos sofridos."

Com o jogo da Supertaça frente ao Benfica à porta o técnico revelou que a equipa "vai agora encarar a semana com muita concentração."

Vilas-Boas mostrou-se satisfeito com a gestão do plantel durante o torneio e garantiu que Bruno Alves e Raul Meireles são opções para o jogo com o Benfica:

"Claro que são opções e se cá estiverem serão utilizados. São jogadores que geram mercado mas se há interessados que se mostrem e paguem o dinheiro" finalizou.

in "record.pt"

Golo Walter Bomba

«Hulk é único e sou fã dele»

O mais recente reforço dos dragões, Walter, estreou-se a marcar frente ao Bordéus, e mostrou-se satisfeito com o seu desempenho apesar de lamentar a derrota da sua equipa.


"É sempre bom marcar. Um avançado vive de golos. Tenho tentado adaptar-me ao futebol praticado pela equipa, pois em Portugal é tudo muito mais rápido, mas correu bem apesar de não jogar há dois meses e ainda não estar em forma," frisou.

"Perdemos mas há que levantar a cabeça e trabalhar para estarmos bem frente ao Benfica," acrescentou o Bigorna, revelando que foi "muito bem recebido por todos" e rejeitando qualquer comparação com o estilo de Hulk. "Ele é único, sou um grande fã dele," finalizou.

in "record.pt"

Anderson no Porto: «É a melhor cidade do mundo para eu recuperar»

A época acabou para Anderson. O brasileiro do Manchester United contraiu uma grave lesão no joelho direito e terá de parar cerca de meio ano. O ex-jogador do F.C. Porto será operado na Cidade Invicta na próxima sexta-feira de manhã.


Em declarações exclusivas ao Maisfutebol/TVI, Anderson explicou os motivos que o levaram a optar pelo cirurgião José Carlos Noronha. «Quando fiz aquela lesão grave no pé, contra o Benfica (n.d.r. após entrada de Katsouranis), foi ele que me tratou e tudo correu bem», referiu o esquerdino. «É um médico espectacular e tenho inteira confiança nele. O ManUtd também tem um bom departamento médico, mas achei que o melhor era ser operado pelo José Carlos Noronha.»

Anderson explica a má fase no ManUtd

Sempre de sorriso nos lábios, o médio do ManUtd explicou o que se passou na partida frente ao West Ham, no dia 24 de Fevereiro. «Senti os ligamentos a romperem, na parte de trás do joelho. O jogo levava apenas seis minutos, estava a sentir-me bem e foi acontecer-me isto¿ Mas o futebol é isto e as coisas podem acontecer quando menos se espera.»

«Quero estar a 100 por cento no início da temporada»

Anderson esteve apenas uma época e meia no F.C. Porto, mas envolveu-se emocionalmente com o clube e os adeptos. Para o atleta dos red devils, cada viagem a Portugal carrega uma enormidade de boas memórias. Mesmo agora, num período difícil da sua carreira, o brasileiro não perde de vista as boas sensações que a cidade do Porto lhe provoca.

«É sempre importante para mim voltar ao Porto e reencontrar os meus amigos. Tenho um grande carinho por essa cidade. É o melhor lugar do mundo para poder recuperar bem», confessou Anderson, que irá tentar estar com alguns ex-colegas dos azuis e brancos.

«Vai dar para matar saudades dos meus amigos no clube, mas tenho, antes de mais, de pensar na minha recuperação. As lesões no joelho são sempre complicadas e eu quero fazer um bom trabalho de fisioterapia para estar a 100 por cento no início da próxima época.»

in "maisfutebol.iol.pt"

Rolando desvaloriza derrota

O defesa-central Rolando diz que o FC Porto tem deixado boas indicações, por isso não se mostra preocupado com a derrota diante do PSG. Ainda assim, admite que «é sempre mau perder».


«Entramos sempre para vencer. Foi um jogo de preparação e o golo surgiu quase no final. É sempre mau perder e temos de corrigir algumas coisas. Porém, temos deixado boas indicações», afirmou Rolando, em declarações prestadas em falsh interview.
 
in "abola.pt"

Villas-Boas: «Walter deu boas indicações»

O avançado Walter fez este sábado a estreia com a camisola do FC Porto - alinhou 30 minutos - e deixou o técnico André Villas-Boas convencido de que a sua contratação foi acertada.


