sábado, 10 de agosto de 2013

Casagrande."Na véspera da final com Bayern,só conseguia correr em linha recta"

 
Saba daba doo, é dia de Supertaça portuguesa entre FC Porto e Vitória de Guimarães. Oportunidade ideal para revisitar o passado do avançado brasileiro nas Antas
 

Quem sente pelo FC Porto na final da Taça dos Campeões-87 é filho de boa gente. E quem sabe aquela equipa de trás para a frente, mais ainda. Por ordem numérica: Mlynarczsyk, João Pinto, Inácio, Eduardo Luís (o 4 é Lima Pereira mas o vice-capitão está também lesionado), Celso, Quim, Jaime Magalhães, Madjer, Sousa (o 9 é de Gomes, mas o capitão está lesionado), Futre e André. No banco de suplentes, Zé Beto com o 12, Festas 13, Frasco 14 e Juary 16. E o 15?

O quinze está aqui à nossa frente, na sala de imprensa do Mineirão, antes da meia-final da Taça das Confederações entre Brasil e Uruguai, no estilo de sempre, descontraidíssimo, com os cabelos caídos sobre o ombro, uma t-shirt larga e um tabuleiro na mão. É o avançado brasileiro Walter Casagrande. Ausente da final de Viena, por lesão, o agora comentador do canal televisivo Globo lembra-se bem do Porto e do FC Porto. Desde a estreia, em Janeiro de 1987. Com quem? Vitória de Guimarães, o adversário de hoje dos azuis e brancos para a Supertaça portuguesa, em Aveiro (20h45 na RTP1).

INTER "Antes do Mundial-86, o Inter queria fazer um pré-contrato mas recusei. Era do Corinthians, de corpo e alma. Não fazia sentido mudar. Acontece que o cenário mudou no segundo semestre de 1986 e a gota de água foi um jogo com o Atlético Mineiro. Perdemos 2-1 em casa e eu falhei um penálti na primeira parte. Para cúmulo, o treinador Jorge Vieira substituiu-me aos cinco minutos da segunda parte, só para eu ser vaiado. Uma sacanagem inadmissível."

CORINTHIANS "Foi o meu último jogo pelo Corinthians. O [empresário] Juan Figer comprou o meu passe e emprestou-me ao FC Porto. Dos 15 por cento a que tinha direito sobre o valor total da negociação, comprei dois apartamentos na Pompeia [bairro de São Paulo], um deles para os meus pais. Fui para o Porto sem saber o que ia rolar, quase não chegava informação ao Brasil sobre clubes portugueses."

benfica "Topei a aventura quando soube que o Porto estava na Taça dos Campeões. Eu e o Figger viajámos para o Porto e assistimos à Supertaça portuguesa com o Benfica nas Antas [1-1, por Gomes e Rui Pedro]. O clube queria que eu vestisse a camisola e entrasse em campo para ser ovacionado mas não quis. As bancadas estavam lotadas e ainda me sentia meio tímido. Nesse dia, percebi a força da equipa. Contava com 14 jogadores de selecção: a equipa portuguesa em peso, o polaco Mlynarczyk, o argelino Madjer e eu."

guimarÃES "Estreei-me com o Vitória de Guimarães e marquei um golo, o do empate 2-2. O outro foi do Juary, que passou comigo a noite de Natal mais o Celso e o Elói, os outros brasileiros do plantel. Dessa equipa, o Futre é único com quem ainda falo. Sempre um amigão, presente em todas as ocasiões."

bröndby "A viagem para a Dinamarca foi uma experiência sensacional. Chegámos a Copenhaga com um frio tremendo, naquele Inverno rigoroso e fomos passear. O cais estava totalmente gelado. Um dinamarquês disse-nos que podíamos andar em cima do gelo. Então, saltámos para cima do mar enquanto avistávamos icebergues no horizonte. Muito louco."

azar "[quartos-de-final da Taça dos Campeões] Rompi os ligamentos do tornozelo esquerdo aos 15/20 minutos e nunca mais poderia jogar na Taça dos Campeões, embora tenham feito de tudo. O treinador Artur Jorge queria colocar-me na decisão. Na véspera da final com o Bayern, no treino da noite, ainda fiz um teste mas só conseguia correr em linha recta, não fazia curva de jeito nenhum. Acabei por ficar no banco."

bares "Conquistada a Taça dos Campeões, ainda fiquei um tempo no Porto. Sozinho. Aproveitei para conhecer melhor a cidade. O movimento dark era muito forte e The Cure, David Bowie, Simple Minds faziam sucesso. Havia muitos pubs nessa linha. Comecei a passear pela cidade e encontrei uns barzinhos escurosm cubículos que pareciam cenário do filme Christiane F., aqueles lugares a que ela ia. Conheci umas pessoas e acabei por provar heroína."

