quinta-feira, 19 de maio de 2011

FC Porto elimina campeão Barça e esta nas 'meias'


FC Porto segue para as meias-finais da Liga Europeia, onde vai defrontar o Liceo Corunha, juntando-se também ao Candelária, a outra equipa portuguesa.
O FC Porto eliminou esta quinta-feira o Barcelona, campeão em título e detentor de 19 troféus europeus, em jogo dos quartos-de-final da Liga Europeia de hóquei em patins.
Os espanhóis conseguiram ganhar uma vantagem de dois golos, mas a equipa nortenha conseguiu chegar ao empate. Já na segunda parte o Barcelona fez o 3-2 e pouco depois, o FC Porto iria obrigar ao prolongamento, fazendo o 3-3.
Já no prolongamento, e sem dois minutos decorridos, falta do Barcelona, livre para Pedro Gil marcar e fazer o tento de ouro que deu a passagem às meias-finais, fechando em 4-3.
Os jogos disputam-se esta sexta-feira, pelas 19h45, como FC Porto a defrontar o Liceo da Corunha e o Candelária o Reus. 
in "sapodesporto.pt"

José Eduardo Simões sobre Villas Boas: «Talento inato e raríssimo!»

André Villas Boas é o treinador do momento no futebol europeu. Na sua primeira época no FC Porto já conquistou a Supertaça, o Campeonato e ontem foi a vez da Liga Europa, tornando-se no mais jovem técnico a conquistar uma prova europeia.

O sucesso conquistado por André Villas Boas na primeira época ao serviço do FC Porto disperta o apetite pelo ex-adjunto de José Mourinho. A imprensa europeia continua a dar conta do interesse de clubes de prestígio de Inglaterra, Itália e Espanha.
No rescaldo da festa azul e branca, depois da vitória por 1-0 na final de Dublin sobre o Sporting de Braga, Bola Branca ouviu o primeiro presidente a apostar em André Villas-Boas como treinador principal, José Eduardo Simões, na Académica, em Outubro de 2009.

José Eduardo Simões recorda a ambição de Villas-Boas, nas conversas que teve com o treinador, que nunca escondeu a sua vontade em subir na carreira. «Ele tinha como aspiração treinar um grande clube português e europeu», refere o presidente da Académica.

José Eduardo Simões lembra ainda o primeiro contacto que teve com André Villas-Boas, quando este assumiu o comando técnico da Académica, destacando o seu enorme talento e empenho.


«Quando falei com o Andre Villas Boas vi, em primeiro lugar, o seu nível altíssimo de preparação, em que ele trazia um conjunto de documentos sobre a Académica e como inverter o seu percurso frágil, vi a capacidade de mobilização que ele já denotava e vi talento, talento inato e raríssimo», confessa.

in "rr.pt"

«Gazeta dos Dragões» retrata campanha portista até à conquista da prova

O FC Porto iniciou hoje a distribuição gratuita de um jornal que relata a caminhada triunfal na Liga Europa de futebol, numa publicação denominada Gazeta dos Dragões e que contém as várias etapas na prova.


''A Europa é nossa!'' é o título de primeira página deste jornal, ilustrada ainda com uma foto do plantel, além de uma outra em que mostra um casal a trocar um beijo e com um texto em que dá por finda uma ''guerra'' de nove meses. 

Num pequeno artigo inserido ainda na página frontal, o jornal salienta os obstáculos ultrapassados e titula: ''A guerra acabou. Nove meses depois de iniciada a campanha `À conquista da Europa´, o Porto celebra o regresso à cidade dos heróis da conquista da UEFA Europa League''. 

Esta publicação retrata a caminhada dos ''dragões'', iniciada na pré-eliminatória de acesso à fase de grupos e em que afastou facilmente os belgas do Genk, tendo também passado com facilidade o seu grupo, em que conquistou o primeiro lugar. 

O jornal destaca individualmente as eliminatórias seguintes, como a passagem pelos espanhóis do Sevilha e a dos dois clubes russos que se seguiram, o CSKA e o Spartak, ambos de Moscovo. 

''Exército de Moscovo por terra'' e ''Futebol de ataque total!'' foram os títulos escolhidos e os mais elucidativos na campanha de conquista da Europa colocada em marcha pelos ''azuis e brancos'', seguindo-se o ''Submarino ao fundo'' para dar conta da eliminação dos espanhóis do Villarreal, já nas meias-finais da prova. 

O jornal dedica ainda algum espaço a André Villas-Boas, ''o mais jovem treinador a vencer uma final europeia'', bem como ao avançado colombiano Falcao, que estabeleceu um novo recorde numa campanha das competições europeias, com 17, mais dois do que o alemão Juergen Klisnmann, além de ter anotado o tento da vitória (1-0) na final de quarta-feira diante do Sporting de Braga. 

Ainda nesta página central, ilustrada com uma grande foto do plantel do FC Porto a festejar a vitória no relvado do Arena de Dublin, surge um artigo a salientar o facto de os ''dragões'' serem o clube mais titulado no século XXI.


in "futebol365.pt"

TODOS OS CAMINHOS VÃO DAR À BAIXA

Os campeões da Liga Europa chegam ao final da tarde ao Porto. Após a chegada a equipa irá passar pelo centro da cidade, para saudar os adeptos e celebrar mais esta conquista histórica. Todos os caminhos vão dar à Baixa.