"Deu boas indicações, mas também há que ter em atenção que ele só tem um treino com a equipa. Vai demorar a adaptar-se, mas é um jogador que vem adicionar qualidade ao plantel e tentaremos que ele se integre o mais rápido possível", explicou o técnico do FC Porto, que garantiu que a troca de Walter por Falcão foi para fazer descansar o colombiano.

in "record.pt"

Raul Meireles treinou-se após o encontro colm o PSG

Ao contrário do que aconteceu com Bruno Alves, Fucile, Ukra, Souza, Belluschi e Tomás Costa, que assistiram à partida na bancada, o nome de Raul Meireles estava na ficha de jogo.


O médio esteve no banco de suplentes durante os 90 minutos, pelo que continua por estrear-se nesta pré-temporada. Como não somou os seus primeiros minutos, Raul Meireles subiu ao relvado do Parque dos Príncipes após o final da partida, para realizar uma ligeira sessão de treino.

O internacional português esteve acompanhado pelo preparador físico José Mário Rocha.

in "record.pt"

Fernando na hierarquia dos capitães

Falcao voltou a ser a primeira escolha para capitão de equipa do FC Porto, assumindo essa responsabilidade durante 63 minutos na partida com o PSG, parte dos quais já com Helton em campo, outro dos capitães da equipa, conforme O JOGO revelou. Uma indicação de que o colombiano, com apenas um ano de clube, será mesmo a principal escolha para liderar o balneário. Quando o avançado saiu, entregou a braçadeira a Fernando, outro jogador na hierarquia dos líderes. Convém lembrar, contudo, que Bruno Alves e Raul Meireles, capitães nos últimos anos, ainda entraram nestas contas, por nunca terem jogado.


Guarín e Álvaro a jacto

Guarín e Álvaro Pereira vestiram ontem pela primeira vez a nova camisola reciclável do FC Porto, no caso a amarela. O colombiano lesionou-se no final da época passada, ao serviço da selecção, e só esta semana conseguiu treinar ao lado dos companheiros. Villas-Boas ficou convencido com a entrega do médio e ofereceu-lhe a titularidade no jogo com o PSG, o primeiro de Guarín esta época. O mesmo se aplica ao uruguaio, que só regressou de férias na terça-feira.

Pelo menos na bancada não faltaram goleadores

Pauleta e Fernando Gomes assistiram à partida em diferentes bancadas do Parque dos Príncipes. Em épocas distintas, ambos foram reis dos mercadores e juntos contabilizam algumas centenas de golos marcados. E que jeito dariam tanto a FC Porto e PSG se a idade ainda permitisse que calçassem as chuteiras… O bibota aproveitou a presença do FC Porto em Paris para passar por lá o fim-de-semana.

Franceses tiveram de mudar de roupa

O PSG foi obrigado a trocar de meias e calções à última hora quando se apercebeu de que as cores eram muito parecidas com as do FC Porto. Sendo o anfitrião, o PSG permitiu que os portistas jogassem de calções e meias azuis, trocando o seu equipamento para branco, com camisola vermelha. Os dragões usaram o amarelo alternativo, mas sempre ecológico.

Sem Jabulani, para variar

O Torneio de Paris está a ser disputado com a bola que será adoptada no campeonato gaulês, que é da Puma. Portanto, bem diferente da Jabulani que tanta polémica tem levantado. Só que é mesmo com essa que os portistas vão jogar ao longo da época. Este fim-de-semana desabituaram-se um pouco da bola do Mundial sul-africano, sendo "apresentados" a uma outra.

Emigrantes presentes

O FC Porto contou com o apoio de muitos emigrantes lusos que rivalizaram em número com os adeptos do PSG. Quando o animador de serviço pediu que se manifestassem percebeu-se isso mesmo: os portistas estavam bem distribuídos pelas bancadas, numa tarde de bastante calor em Paris. Até alguns elementos dos SuperDragões viajaram de Portugal com o propósito de apoiar a equipa.

in "ojogo.pt"

Raul Meireles no banco, Bruno Alves na bancada

Importa começar por dizer que hoje há mais um jogo e que só nessa altura se poderá tirar conclusões, mas para já fica o registo da ausência de Bruno Alves e Fucile da ficha do jogo da partida com o PSG. Villas-Boas só pode inscrever 22 nomes e optou por deixar de fora, além destes dois jogadores que podem estar de saída do Dragão, Souza, Belluschi, Tomás Costa e Ukra. Curioso é que colocou lá os três guarda-redes. Outro dos nomes que têm animado o mercado, Raul Meireles, sentou-se no banco, de onde voltou a não sair, tal como na recepção à Sampdória, e nem sequer saiu para o aquecimento, assim como Beto, Castro, Sapunaru e Varela. Ou melhor, saiu de lá após o apito final para treinar sozinho com Vítor Pereira. Para já estas escolhas de Villas-Boas não passam disso mesmo e a promessa de dar minutos a todos os atletas fica pendente do que decidir para o encontro com o Bordéus. Em todo o caso, o treinador deixou no ar a hipótese de Bruno Alves e Raul Meireles não serem utilizados, eles que têm as portas de saída abertas. O central estará a caminho do Zenit.

