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segunda-feira, 24 de junho de 2013

ANDRÉ VILLAS-BOAS "Há perfil de líder em Paulo Fonseca"

Novo técnico do FC Porto caiu no goto de Villas-Boas há anos e nem a falta de experiência em clubes de topo o desaconselha
Um líder. É isto que Villas-Boas vê em Paulo Fonseca e é isto que o recomenda como sucessor de Vítor Pereira. Por isso, a escolha está validada.

Treinou uma equipa, a Académica, com recursos idênticos aos do Paços de Ferreira. Que análise faz ao terceiro lugar que conseguiu?

É algo notável. Não tenho todo o conhecimento, porque não segui como deveria ter seguido o campeonato português. Mas acho notável que um clube como o Paços seja capaz de montar uma equipa tão agressiva e com tanta regularidade pontual. Não é fácil, só se pode comparar com a época que o Leiria teve com o José Mourinho. O Paulo Fonseca chega com todo o mérito ao FC Porto.

Paulo Fonseca teve sucesso no Pinhalnovense, que chegou a defrontar, no Aves e no Paços de Ferreira, mas o que é que daí é extrapolável para a realidade FC Porto?

Um treinador é um líder. O discurso do Paulo é fluente, frontal, gostei bastante da sua apresentação no Porto Canal. Tem perfil de líder, recordo-me bem da sua equipa do Pinhalnovense, à qual fiz rasgados elogios pelo futebol de posse, curto, envolvente, dinâmico e com muitas trocas posicionais. Acho que pode transportar tudo isso para a realidade FC Porto, naturalmente com outros jogadores e com outra qualidade.

in "ojogo.pt"

terça-feira, 11 de junho de 2013

"Paulo Fonseca recuperou André Martins para o futebol"

Ex-presidente revela que o novo treinador dos dragões dissuadiu o jogador do Sporting de desistir do futebol


Amândio Dias era presidente do Pinhalnovense quando Paulo Fonseca chegou ao clube e conta que foi o novo treinador do FC Porto que recuperou o médio André Martins, do Sporting, para o futebol.

No início temporada 2009/2010, o diretor desportivo do clube do concelho de Palmela, Albino Caçoete, disse ao presidente Amândio Dias que Paulo Fonseca seria uma boa escolha para treinador, numa altura em que o clube procurava um técnico jovem e ambicioso.

"Foi uma escolha do nosso diretor desportivo, numa altura em que procurávamos um treinador jovem para o Pinhalnovense. Foi o Albino Caçoete que o descobriu e tratou da negociação para ele vir para o clube", disse à Lusa Amândio Dias.

O antigo presidente do Pinhalnovense refere que Paulo Fonseca, agora com 40 anos, demonstrou desde cedo um grande conhecimento e que tinha uma maneira especial de chegar aos jogadores.

"Era um técnico organizado, metódico e um líder por natureza. Com ele não havia treinos iguais e chegava muito facilmente aos jogadores. Nas duas épocas em que aqui esteve, fizemos um grande percurso na Taça de Portugal. Quando fomos eliminados pelo FC Porto, ele disse-me que ia jogar no Dragão como a equipa jogava sempre e ao intervalo tínhamos 50% de posse de bola", recorda.

Na segunda época de Paulo Fonseca no Pinhalnovense, em 2010/2011, o médio do Sporting André Martins foi emprestado ao clube da margem sul a meio da temporada, depois de uma má experiência no Belenenses.

"O André Martins queria deixar de jogar futebol depois do que aconteceu no Belenenses, tinha desistido do futebol e foi Paulo Fonseca que o recuperou. Hoje, joga no Sporting e está na seleção nacional. Se não fosse o Paulo Fonseca, o André Martins, provavelmente, hoje não era jogador", frisa.