drogas "Em geral, injectavam Pervitin no músculo. De imediato, a pulsação ficava acelerada, o corpo superquente, com alongamento máximo dos músculos. Podia-se levantar totalmente a perna, a gente virava bailarina. Melhorava realmente o nosso desempenho, o jogador não desistia de nenhuma bola. Cansaço? Esquece, se fosse preciso, dava para jogar três partidas seguidas. Era uma coisa oficial: do treinador ao presidente do clube, toda a gente sabia, mas o clube não deixava a gente ir para casa depois do jogo. Ficávamos concentrados e dormíamos no hotel. No dia seguinte, fazíamos sauna de manhã e dávamos uma corridinha à volta do campo. Só depois disso, dispensavam-nos."

torino "O meu contrato acabava em Julho de 1987 e o Porto manifestou o desejo em renovar. O objectivo era duplo: ganhar a Taça Intercontinental ao Peñarol e a Supertaça europeia ao Ajax, mas Portugal só tinha quatro equipas competitivas - Porto, Benfica, Sporting e Vitória de Guimarães. Quando o Torino se interessou por mim, nem pensei duas vezes: a minha meta sempre foi jogar o campeonato italiano."

Para saber mais sobre esta e outras aventuras, compre o livro "Casagrande e seus demónios" de Gilvan Ribeiro
 
 in "ionline.pt"

Está de volta o futebol, com a taça do Mestre

 FC Porto e Vitória de Guimarães inauguram oficialmente a época 2013/2014 para disputar a Supertaça Cândido de Oliveira. Numa espécie de David contra Golias à beira-mar plantado, o clube vimaranense tentará surpreender o campeão nacional e repetir o êxito do Jamor, quando derrotou o então favorito Benfica, mas a tarefa está longe de ser fácil, naquela que até se poderá chamar «a Supertaça de Pinto da Costa».
​Primeiro que tudo, porque o clube vimaranense tem uma realidade diferente em termos financeiros, não apenas no volume, mas também na forma (orçamental). Depois, porque saíram vários jogadores que eram importantes na manobra da equipa, como Ricardo, Tiago Rodrigues, Amido Baldé, El Adoua ou Soudani. Ainda assim, Leonel Olímpio conseguiu ver uma vantagem - o FC Porto mudou de treinador, o Vitória de Guimarães manteve Rui Vitória - o que não deixa de ser factual... mas relativo.


Com 19 títulos em 34 possíveis, o FC Porto tem a maioria das taças na sua posse, tendo apenas falhado seis finais. De resto, Sporting (7) Benfica (4), Boavista (3) e Vitória de Guimarães (1) totalizam 15, um dado revelador do domínio portista nas últimas três décadas. Aliás, e explicando o porquê do uso da designação de «Supertaça de Pinto da Costa», os dragões venceram-na a primeira vez em 1981, precisamente a altura da chegada do dirigente à presidência do clube.

Implementado em 1979 e denominado com o nome do eterno Mestre Cândido de Oliveira, personagem ímpar no futebol português, este troféu sempre juntou o vencedor do campeonato e o vencedor da Taça de Portugal (ou o vencido, caso se registasse uma dobradinha).

Precisamente uma dobradinha foi o que aconteceu na última vez que ambas as equipas se defrontaram na discussão deste troféu. E nem foi assim há tanto tempo. Em agosto de 2011, o então campeão do campeonato e da Taça FC Porto voltava a Aveiro para defrontar o Vitória SC, que havia saído do Jamor vergado por um 6x2. Naquela noite, dois golos de Rolando derrotaram um de Toscano e Vítor Pereira, que se estreava oficialmente, levantava o ceptro (2x1).

©Catarina Morais
Adeus Vítor Pereira, olá Paulo Fonseca

O FC Porto procura o penta na competição, à qual não falha desde 2005. Mais do que as saídas de James e de Moutinho ou das chegadas de Quintero e de Herrera, a grande mexida no Dragão é a de técnicos. Foi-se o bicampeão Vítor Pereira, chegou Paulo Fonseca e quis a ironia do destino que o arranque oficial fosse exatamente o mesmo.

A identidade portista não se parece ter alterado, como é habitual na casa portista, e a pré-temporada foi quase perfeita, apenas com dois «senãos»: a derrota com o Galatasaray (com a prolongada crise dos penáltis) e a ausência de Bernard. Sim, o FC Porto não terá chegado a fazer uma proposta concreta ao Atlético Mineiro e sim, o valor parece incomportável para uma equipa portuguesa.

A questão é que Bernard parecia ser a peça que faltava no puzzle de Paulo Fonseca, como elemento desequilibrador da banda direita. Há Quintero, que pode aprender como Lucho faz (o colombiano parece o sucessor perfeito do argentino) «sacrificando» a época em terrenos mais distantes. Há Kelvin e Iturbe (não foi convocado), mas ambos precisam de «educação racional» para atingirem uma maturidade que se coadune com o talento que lhes é inquestionável. Há Licá e Varela, mas ambos funcionam melhor do outro lado do campo, emprestando equilibrio à equipa.