in "ojogo.pt"

Erros ditam primeira derrota

Depois de três vitórias consecutivas, a uma semana de defrontar o Benfica, o FC Porto perdeu pela primeira vez na pré-época. O central Traoré deu a vitória ao PSG no último suspiro do jogo, num lance que serviu para exemplificar algumas falhas defensivas cometidas pela equipa de Villas-Boas ao longo dos 90 minutos. Para hoje está reservado o jogo com o Bordéus e a decisão sobre o vencedor do Torneio de Paris. E o FC Porto, mesmo que vença, já não pode levantar o troféu.


O que houve de positivo e negativo na exibição do FC Porto em Paris diante de muitos emigrantes portugueses? Sem dúvida, a circulação de bola durante alguns períodos do jogo merece elogios, apesar de a eficácia ofensiva não ter sido conseguida. Walter estreou-se e só tentou ganhar ritmo e Falcao ficou, mais uma vez, sem marcar. Pela negativa há a apontar as tais falhas no sector recuado, mais evidentes na segunda parte.

André Villas-Boas tinha dito que o jogo não serviria para descobrir o onze titular para a Supertaça e que o importante era continuar a dar minutos aos jogadores (Guarín e Álvaro Pereira jogaram pela primeira vez), mas deve ter ficado com ideias mais esclarecidas sobre alguns jogadores. Na primeira parte, por exemplo, a colocação do médio colombiano entorpeceu um pouco o sector, que viveu mais de João Moutinho e, no ataque, as explosões intermitentes de Hulk ficaram sem o objectivo final: o golo. O brasileiro esteve perto de o conseguir, mas Apoula negou-o aos 29 minutos. Na baliza portista, e com Rolando e Maicon à frente de Kieszek, também houve oportunidades de golo. Kezman esteve a milímetros dos festejos depois de uma cabeçada cheia de técnica.

Na segunda parte, com a entrada de Rúben Micael para o lugar de Guarín, a circulação de bola melhorou, embora o ataque, agora com James no lugar de Rodríguez, não tenha melhorado, nem tão-pouco com a substituição de Falcao por Walter. A defesa, com Emídio Rafael no lugar de Álvaro Pereira e Sereno no posto de Maicon, é que baixou de nível, tanto mais que o meio-campo defensivo também perdeu lucidez na pressão sobre a bola. Resultado: lançamento lateral, Helton ficou a meio, Rolando hesitou e Traoré não perdoou.

André Villas-Boas baralha onze da Supertaça

Como começou
Circulação

Com o sistema táctico do costume, a novidade foi a inclusão de Álvaro Pereira e Guarín. Mas só o primeiro parece perto da titularidade. Moutinho a comandar o meio-campo e Hulk a tentar o golo no ataque foram os artistas de serviço. Fernando começou muito bem, a criar jogo depois de recuperar bolas.

Como acabou
Menos eficácia

Com o PSG a acelerar, o FC Porto abanou um pouco nos processos defensivos, permitindo, por outro lado, o brilho de Helton. Sereno foi mais permissivo do que Maicon e Rolando, ainda sem o melhor ritmo, baixou de nível. Com a bola nos pés, e através de Rúben Micael, voltou a haver boa circulação de bola da equipa portista.

Paris SG 1
FC Porto 0

Estádio: Parque dos Príncipes

Árbitro Lennart Bruggemann, auxiliado por Rene Kunsleben e Dimitros Gavrilas

Treinador Antoine Kombouare

Apoula; Ceara, Camara, Traoré e Armand (Jallet, 51'); Makelele, Sessegnon e Chantôme; Maurice (Makonda, 19'), Erding e Kezman

Treinador André Villas-Boas

Kieszek (Helton, 46'); Miguel Lopes, Rolando, Maicon (Sereno, 63') e Álvaro Pereira (Emídio Rafael, 46'); Fernando, João Moutinho e Guarín (Rúben Micael, 63'); Hulk, Rodríguez (James, 63') e Falcao (Walter, 63')

Ao intervalo 0-0

Golo
Traoré (90')

Cartão amarelo a Miguel Lopes (72')


in "ojogo.pt"