Amândio Dias acredita que o técnico vai ter sucesso nesta nova fase da sua carreira, agora ao serviço do FC Porto, depois de ter conduzido o Paços de Ferreira ao terceiro lugar da I Liga, a melhor classificação de sempre do clube, e consequentemente à presença no "play-off" de acesso á Liga dos Campeões.

"Surpreendeu a chegada ao FC Porto porque em Portugal não é muito normal uma aposta assim, mas não me surpreendeu pelo valor dele, como tem demonstrado ao subir sempre na carreira. Acredito que vai ter muito sucesso no FC Porto", concluiu.


in "ojogo.pt"

Perfil de Paulo Fonseca, por entre U2, Wenger... e Jesus

Nascido em Moçambique, Paulo Fonseca já foi apenas o Fonseca, jogador pacato que passou por seis clubes em Portugal durante 14 épocas. Agora é um treinador apaixonado por tática, que paga churrascos aos jogadores se a equipa fizer um certo número de cruzamentos, e que levou o Paços ao playoff da Champions. O zerozero.pt partiu à descoberta das qualidades humanas do novo técnico do FC Porto. Sim, só qualidades, porque nenhum dos seis entrevistados falou em defeitos.

A castanha de caju é uma das principais produções da província de Nampula, tal como o tabaco. Traduzido para a língua tupi, o caju era acaiu, que significa 'ano', isto porque os indígenas contavam os anos a partir da sua floração. E foi há 40 florações de caju que nasceu Paulo Alexandre Rodrigues Fonseca em Nampula, Moçambique. Não chegámos a saber se gosta de caju ou de tabaco, mas tentámos descobrir um pouco do Paulo Fonseca como treinador, como colega e como pessoa.

E já chega de Moçambique, que o Paulo veio para o Barreiro logo no primeiro 'caju' de vida. Chegou na azáfama do 25 de Abril de 1974, num ano em que o campeonato era, como agora, jogado com 16 equipas, num ano em que o Sporting foi campeão nacional e num ano onde o Barreirense era primodivisionário - ficou em 13º e quem o treinava era Juca, o moçambicano do Sporting e da Seleção.

No Barreiro cresceu, no Barreiro viveu, no Barreiro se apaixonou pelo futebol e pelo Barreirense. Foi lá que começou a sentir o pulso da redondinha e foi também nesse clube, de quem é «100%» (como disse ao Record), que se estreou como senior, a defesa central. Estávamos nós na época 1991/92, ano de FC Porto campeão, com 10 pontos de vantagem sobre o Benfica, e de Ricky melhor marcador, com 30 golos ao serviço do 3º classificado Boavista.

Constantino, jogador do Leça
Esteve no Barreirense até 1995, por entre divisões inferiores e a jogar no velhinho D. Manuel de Mello. Nesse ano, tinha o Paulo 22 cajus, rumou ao escalão principal e ao norte pela primeira vez. Em Leça da Palmeira, emprestado pelo FC Porto (onde nunca jogou, apenas esteve nos quadros) partilhou o balneário com Constantino, Cristóvão, Cao, Rui Óscar, Djurdjevic e Jaime Magalhães, sob a orientação de Fernando Festas. O Leça safou-se no limite, mas teve Costantino no top dos marcadores, atrás de João Vieira Pinto e Domingos Paciência, o artilheiro do FC Porto campeão, mais uma vez. O central pegou de estaca, fez 22 jogos e só deve ter ficado com um amargo de boca: o Belenenses. Cinco cá, cinco lá, 0x10 no global dos dois jogos contra os do Restelo.