Quintero pode ser a surpresa no onze ©Catarina Morais
Outra questão que importa focar é a defensiva azul e branca. Quatro golos sofridos em oito partidas é um belo registo, sobretudo se comparado com os rivais, mas a zona recuada do FC Porto apresenta, por vezes, excesso de confiança na abordagem aos lances. Ainda não deram mau resultado, mas alguns atrasos e facilitismos em zonas proibidas podem pagar-se bem caro nos jogos a doer.

Por fim, talvez o maior problema de Paulo Fonseca, o meio-campo portista tem oscilado - mesmo em diferentes fases do jogo - entre o dinamismo e a apatia. Por outras palavras, a fluidez de jogo que Moutinho dava ao conjunto ainda não foi colmatada e o conjunto parece depender muito do ritmo a que atua El Comandante Lucho. A questão é que o argentino não é eterno nem aguenta 90 minutos. Um aspeto a rever com cuidado.


Esperança foi a palavra que imperou no Jamor ©Catarina Morais
Vitória do querer e paixão de conquista

Disse Geninho ao zerozero.pt, a meio da semana, que o segredo é acreditar que tudo pode acontecer, pois este troféu discute-se em 90 minutos. Não sabemos se Rui Vitória leu a entrevista ou não, mas o seu discurso não fugiu muito daquele que foi preconizado pelo único homem que levou uma Supertaça para junto de D. Afonso Henriques: num dia bom do Vitória SC e num dia mau do FC Porto, tudo pode acontecer.

É exatamente a essa ideia que a equipa vitoriana se agarra. A essa e a uma massa adepta que deslumbra pela paixão imprimida. Os dados não são concretos, mas serão poucos mais os portistas que os vimaranenses no Municipal de Aveiro e, à semelhança da final do Jamor, mais do que as questões orçamentais (que distam muitos os dois emblemas), os adeptos do clube transportam consigo jerricans de vontade, querer e entusiasmo.

Relativamente à final do Jamor, apenas cinco dos titulares figuram nos convocados de Rui Vitória para esta partida. Baldé, El Adoua e Soudani saíram para o estrangeiro, Ricardo e Tiago Rodrigues foram para o Dragão (pelo menos o último deve regressar por empréstimo, mas só após a final) e Kanú está lesionado.

Além disso, Rui Vitória tem ainda um grande problema no ataque: Maazou ainda não obteve o certificado e Russi chegou apenas na passada quinta-feira. Sobra Tomané para o ataque, apoiado por Marco Matias, e depois a dúvida: povoar ainda mais o meio campo com Barrientos ou lançar uma supresa (Alex, Crivellaro ou Hernâni).

Por entre dúvidas táticas e humanas, por entre ansiedade e romaria, respire fundo, caro leitor... 76 dias depois, vai começar a bola a sério novamente!!


in "zerozero.pt"

Oficial: Rolando no Inter

O site do clube italiano oficializou este sábado a chegada do defesa-central português, que se juntará aos colegas quando a equipa regressar dos EUA. 

Rolando será jogador até ao final da temporada por empréstimo do FC Porto. A notícia foi oficializada pelo clube italiano, que o fez através de um comunicado no site.

Depois de ter estado no Nápoles na época passada, quase sem ser utilizado, o defesa português reencontra o treinador Walter Mazzarri em Milão.

in "record.pt"

Licá na linha da frente

É a grande e única dúvida na equipa portista para o jogo de hoje com o V. Guimarães - o terceiro avançado. Como é para jogar numa das alas, porque a outra tem dono (Varela), também sobram poucas alternativas, eliminada que foi já uma por Paulo Fonseca nesta sua primeira convocatória para um desafio oficial: Iturbe.

Por exclusão de partes e tendo o treinador portista como campo de estudo e até seleção os dois jogos da Emirates Cup, sem dúvida que quem lhe terá dado mais garantias de interpretar a seu jeito o papel de extremo foi... Licá.

Quintero e Kelvin, por esta ordem, são opções a ter em conta, o português estará entretanto na linha da frente.
Por coincidência ou não, o ex-estorilista foi o único entre os três candidatos que agora são apontados para acompanhar Jackson e Varela no ataque que alinhou nos dois jogos do torneio organizado pelo Arsenal, com o Galatasaray e o Nápoles. Algo só por si já curioso, mesmo tendo em conta que não jogou a tempo inteiro em nenhuma as partidas, pois Paulo Fonseca salvaguardara ir recorrer a jogadores diferentes em cada partida por não haver tempo de recuperação. 

in "abola.pt"

Elazigspor quer contratar o dragão Castro

O Elazigspor, que terminou a útima edição do campeonato turco no 13.º lugar, tem o português André Castro debaixo de olho.

De acordo com o jornal Fanatik, o treinador do conjunto turco, o norueguês Trond Johan Sollied, terá pedido à Direção do clube a contratação do médio.

Castro, 25 anos, foi formado no emblema do Dragão mas ainda não conseguiu afirmar-se na equipa principal dos tricampeões nacionais.

O médio tem contrato com o FC Porto até 2014 e uma cláusula de 20 milhões de euros.

in "abola.pt"