O avião que transporta a equipa tem aterragem prevista para as 18 horas, seguindo a comitiva depois para a Baixa do Porto, tomando a VRI, A4, A3, Covelo, rua de Camões, Trindade, Aliados (sentido descendente), Aliados (ascendente), rua Faria Guimarães, VCI, terminando no Estádio do Dragão.


in "fcp.pt"

Dublin: imprensa irlandesa rendida ao encanto de Villas-Boas

Jornais de Dublin reservam um espaço secundário à final da Liga Europa, mas enchem de elogios o treinador do F.C. Porto


Um sol imprevisto acordou Dublin. A tranquilidade voltou às ruas da capital irlandesa. Poucos diriam, aliás, que ontem se disputou nesta bela cidade uma final europeia. A esmagadora maioria de adeptos do F.C. Porto e do Sp. Braga regressaram aos seus destinos de origem logo após a partida. 

No passeio matinal dado pela reportagem do Maisfutebol, apenas foi possível falar com um casal de portistas e um grupo de três amigos bracarenses. Todos com poucas horas de lazer, pois o avião espera por volta da hora do almoço.

Sem surpresa, a imprensa irlandesa colocou num plano secundário a final da Liga Europa. O The Irish News, por exemplo, tem um caderno de desporto de 18 páginas, muito interessante para quem gosta de râguebi ou golfe, mas reservou apenas quatro colunas à conquista do Porto. «Villas-Boas faz história com os dragões» é o título de destaque na página 56, a quatro colunas. Longe, portanto, de ser uma página inteira. 

«Um cabeceamento de Falcao foi o suficiente para dar ao treinador de 33 anos mais um troféu numa primeira temporada inesquecível», escreve o jornalista Paul Hirst. «O jogo não foi excitante, mas isso não menoriza os feitos de Villas-Boas. A vitória em Dublin reforça os rumores que colocam o técnico no radar dos peso-pesados europeus.»

Na última página há uma foto de Helton a segurar a taça e uma legenda a acompanhar o instante. 

O Irish Daily Mail preparou quase duas páginas para o duelo português em Dublin. «Falcao voa mais alto» titula os artigos de Philip Quinn e Mikey Stafford. «Portugal pode estar no caos financeiro, mas o crédito do seu treinador Villas-Boas continua a subir. O Porto conquistou o seu quarto troféu europeu.»

«A superioridade do F.C. Porto foi evidente. Os dragões não precisaram de ser brilhantes. Falcao marcou um inacreditável 17º golo na Liga Europa. Foi a maior noite de futebol europeu de clubes na Rep. Irlanda. A partir de agora ninguém se vai lembrar do Waterford-Manchester United disputado no velho estádio há 43 anos.»

A segunda página é toda de Hulk. «Devemos uma grande gratidão ao avançado brasileiro. Foi ele que nos deliciou com os melhores momentos da noite», escrevem os repórteres irlandeses, antes de dissecar a exibição do esquerdino.

O cronista do Irish Independent é o mais entusiasmado. «Esta equipa do F.C. Porto está apenas a começar o seu percurso. E tem tudo para ser glorificada. André Villas-Boas entrou na história: é o mais novo treinador de sempre a conquistar uma prova europeia. O jogo não foi bom, mas nenhuma final é. Com todo o respeito pelo râguebi, este desporto tem uma visibilidade única no mundo. Todos olharam para Dublin», escreve Daniel McDonnell. 

Finalmente, o The Irish Times. Uma página inteira, de cima a baixo, com três artigos diferentes. O último é o mais incisivo nos elogios ao dragão. «A rainha voltou ao castelo para ver a coroação do F.C. Porto», pode ler-se. «Alguém devia pedir desculpa aos adeptos de Porto e Braga pelas excessivas medidas de segurança adoptadas. Que culpa tinham eles da visita da rainha?», questiona a jornalista Mary Hannigan. 

«A razão de todos amarmos a lenda de David e Golias não é científica. Na verdade raras vezes o pequeno supera o maior. Isso voltou a não suceder em Dublin», lê-se nas primeiras linhas da crónica do jogo. Depois, mais Villas-Boas. 

«A nossa suspeição é clara: depois desta vitória, todos vão querer o treinador de 33 anos no Verão.» Talvez. 

Resta dizer que apenas neste último diário o triunfo do F.C. Porto teve direito a primeira página. A visita da rainha continua a dominar completamente a atenção da comunicação social irlandesa. E para a semana há Barack Obama.

in "maisfutebol.iol.pt"