Foto: www.facebook.com/pages/GRANDE-ÁREA
Ironia das ironias, na época seguinte o Paulo rumou ao sul novamente, para aquela zona à beira do Tejo onde os pastéis saem quentinhos logo de madrugada. No Belenenses, a época nem foi grande coisa com o 13º lugar final, numa equipa onde jogavam Filgueira, Silvino, Andrade, Tonanha, Rui Esteves ou M'Jid. À terceira jornada, e depois de duas derrotas, eis que surge no onze o Paulo ao lado de Paulo Madeira. «Personalidades iguais», disse-nos Marinho, que jogou com eles no Estrela da Amadora alguns anos depois. Também falámos com Paulo Madeira, que o descreveu como «pacato e muito correto com os colegas», frisando que «jogando ou não jogando era sempre a mesma pessoa». A verdade é que ele jogou 27 vezes nesse ano, estreando-se a marcar no escalão profissional. Foi na antiga Luz, logo aos 6 minutos, abrindo as hostes da vitória azul por 1x2. Época boa a nível pessoal, portanto, mas novamente com um entrave: um tal de Mário Jardel. Em casa ficou 0x2, fora 2x1. Em suma, duas derrotas com os dragões e quatro golos doSuper Mário.

Marítimo, Vitória de Guimarães e... lesões

No ano seguinte, o salto até meio do Atlântico. No Marítimo, o Paulo terá feito a sua melhor época, com 31 jogos e dois golos, à Académica e ao Varzim. Só não jogou mesmo com o FC Porto, onde continuava o tal Jardel. Quinto lugar e a Europa no bolso, além de um bilhete de volta ao continente e ao norte, para jogar no Vitória de Guimarães. Aí, a subida a pulso na carreira parou, com as lesões a debilitarem o Paulo. Para além de Fernando Meira, Pedro Espinha, Flávio Meireles, Riva, Södeström ou Pedro Mendes, só deu mesmo para conhecer um pouco mais do país a norte, por quem ficou apaixonado. É que, em jogos, foram três na primeira e três na segunda época.

Em 2000, tinha o Paulo 27 cajus, regressou ao sul novamente, para finalizar a carreira no Estrela da Amadora. Desceu, subiu, desceu, subiu... e pendurou as botas. Ao todo, cinco épocas na Reboleira, onde, disse Paulo Madeira, «era tão pacato e tão humilde que nada o chateava». Em suma, «todos gostavam dele».

Foi treinado por vários, desde Jesus, sobre quem disse ser admirador, numa entrevista ao MaisFutebol, a Álvaro Magalhães. «Allô mister, estamos a fazer um trabalho sobre o Paulo Fonseca. Como era ele?», perguntamos nós, levando logo com um «Eish! Pessoa extraordinária. Sempre disponível, bom profissional, queria sempre melhorar». Curiosamente, o adjetivo usado foi novamente o de pessoa «pacata», alguém que «aceitava sempre as decisões» e «nada conflituoso». Álvaro recordou também um «menino» que aparecia na altura, João Afonso, que agora joga no Belenenses, e que o Paulo educava: «Às vezes temos aqueles veteranos que acham que têm que falar de cima para baixo com os miúdos, mas o Fonseca falava com ele naturalmente, orientava o miúdo quando o lancei. Era um descanso para mim».

Marinho, colega no Estrela da Amadora
Nessa equipa jogava também Marinho, antigo lateral do Sporting e do Benfica. Bem disposto ao telefone, descreve o Fonseca como alguém «com trato muito afável, muito tranquilo», uma pessoa «cuidadosa na forma de vestir» e que, sendo atento à imagem e à moda, «conseguia vestir-se de forma vanguardista, só que não era vaidoso e não tão excêntrico como o Abel Xavier». 

Foto: espacoavense.blogspot.com
O Paulo, com quem se dá «muito bem», é uma pessoa carpe diem, que «vive o dia-a-dia» e que sabe ser «equilibrada, porque o futebol não tem que ser 24 horas por dia». Marinho conta ainda que o amigo Paulo é «apaixonado» pelos U2 e um dia pregou-lhe uma surpresa: «Os U2 vinham a Alvalade em 2005. Na altura ele estava a acabar a carreira e eu sabia que ele adorava ir ver o concerto. Então fui comprar dois bilhetes antes que eles esgotassem e ofereci-lhe. Ficou doido!»