Villas Boas: o Barça como inspiração e a dedicatória a Guardiola

MOURINHO E ROBSON TAMBÉM LEMBRADOS


Na conferência de imprensa que se seguiu à conquista da Liga Europa, Villas Boas dedicou o troféu - além dos pais e do staff e equipa técnica do FC Porto - a Guardiola, Mourinho e Bobby Robson.
"Um não está à espera mas é uma inspiração para mim e ele sabe-o. É o Guardiola. O outro é José Mourinho, a quem devo muito e o 3.º é o senhor Bobby Robson [já falecido] pela tolerãncia que teve comigo", disse.
Villas-Boas sempre se assumiu um fã do Guardiola e da escola do Barça. “Este Barça é jogadores em constante pensamento”, disse numa entrevista de 2009 ao seu atual observador, Daniel Sousa. É isso que o FC Porto tem tentado replicar, não na perspetiva de uma colagem tática, mas como objetivo de associar a esta equipa a marca do bom futebol.
Por ter ideias próprias, Villas-Boas deixou o staff de Mourinho e assumiu momento de colocar em prática o manancial de informação que absorveu durante anos. Antes da época começar, esteve com Guardiola na Catalunha e retirou uma máxima: “Jogador que não saiba ser suplente não serve.” Por isso, projetou um plantel curto e uma estrutura base onde qualquer jogador pode entrar. No onze-tipo, curiosamente, só encaixou um reforço: o médio João Moutinho.
Não por acaso, são precisamente os centro-campistas quem mais têm evoluído com Villas-Boas. Belluschi e Guarín são exemplos flagrantes de ativos que o novo futebol portista potenciou. Claramente identificado com o 4x3x3 e uma cultura ofensiva que privilegia a posse, o técnico não deixa de apreciar a pertinência de outros sistemas. Admira Van Gaal e a sua escola de pensamento e de Itália guardou a flexibilidade tática dos esquemas com três defesas. No FC Porto, porém, encontrou a plataforma ideal para materializar a sua bagagem de conhecimentos e os princípios que mais o encantam.
in "record.pt"

Cavaco Silva: «Vitória honra o desporto nacional»

MENSAGEM ENVIADA AOS DRAGÕES


O Presidente da República considerou que a vitória do FC Porto na Liga Europa "dignifica o futebol português e honra o desporto nacional, ao mesmo tempo que constitui motivo de orgulho para os desportistas e adeptos em geral".
Numa mensagem enviada ao clube, Aníbal Cavaco Silva felicitou a direção, a equipa técnica e os jogadores do FC Porto "pelo êxito alcançado" na competição, "um acontecimento de grande relevo para a história do desporto em Portugal".
"Este título, tal como a participação do Sporting de Braga na final de Dublin, valoriza a prática do desporto em Portugal e é um estímulo para os jovens desportistas portugueses, ao mesmo tempo que contribui para a projeção internacional do nosso País", escreveu Cavaco Silva na mensagem dirigida ao FC Porto.

Durão Barroso felicita dragões
SP. BRAGA TAMBÉM FOI APLAUDIDO

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, enviou um telegrama de felicitações ao FC Porto, pela conquista da Liga Europa, realçando também o "notável percurso" do Sp. Braga.
Durão Barroso felicita "a direção, equipa técnica, jogadores e todos associados pelo êxito alcançado numa das mais importantes provas do desporto europeu".
"Este grande feito foi valorizado pela presença de uma outra equipa portuguesa na final, o Sp. Braga, que fez igualmente um notável percurso na prova", acrescenta o antigo primeiro-ministro português no telegrama de felicitações.
in "record.pt"

FC Porto enfrenta o seu 'carrasco' Europeu


O Barcelona é o primeiro adversário dos ‘dragões’ na final 8 da Liga Europeia de hóquei patins.
O FC Porto inicia, esta quinta-feira, a sua participação na final 8. O Barcelona, equipa de má memória para a formação de Franklin Pais, é o adversário dos azuis-e-brancos.

O treinador do FC Porto pede concentração aos seus jogadores para ultrapassar este ‘colosso’ e actual detentor do título europeu.
«Temos de estar muito concentrados, rigorosos e com um grande espírito de sacrifício. Vamos tentar vencer», referiu o técnico.
Por seu lado, o hoquista Pedro Gil alerta para «os contra-ataques do Barcelona» e refere que a defesa do FC Porto necessita de melhorar os seus índices neste encontro.
O jogo Barcelona – FC Porto joga-se, esta quinta-feira, a partir das 19h30, e terá transmissão televisiva na RTP2.
A outra equipa portuguesa em prova, o Candelária, já garantiu um lugar nas meias-finais.

in "sapodesporto.pt"

Vilas-Boas desconstruiu mito de Mourinho, Domingos foi demasiado cínico

1. Oito anos depois, André Villas-Boas ajudou a desconstruir uma parte do mito de José Mourinho que, justificadamente, ainda perdura no reino do Dragão. Desde ontem consagrado como o mais jovem treinador que alguma vez ergueu uma taça europeia, o técnico portista juntou uma Liga Europa às conquistas do campeonato português e da Supertaça Cândido Oliveira, podendo ainda acrescentar-lhe a Taça de Portugal, que disputa no domingo na final com o Guimarães. Uma época de sonho de um FC Porto que provou ser uma equipa de Liga dos Campeões, onde na próxima época terá oportunidade de parafrasear uma célebre frase do Special One (proferida em Sevilha, mas como que antecipando o que se iria passar em Gelsenkirchen): "inesquecível, mas não irrepetível"...


2. Não é a primeira vez que as expectativas saem defraudadas numa final e ontem a qualidade futebolística do jogo voltou a deixar muito a desejar. A primeira parte não valeu um cêntimo - foi mesmo escandalosamente pobre. Melhorou um pouco depois, mas, tudo somado, só acabaram por ver-se alguns "arabescos", sendo demasiado pouco o oferecido por duas equipas que, noutras alturas, já mostraram tanta finura e precisão. Perdeu-se assim a oportunidade de vender melhor o nosso futebol aos mil jornalistas e às 200 televisões que transmitiram a primeira final europeia falada em português.

3. O FC Porto mereceu o troféu porque foi claramente a melhor e a mais dominadora equipa em campo. Mas, esta época, é difícil encontrar outro jogo em que tenha criado tão poucas oportunidades. Para além do golo de Falcao, sobrou apenas um lance de Hulk em que a bola esteve perto de entrar na baliza. O Braga teve as mesmas duas chances, mas nem Custódio nem Mossoró (aqui com muito mérito de Helton) tiveram a melhor pontaria. E o único remate portista enquadrado com a baliza foi o que permitiu levantar a taça. 

4. Não houve nenhuma surpresa nos tripulantes e no plano de voo do FC Porto, mas Domingos Paciência surpreendeu com uma opção mais do que discutível. Compreendia-se que tivesse deixado (como deixou) Mossoró de fora, ao contrário do que fez com o Benfica, onde havia um golo para recuperar. Bem mais difícil de entender é que tenha também deixado de fora Leandro Salino e tenha preferido dar a titularidade a Custódio, mantendo na posição seis Vandinho. Em vez do habitual 4x2x3x1, viu-se um Braga desenhado em 4x3x3. Mas o que, no papel, até podia parecer um solução de maior risco, foi o contrário. Porque a linha do meio campo bracarense jogou sempre muito recuada. Custódio até era o elemento que, por vezes, surgia em terrenos mais adiantados (mesmo mais do que Hugo Viana), mas não ia lá para jogar, antes para não deixar jogar. 

5. O Braga começou o jogo demasiado dependente e obcecado em reduzir espaços e em atrapalhar a circulação de bola do FC Porto. É verdade que, desse ponto de vista, a estratégia teve êxito, porque raramente se viu a habitual mobilidade e fiabilidade do meio campo portista e muito menos os movimentos de rotura. O problema é que Domingos devia ter levado em conta que um adversário com craques como Hulk e Falcao pode sempre resolver individualmente o que o colectivo não consegue.

6. Domingos pode, claro, contrapor que Falcao só marcou o seu 17.º golo na prova porque Rodriguez cometeu o erro de palmatória que permitiu o cruzamento de Guarín. E pode acrescentar que a única diferença no jogo foi o facto de Mossoró não ter aproveitado o disparate similar de Fernando. Mas essa será sempre uma visão redutora de quem escolheu uma estratégia demasiado poltrona. Aliás, viu-se na segunda parte (já com Mossoró em campo e uma defesa mais alta) que o Braga podia ter tentado fazer as coisas de outra maneira, mesmo levando em conta o facto de Domingos se afirmar, cada vez mais, um treinador cínico e adepto da escola italiana.

7. O Braga devia ter jogado mais de 20 minutos em superioridade numérica. O árbitro fez jus ao título de "rei dos cartões" com que chegou de Espanha, mas perdoou um a Sapunaru de forma escandalosa. 


Bruno Prata in "publico.pt"

Falcao: herói portista de A a Z

avançado começou a jogar na academia Fair Play, frequentou um curso de jornalismo e já teve uma lesão grave no joelho. Saiba quem é o colombiano que impressiona o mundo.