O novo 'bichinho'

A carreira do Paulo chegava ao fim mas, como diz Bono Vox, vocalista dos U2, «I still haven't found what I'm looking for» (1). Nessa altura, já ele andava de olho na questão da tática e do estudo do jogo, vertente para a qual contribuíram alguns treinadores que teve, como Jorge Jesus, João Alves, Norton de Matos e Augusto Inácio. Mesmo assim, o 'sósia' Paulo Madeira garante que, quando o conheceu, «não era daqueles que queriam ser treinadores, isso nem lhe passava pela cabeça», e muito menos ao próprio Paulo Madeira. A dedução do antigo central do Benfica é que «foi o presidente do Estrela na altura que o pressionou para treinar os juniores».

«Vertigo» (2) foi coisa que Paulo Fonseca nunca teve e, por aquilo que lhe atribuem, parece mais fã do primeiro verso de uma das músicas do grupo irlandês, bafejada por um «I'm not afraid of anything in this world» (3). 

©Catarina Morais
1º Dezembro, Odivelas e Pinhalnovense. Ano a ano, degrau a degrau, o jovem técnico ia surgindo aos pouco a pouco, sempre com épocas completas (não fosse ele «contra as mexidas em janeiro», como disse à Antena 1). No segundo ano em Pinhal Novo, o primeiro contacto com a ribalta. Estávamos na época 2010/11 e a equipa atingia os Quartos da Taça de Portugal, visitando o Dragão e apenas sendo batida no fim pelo Incrível Hulk (2x0).

«A Taça de Portugal permitiu ao Pinhalnovense e à sua equipa técnica ter maior visibilidade do trabalho desenvolvido, por isso não foi totalmente inesperado o convite», começou por dizer o Paulo quando chegou ao Desportivo das Aves na época seguinte. Aí, treinou Amaury Bischoff, jogador que teve uma passagem pelo Arsenal e que vê Paulo Fonseca como... Arsène Wenger: «Pode ser um Wenger porque gosta muito de tática e de jogadores jovens».

Atualmente na 3. Bundesliga, Bischoff descreve que «um jogador sente-se muito bem» depois das conversas com o treinador, que «fala tudo positivo». Equipa física não rima com Paulo Fonseca, um «amante da tática e de equipas com bola», segundo Amaury.Os dois morreram na praia na época passada: o Aves esteve quase sempre em zona de subida, mas no fim foi o Moreirense a fazer a festa.

Churrascadas na Mata


Paulo Fonseca
2012/2013

41 Jogos
22 Vitórias
13 Empates
6 Derrotas

62 Golos
38 Golos sofridos

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De qualquer forma, o Paulo estava talhado para continuar a escalar degraus. O Paços de Ferreira, depois de uma grande segunda volta com Henrique Calisto, queria uma época 2012/2013 tranquila e sem sobressaltos. Para isso foi buscá-lo, mas tranquilidade nem houve muita para os lados da Mata Real. Pelo contrário, foi impossível ficar indiferente ao futebol dos castores e nem era preciso do apito inicial. No habitual aquecimento, quem fosse ao estádio via a equipa adversária trocar a bola entre os jogadores em praticamente meio-campo. Do outro lado, via os amarelos a fazer a mesma circulação em, talvez, uns 10 metros quadrados. Podiam ser pancadas, mas não, porque os passes saíam direitinhos e a bola não saía do circuito. Havia ali qualquer coisa, inevitavelmente.

André Leão e Tiago Valente, dois titulares no Paços de Ferreira ©Catarina Morais
André Leão, um dos indiscutíveis, diz-nos que «não há nada de invulgar, é uma pessoa tranquila, que nem fala muito». A sua grande virtude é «a abertura aos jogadores», os quais o Paulo deixa falar primeiro no fim dos jogos e opinar sobre o que quiserem. O médio, que foi considerado o melhor 6 português a atuar no campeonato pelo próprio treinador, refutou a ideia dos vídeos e conta uma forma particular que o técnico tinha para motivar a equipa: «Não havia cá vídeos. Ele preferia prometer-nos um churrasco se não sofrêssemos golos».