Falcao voltou a ser o herói do FC Porto, apontando o golo que deu aos dragões a Liga Europa na final frente ao Sp. Braga. Em paralelo, o avançado aumentou a distância como melhor marcador de sempre dos portistas nas competições europeias (22, á frente de Jardel e Fernando Gomes) e o melhor registo de sempre numa edição da Liga Europa - 17 golos, mais dois do que o antigo recordista Jürgen Klinsmann. Conheça melhor quem é o avançado que está a impressionar a Europa. De A a Z:  
Alcunha - "El Tigre", criada pelos adeptos do River Plate pela forma felina e pela agilidade com que jogava na área e marcava golos 
Benfica - o primeiro clube na pista do avançado colombiano mas as exigências dos dirigentes argentinos acabaram por abortar o interesse; a seguir apareceu o FC Porto 
Colômbia - país onde nasceu e que representa em termos de selecção, apesar de ter feito parte da carreira na Argentina; no Dragão tem dois compatriotas: Freddy Guarín e James Rodríguez 
Defesa - são os principais adversários mas também a principal influência para entrar no mundo do futebol... por influência familiar 
Euros - custou ao FC Porto 3,9 milhões de euros quando chegou ao Dragão (60% do passe); o clube adquiriu mais uma percentagem do passe por 1,5 milhões 
Fair Play - a expressão que melhor define o comportamento do jogador em campo e... um pouco mais: é também o nome da academia onde Falcao começou a jogar 
Golos - é uma espécie de segundo nome do avançado: esta época já vai nos 38 (superando os 35 da primeira temporada em Portugal) 
Hulk - o parceiro de ataque e a dupla que mais mossa faz nas defesas adversárias: juntos marcaram mais de 70 golos em 2010-11, com destaque para o brasileiro no campeonato e para o colombiano na Europa 
Igreja - é católico praticante e líder de duas igrejas para jovens: a "Locos por Jesús" e a "Campeones por Cristo" 
Joelho - a zona onde teve a principal (e única) grave lesão na carreira: após um problema contraído após marcar um golo ao San Lorenzo, em 2005, voltou a lesionar os ligamentos cruzados na pré-época de 2006 e falhou a competição durante alguns meses 
Klinsmann - um dos melhores avançados de sempre e que tinha o recorde de golos apontados numa edição da Liga Europa (antiga Taça UEFA). No entanto, esse registos de 15 golos foi ultrapassado pelos 17 de Falcao em 2010-11 
Liga dos Campeões - jogou a prova em 2008-09 mas acabou por ser afastado pelo Arsenal ainda antes das grandes decisões, ainda assim teve um pequeno "prémio": o golo de calcanhar ao Atl. Madrid foi considerado o melhor da prova 
Milionarios - o primeiro clube de Falcao, onde começou a dar nas vistas sempre com o sonho de chegar a uma liga europeia (ainda passaria antes pela Argentina) 
Nove - o número que utilizou desde que chegou ao FC Porto: é de ponta-de-lança e nota-se que está bem atribuído... 
Origem - Falcao foi baptizado como tal em homenagem à antiga estrela brasileira que actuou na AS Roma e brilhou na década de 80 
Pai - também foi jogador de futebol mas com características completamente distintas: menos rápido, menos hábil e numa posição oposta, como defesa-central 
Quatro - o número de competições distintas que já conquistou desde que chegou a Portugal: campeonato, Taça de Portugal, Supertaça e Liga Europa 
Recordes - a fantástica campanha na Europa valeu-lhe registos na história mas outro dos grandes feitos também foi alcançado nas marcas do FC Porto: passou a ser o melhor marcador de sempre do clube nas competições internacionais, superando Jardel e Fernando Gomes 
Santa Marta - foi a primeira cidade colombiana e também a primeira cidade da América do Sul (daí que tenha sido tão atacada por... piratas); hoje é um importante local portuário e o local onde nasceu Falcao 
Twitter - o colombiano é um dos maiores adeptos das redes sociais, costuma colocar fotografias da infância e das festas portistas na sua página e já chegou até a oferecer bilhetes para jogos de futebol por esse meio 
Universidade - começou a tirar o curso de jornalismo na Universidade de Palermo, em Bogotá, mas quando passou a jogador profissional teve de desistir da faculdade 
Voleibol - é um dos desportos que gosta além do futebol e já foi apanhado em jogos de voleibol feminino com a mulher. Mas havia uma explicação: na equipa do Leixões joga a mulher de James Rodríguez, que é amiga do casal 
Xangai - Falcao tem ganho uma legião de fãs por todo o mundo e até turistas chineses já pediram autógrafos ao jogador á saída do centro de estágios do Olival... 
Zárate - poucos sabem mas é o apelido do avançado colombiano Radamel Falcao García Zárate
in "expresso.pt"

Sláinte FC Porto! E já agora mais um brinde para Falcao

FC Porto e Braga exportam para Dublin uma final fraca em que tudo se decide numa oferta de Rodríguez. Em cinco finais europeias, o FC Porto perdeu apenas uma


A caminho da Dublin Arena, um adepto do Manchester City que comprou bilhete antes de a sua equipa o trair contra o Dínamo Kiev, estava convencido de que ia ver a final da Liga Europa. Mas depois FC Porto e Braga exportaram para Dublin um jogo pior que aquilo que costumam fazer na Liga portuguesa e o homem, coitado, deve ter ficado a pensar que mais valia ir beber uma Guinness para um pub na cidade. Talvez com algum álcool no sangue ficasse com uma ideia melhor do futebol nacional. Não faça confusão, FC Porto e Braga são muito melhores do que isto, fartaram-se de o mostrar esta época, o problema é que se anularam de tal forma que ofereceram à Europa uma final fraquinha e em que se salvou uma questão essencial: o FC Porto ganhou mais um título europeu, o quarto da história, porque foi o melhor do princípio ao fim da Liga Europa, e portanto "slaínte FC Porto", o que no gaélico cá do sítio é um "brinde de saúde e de sorte" para quem merece, porque o que fica no palmarés é mais um caneco. Já agora, "slaínte" Falcao porque o melhor marcador de sempre da competição fez mais um golo (18) e decidiu tudo - já agora, depois de um... brinde do defesa Rodríguez.

QUEM QUER UMA DERROTA? A final começou como um braço-de-ferro entre os miúdos rivais lá da escola - cada um deles faz apenas a força suficiente para controlar o jogo, porque o orgulho é enorme e nenhum quer perder o músculo, ou a atenção da miúda mais gira. FC Porto e Braga apareceram em Dublin como as equipas mais parecidas deste mundo, na postura e na ambição, mas também no receio da derrota. Estavam convencidos de que chegariam à vitória mais com um erro do adversário que propriamente por obra sua, por isso, como no tal braço-de-ferro, arriscavam um esticão de vez em quando, para ver o que se passava do outro lado.

Foi mais de meia hora nisto e não interessava nada a diferença histórica entre as duas equipas, como o facto de o Braga ter chegado à Irlanda com apenas quatro finais da Taça de Portugal (tendo ganho uma em 1966 contra o Vitória de Setúbal) e o FC Porto ter esse mesmo número só em finais europeias (tendo ganho até ontem duas Champions e uma UEFA!); não interessava nada a reputação do Braga ser defensiva ou a do FC Porto ser ofensiva, não interessava nada o facto de os dragões terem muito mais adeptos na Dublin Arena. Tudo se equilibrava, os sistemas estavam encaixados, os jogadores do meio-campo anulavam-se em marcações individuais e os laterais praticamente não arriscavam no meio-campo ofensivo. Bocejo.

Custódio e Hulk despertaram para dois remates perigosos logo no início, volta e meia o mesmo Hulk ou Custódio (bom jogo!) sacudiam o pó, mas a final da Liga Europa só se decidiu quando Rodríguez, defesa-central peruano, cometeu em cima do intervalo o erro que ninguém podia cometer num jogo com nestas circunstâncias: entregou mal a bola numa saída de jogo, Guarín recuperou-a, alargou a passada, arrancou um cruzamento perfeito para a cabeça do inevitável Falcao. 1-0, a Taça estava entregue.

INTERVALO A provável despedida de Rodríguez do Braga não podia ser pior. Domingos, o treinador que deve levá-lo para o Sporting, substituiu-o ao intervalo e também castigou Hugo Viana. Fora! No seu lugar entrou Mossoró, que logo no início da segunda parte aproveitou um erro de Fernando para se isolar e falhar a oportunidade da sua vida, apenas com Helton pela frente. Voltaria o Braga a ter uma chance daquelas? Não.

A noite voltou a arrefecer até que o Braga assumiu o desespero nos últimos 15 minutos. A velocidade quase rendeu a expulsão de Sapunaru, mas nem o vermelho nem um golo apareceram. E o FC Porto, que podia matar o jogo em contra-ataque, deixou a coisa feita pelo serviço mínimo. Também o recorde de golos da competição já estava estabelecido (44) por esta equipa condenada a somar títulos e recordes. "Sláinte", sai mais uma Guinness.

in "ionline.pt"

Pinto da Costa: "Equipas e adeptos deram boa imagem de Portugal"

Mais efusivo no relvado do que na tribuna, Pinto da Costa viveu a final que conduziu ao quinto título europeu do FC Porto sem surpresas. O jogo "muito difícil", como previra, e o final feliz: "FC Porto e Braga são as duas melhores equipas da actualidade do futebol português. Sabíamos que o Braga dificultaria e vencemos bem". Não foi só dentro do campo que a final teve sabor de vitória: "Foi uma grande festa do futebol, como tinha previsto. Não foram importantes só os 90 minutos de jogo. Foi importante os dois clubes terem dado, em Dublin, através dos seus milhares de adeptos, uma prova de que o futebol pode também, dentro da rivalidade, ser um espectáculo, ser amizade, compreensão. Acima de tudo, as equipas proporcionaram um grande espectáculo e foi muito bom para o futebol português, e creio até, como me foi referido aqui, por vários dirigentes da UEFA, para a boa imagem de Portugal". Para recordar a conquista da Liga Europa fica a recordação das emoções no estádio, "uma alegria muito grande e a consciência do dever cumprido". "Não sei se há muitos clubes na Europa que, em nove anos, tenham conseguido vencer três provas da Europa e, de 2003 a 2011, o FC Porto venceu pela terceira vez. Isto é um sinal da nossa força e da nossa permanente presença no topo do futebol europeu". Depois de Dublin, fica a faltar a festa no Jamor, a este final de época que já considera "excepcional": "Vencer a Supertaça, vencer o campeonato sem derrotas, pela primeira vez na história do FC Porto, e vencer pela primeira vez para Portugal a Liga Europa já é uma época excepcional. A vitória com o Guimarães, na final da Taça de Portugal, vamos tentar consegui-la, mas, não é por isso que a época será excepcional ou deixará de o ser. Será a cereja no topo do bolo, difícil, porque Guimarães tem uma grande equipa e adeptos fantásticos".

"Não precisamos de vender ninguém"

Pinto da Costa não estará na Baixa, hoje, numa festa que "tem de ser para os jogadores e para o treinador", mas deixou uma boa notícia aos adeptos. O FC Porto não está vendedor. "O que tinha a fazer, já fez, porque o Bruno Alves só entrou nas contas deste ano que vem, portanto, em termos de contas, não precisamos de estar a vender ninguém. Em circunstâncias normais, vamos manter todos os principais jogadores, aqueles que o treinador considera nucleares", revelou, sem recear que um grande clube europeu perca a cabeça por André Villas-Boas: "Um dos grandes da Europa somos nós. Se já o temos, não precisamos de perder a cabeça".

in "ojogo.pt"

FC Porto 1 - Braga 0 (Declarações)

Falcao

"FC Porto é grande e trata-me bem"