Esta ideia soltou a gargalhada de Tiago Valente, central que veio com o treinador da Vila das Aves: «Sim, sim, é verdade. Era isso ou prometer-nos uma folga extra se fizéssemos determinado número de cruzamentos, por andarmos a jogar pouco nos flancos. Ele arranja sempre forma de ter o grupo motivado e com objetivos, é impressionante!». À Antena 1, no programa Grandes Adeptos, o treinador confessou mesmo que Tiago Valente era um dos dele, elogios aceites pelo defesa, que destaca «o equilíbrio» do Paulo, que «nunca se põe em bicos de pés nem nunca se rebaixa com ninguém».

©Catarina Morais
André Leão e Tiago Valente entram em sintonia quando lhes é questionado o momento da época: dia 20 de outubro, na véspera do jogo com o Estoril, para a Taça de Portugal. A época até tinha começado bem e o momento nem era mau, pois vinha o Paços de quatro jogos com saldo de uma vitória, dois empates e uma derrota, com o Benfica. Só que era pouco para o Paulo, que reuniu os jogadores no hotel e lhes perguntou: «É isto? É isto o nosso limite? Não poderemos nós dar mais para fazer qualquer coisa diferente?». O Paços ganhou o jogo no Estoril (1x2) e embalou para treze jogos onde empatou três e ganhou 10! Definitivamente, não era aquele o limite da equipa.

O resto são histórias banhadas a amarelo, são sonhos ultrapassados, são metas atingidas, são constantes «Sunday Bloody Sunday» (4) para quem aparecia na Mata Real.

Toda esta «Electrical Storm» (5) provocou um «Unforgettable Fire» (6) nos clubes da ribalta portuguesa. Quis o destino que o último técnico da época a ser abraço por Paulo Fonseca fosse aquele a quem iria suceder. Quis o destino que o 10 de junho fosse o «Beautiful Day» do rapaz do Barreiro, que um dia se apaixonou pelo caráter do jogador nortenho.

FC Porto
2012/2013

55 Jogos oficiais
41 Vitórias
10 Empates
4 Derrotas

118 Golos
28 Golos sofridos

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A tranquilidade, o equilíbrio e a sensatez serão algumas das caraterísticas que os portistas vão poder observar no Dragão, num treinador que «é capaz de ver quatro ou cinco vezes o mesmo jogo até ter o adversário estudado» (Tiago Valente), que «brinca mais com os jogadores que não jogam, porque cativar os que jogam é fácil» (André Leão), que «não vai entrar em picardias com Jesus, porque o tem como uma referência» (Paulo Madeira) ou que «pode ter que picar qualquer um, porque é profissional» (Álvaro Magalhães). Certo é que o FC Porto «é o clube ideal» (Amaury) e que «deu um passo de cada vez para lá chegar e, como tal, chegou com todo o mérito» (Marinho).

Chamar-lhe 'homem da pêra' é capaz de soar a anos 90, chamar-lhe 'novo Wenger' é capaz de soar a futuro. Chamemos-lhe Paulo Fonseca, com 40 cajus, o novo timoneiro de uma Invicta sem derrotas. «Uno, dos, tres... Catorce!».

P.S.: Mentimos no início do perfil, porque dissemos que ninguém lhe apontou um defeito. Tiago Valente deixou escapar um pormenor que não lhe agrada: «É fã dos U2». 

in "zweozweo.pt"

Vítor Pereira causou mal-estar no Dragão


Vítor Pereira deixou o FC Porto após a conquista de dois títulos nacionais, apenas com uma derrota no campeonato ao longo das duas épocas em que comandou os dragões, mas a saída pode não ter sido tão pacífica como se pensava, dado o desacordo para a continuidade. 