Falcao voltou a ser herói e continuou a exibir humildade. "O golo é fruto do trabalho de todo o grupo, todos os jogadores são campeões, porque todos contribuíram", confessou, agradecendo uma vez mais "a Deus por estar num clube tão importante e por festejar um momento desta grandeza".
O avançado colombiano explicou a razão para tanto sucesso do FC Porto. "Trabalhámos desde o início do ano com o objectivo de conseguir estes troféus", disse, para depois se centrar na alegria pessoal. "Queria que este dia nunca terminasse, que fosse eterno. É o que a vida de um jogador tem de melhor, são estes momentos especiais, e quero aproveitar cada instante porque era um sonho de criança. É uma alegria imensa." Quando Fernando e Sapunaru entraram na zona de entrevistas rápidas com a taça nas mãos, Falcao riu-se e confidenciou: "Esperemos que não a deixem cair." Então prosseguiu com a ideia de um trabalho por concluir. "O sonho não terminou porque cada ano temos metas novas e há que voltar a trabalhar. Mesmo a nível pessoal, ainda tenho muitas metas para atingir." Sobre uma eventual saída, foi muito claro: "Só estou concentrado no FC Porto, é um grande clube, trata-me muito bem, e só penso nisso. A minha cabeça está hoje no FC Porto, e estou sempre disponível para renovar."
Sobre o prémio de melhor em campo, concluiu, feliz: "Um dia destes, outro jogador vai superar-me, mas espero que isso não aconteça."

Hulk
"Quem sabe se não vencemos a Champions?

A lista de clubes interessados em Hulk aumenta a cada dia que passa, mas, nesta altura, é de azul e branco que o brasileiro se vê vestido na próxima época. "Renovei contrato com o FC Porto até 2016. Por isso, deixo o meu futuro nas mãos do presidente. Gosto muito dos grandes campeonatos europeus, mas quem me quiser terá de pagar [cláusula de rescisão]", avisou o avançado dos dragões, que classificou a conquista da Liga Europa como "um dos momentos mais altos da carreira". E agora, o que se segue? Será que os portistas poderão vencer a Liga dos Campeões em 2011/12. Hulk não vê porque não. "Temos uma grande equipa e, se trabalharmos bem, podemos fazer uma boa campanha na Champions e, quem sabe, sair com o título", afirmou.
Antes ainda poderá surgir um duelo com Messi na Supertaça europeia, mas Hulk desvaloriza a possibilidade. "Vai ser um duelo de equipa. Mas o Barcelona ainda não ganhou ao Manchester United. Se tenho preferência? Para mim é indiferente", confessou o brasileiro, que não poupou nos elogios a Falcao por tudo o que fez esta época e não só. "Ele [Falcao] está de parabéns pelo golo e pelo título de melhor marcador. Ele merece tudo", concluiu.

João Moutinho
"Sensação incrível e época memorável"

João Moutinho foi dos mais exuberantes nos festejos e mal o árbitro apitou para o fim do encontro não conteve a euforia. "A época que vamos fazendo já é memorável e ainda o será mais se vencermos domingo e levarmos mais uma taça. É uma sensação incrível".
Graças à vitória, o médio do FC Porto ganhou a aposta com Miguel Garcia. Aliás, o lateral do Braga referiu-se a isso mesmo no final do encontro, explicando que João Moutinho dirigiu-se a ele com o sorriso rasgado e garantiu que lhe pagava nas férias de Verão. "Temos de dar também os parabéns ao Braga, por isso mesmo, porque foi um adversário difícil", reconheceu, Moutinho. Mas o momento era, sem dúvida, de festa. "Era este o sonho que tinha quando vim para o FC Porto, ganhar títulos e é o que está a acontecer. Quero dar os parabéns à equipa por tudo o que fez, porque merece perfeitamente este título. Parabéns a toda a estrutura do FC Porto, porque estas finais todas trazem muita alegria e confiança para acabar a época em grande", frisou João Moutinho, que em 2005 perdera a final da taça UEFA, ao serviço do Sporting e diante do CSKA de Moscovo.

Helton
"Esta memória já ninguém me tira"

"Nunca esquecerei este dia. Esta memória já ninguém me tira", foi assim que Helton iniciou a conversa na zona mista, antes de falar nos dois sustos que apanhou. "São coisas que fazem parte do futebol, mas temos de ressalvar o mérito dos adversários, que também fazem por merecer", comentou, ele que confessou já ter mandado fazer uma sala na sua casa do Brasil para guardar os troféus. "A época ainda não acabou, mas foi em cheio", frisou. No dia em que festejou 33 anos, o guarda-redes reconheceu ter recebido uma prenda especial: "Foi a melhor prenda, não há palavras para explicar." Em relação ao seu desempenho, o brasileiro aproveitou para apontar o dedo à crítica: "Nada melhor do que o tempo para dar a resposta a muitas coisas. Só agradeço a Deus por me ter dado a oportunidade."

Fernando não descarta uma boa proposta

Fernando diz que viveu "o momento mais alto da carreira". Mas quer mais, já no domingo: "Há um ou dois dias para celebrar e depois temos de concentrar para a próxima final. É mais um título a disputar". Sobre o futuro, a resposta não foi clara. "Tenho mais três anos de contrato. Estou bem aqui mas sempre pensamos em jogar em grandes clubes. Não que FC Porto não seja, mas a gente espera sempre o melhor. Fica em aberto. Espero que possa ser bom para mim e para o FC Porto." Sobre o Inter, nada de concreto. "Aquele que oferecer o melhor e estiver aberto para eu ser feliz, espero que chegue num clube muito bom. O que sei é pelos jornais. Ainda não falaram com o meu empresário. Só mesmo sondagens"

Guarín viu logo que ia dar golo

O golo do FC Porto foi cem por cento colombiano: Guarín cruzou, Falcao bateu o guarda-redes do Braga com um golpe de cabeça. "Quando cruzei a bola, vi que podia ser golo. Com Falcao na área, sabia que havia essa possibilidade. Felizmente aconteceu, e o FC Porto ganhou ao Braga", disse o médio. A conquista da Liga Europa é um momento essencial na carreira de Guarín. "Estou muito contente com este título. É uma emoção para nunca mais esquecer. Conseguimos uma grande vitória frente ao Braga e um título europeu", explicou, acrescentando que no domingo quer continuar a festa. "Esta equipa quer sempre conquistar títulos. Temos mais uma final pela frente, desta vez com o Guimarães, e queremos terminar a época em beleza."

in "ojogo.pt"





AVB: "FC Porto ainda mais especial"

O ar de miúdo transfigurado por uma enorme alegria ficará para a história da noite em que o FC Porto de André Villas-Boas conquistou a primeira final portuguesa da Liga Europa. Na euforia da vitória, depois dos saltos no relvado, o treinador portista de 33 anos multiplicou-se em declarações num tom que as circunstâncias raramente permitem. Embora felicíssimo pela conquista do Porto, falou como um embaixador do futebol português, do "imenso talento" que possui e das virtudes que esta final pôs em evidência, mais no percurso até Dublin do que nos 90 minutos finais. "Notou-se nas equipas alguma intranquilidade e procuraram ambas um jogo muito directo e muito agressivo, que não representa o futebol português, e isso é de lamentar", defendeu, admitindo que isso "não é nada de novo nas finais", e que se foi impondo na história desta, pela vontade dos protagonistas: "Gostávamos que não tivesse acontecido dessa forma, mas, não nos conseguimos encontrar, porque o Braga teve uma pressão bem executada e agressiva, sempre no seu bloco compacto, e os espaços eram difíceis de encontrar. O Braga procurava encontrá-los à profundidade, nós um pouco mais pelo chão, mas também com muita dificuldade, portanto, fica esse registo de uma final que podia ter sido um pouco melhor em termos de espectáculo, mas, de grande alegria, pela conquista do troféu". "É, sem dúvida, um grande prémio, e falta apenas um troféu para uma época memorável".

Perseguido pelas proezas de José Mourinho, a André Villas-Boas foi, repetidamente, sugerido o desafio de apontar a Liga dos Campeões como próxima meta, mas este recusou sempre. "Isso são feitos inacreditáveis, que aconteceram uma vez e dificilmente se passarão de novo", avisou, firme: "Não é um objectivo atingível". Mais do que projectar novos triunfos, ontem, foi tempo de saborear o prémio do tremendo esforço que custou o troféu erguido em Dublin: "É algo que conquistámos com muito trabalho, repare-se na quantidade anormal de jogos que fizemos neste percurso na Liga Europa, fase após fase, sempre a acreditar mais, sempre com esse sonho presente, e também essa obrigação, pois o palmarés do FC Porto obriga a isso. Felizmente, conseguimos conquistar o troféu". "O FC Porto torna-se um clube ainda mais especial, adiciona um troféu ao seu palmarés, é algo que nos orgulha bastante", sublinhou André Villas-Boas, que fez questão de definir essa alegria como um "sentimento colectivo": "O que se passou é fruto de muito esforço. Uma equipa é todo um conjunto de homens e mulheres que se esforçam, do topo da pirâmide, desde o presidente, até cá em baixo. Há muita gente a trabalhar para que tenhamos um dia-a-dia óptimo e eles são decisivos neste triunfo". Vencer é verbo primordial, entre os portistas, e o jovem treinador não escondeu o orgulho por ter sabido conjugá-lo tão bem, numa época que ainda tem mais um troféu para discutir. "Fomos conquistando tudo com muito talento, muito talento conjunto, que nos deu este maravilhoso troféu, que nos encaminha para uma Supertaça europeia e nos deixa este grande desafio com o Guimarães. Em toda esta euforia, ainda temos de encontrar força e concentração para disputar uma grande final, que, seguramente, vai ser muito difícil", lembrou, adiando esse tema para amanhã: "Agora, temos de viver esta euforia. Não acontece muitas vezes na vida. Sexta-feira, concentramo-nos para tentar desafiar o Guimarães pela conquista da Taça. É mais uma ambição e não será nada fácil", declarou, antes de saciar a curiosidade dos jornalistas estrangeiros. Contou-lhes que o "segredo do FC Porto" é a "organização": "Dá-nos tudo para termos sucesso". Confrontado com o assédio do mercado, consequência do sucesso, o treinador portista considerou-o normal. "Os jogadores do FC Porto vão ser assediados, estão na mira da Europa", reconheceu, com esperança de que as "cláusulas elevadas" que os protegem possam travar o apetite do mercado, em tempo de crise.

in "ojogo.pt"