Parece claro para os dragões que Vítor Pereira ficou mal na fotografia ao assinar o milionário contrato com outro clube continuando vinculado ao FC Porto, ainda que o acordo com os dragões cesse a 30 de junho. 

O tema será suscetível de conhecer desenvolvimentos do ponto de vista legal, pois em causa podem estar direitos de imagem associados ao contrato, mas tudo indica que a situação ficará resolvida com uma conversa... de despedida.


in "abola.pt"

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Paulo Fonseca: risco? Talvez não


Pinto da Costa contratou um treinador de 40 anos que conseguiu um dos maiores feitos da história do futebol português médio ao deixar o Paços de Ferreira na Liga dos Campeões. E mais uma vez se grita a palavra risco. Talvez seja altura de encararmos a questão de outros pontos de vista.

Muito experiente, o presidente do F.C. Porto confiou em treze treinadores portugueses para começar mais de metade das temporadas que leva no clube. Desses, apenas três tinham mais de 45 anos quando entraram pela primeira vez no balneário azul-e-branco. José Maria Pedroto regressou com Pinto da Costa aos 54 anos. Octávio Machado dirigiu a equipa principal do F.C. Porto aos 52 e Jesualdo Ferreira chegou ao Dragão aos 60 anos. E acabou por ficar quatro temporadas.

Todos os outros tinham menos de 45 anos. Alguns menos de 40. Artur Jorge estava nos 38 quando Pinto da Costa lhe ofereceu o banco. Depois vieram Quinito (40), Inácio (40, começou uma época quando Robson estava doente), António Oliveira (44), Fernando Santos (44), José Mourinho (39), José Couceiro (42), André Villas-Boas (33) e Vítor Pereira (43). Paulo Fonseca tem 40 anos.

A experiência de cada um daqueles treinadores era diferente. Alguns tinham sido bons jogadores, outros nem perto. Uns tinham sido adjuntos, outros começaram cedo a desempenhar a função de treinador principal. Outros até tinham passado por diferentes funções. Olhado assim, do ponto de vista da história, Paulo Fonseca não parece uma aposta especialmente arriscada. Pelo menos não mais arriscada do que pareceu Vítor Pereira há dois anos, na altura apenas o discreto adjunto de Villas-Boas, o mais novo de todos os treinadores algum dia escolhidos por Pinto da Costa. E, já agora, a mais arriscada aposta.

Esta segunda-feira, quando se apresentou no Chelsea, Mourinho lembrou que há treze anos, no Benfica, achava que sabia tudo. E agora percebe que afinal não sabia nada. Tem razão, por norma o tempo melhora-nos, a experiência ajuda-nos. Mas por outro lado também perdemos algumas características. 

Uma vez que não acredito em coincidências, creio que Pinto da Costa está convencido de que a ambição é um traço central num treinador. Por isso os procura jovens. Estará também convencido de que escolher português é ganhar tempo, é contratar conhecimento da realidade local, de jogadores e de maneiras de montar equipas. O F.C. Porto é um clube que privilegia treinadores que conheçam a identidade do clube. Se pensarmos, os últimos três já tinham estado por lá. Villas-Boas, Vítor Pereira e agora Paulo Fonseca, fugaz jogador azul-e-branco nos anos 90.

Pode ser que Paulo Fonseca tenha sucesso, pode ser que falhe. Uma coisa parece evidente: a escolha do antigo treinador do Paços de Ferreira é coerente com o que têm sido as opções do F.C. Porto de Pinto da Costa. 

Para Paulo Fonseca este é obviamente o melhor dia da sua carreira futebolística. Em Paços de Ferreira demonstrou capacidade para montar uma equipa e gerir um plantel. Isso ninguém lhe nega. Precisará agora de colocar a equipa a jogar o bom futebol que os adeptos do F.C. Porto exigem, demonstrar competência na Liga dos Campeões e capacidade de luta nos duelos mediáticos com Jorge Jesus.

Todos temos tendência a achar que treinar um grande é diferente. Mas talvez seja tempo de abandonar esse discurso, o discurso do risco. Afinal, nos últimos anos a norma é ver ganhar treinadores portugueses com pouca ou nenhuma (mais nenhuma do que pouca) experiência no lugar principal do banco de um clube grande. Recorde comigo a lista: Vítor Pereira, Villas-Boas, Jesualdo Ferreira (uns meses no Benfica), José Mourinho (uns meses no Benfica), Jaime Pacheco, Augusto Inácio (uns meses no F.C. Porto, devido à doença de Robson).


Luis Sobral in "maisfutebol.iol.pt"

Apresentação de Paulo Fonseca novo Treinador FC Porto


PAULO FONSECA: "QUERO UMA EQUIPA DOMINADORA"



Paulo Fonseca assinou esta segunda-feira um contrato válido por duas épocas com o FC Porto, ficando com uma cláusula de rescisão de 15 milhões de euros.

O contrato com o novo treinador do FC Porto foi assinado em directo no Porto Canal, numa cerimónia em que marcou também presença o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa.

“É um enorme orgulho, uma sensação maravilhosa poder representar o FC Porto, representar o campeão nacional, não podia estar mais satisfeito”, começou por dizer Paulo Fonseca, que se definiu como um técnico ambicioso.

“Sou um treinador ambicioso, acho que tem sido revelado nas minhas equipas, gosto de ter equilíbrio, é fundamental que possamos gerir o jogo com bola, que é uma umas marcas que se tem evidenciado nas minhas equipas. Temos de ser uma equipa dominadora, uma equipa que joga no meio-campo adversário e no FC Porto isso tem de ser uma realidade. Eu quero ter uma equipa dominadora. Temos também de ser uma equipa pressionante, solidária, unida, o que é uma das marcas do FC Porto a que quero dar continuidade”.

Paulo Fonseca tem sido muito elogiado pelos jogadores que dirigiu, o que vê com satisfação: “Essa é a maior recompensa de um treinador, ver reconhecida a competência de quem trabalhou connosco. É uma profissão de emoções intensas e gerir as emoções é um dos papeis fundamentais de um treinador”.

Jorge Nuno Pinto da Costa recusou tratar-se de uma aposta arriscada e diz que Paulo Fonseca até chega com mais sucesso do que a maioria dos seus antecessores.

“Não é aposta arriscada, é uma aposta consciente, porque acho que com 40 anos é um jovem, mas por outro lado tendo competência já é uma pessoa madura, o que é caso. Tem uma carreira curta, mas não conheço nenhum treinador que tenho conseguido levar uma equipa como o Paços de Ferreira, cujo objectivo era a permanência, à Liga dos Campeões, à frente dos dois Sporting. Não vejo onde possa estar o risco. Embora tenha uma carreira curta chega com mais sucessos que outros treinadores do FC Porto”.

O presidente diz-se um admirador das qualidades de Paulo Fonseca: “Não foi contratado por acaso, nem por simpatia pessoal, porque o nosso conhecimento era só de presidente de um clube com o treinador de outro quando nos cruzávamos, mas naturalmente que sou um admirador das suas qualidades e sobretudo da forma como as suas equipas jogavam. Eram equipas disciplinadas, equipas ambiciosas, com bom jogo, que faziam também do resultado factor muito importante de qualquer jogo. Entendi, entendemos todos na administração, que tem todos os requisitos que procurávamos para continuar estes anos de sucesso”.

E Jorge Nuno Pinto da Costa espera bom futebol, factor primordial para se conseguirem bons resultados. “Para se ter bons resultados é preciso ter bons jogadores e jogar bem, porque a jogar mal pode-se perder em qualquer momento. O jogar bem já é uma maior valia para o sucesso e espero que o FC Porto proporcione bons espectáculos e resultados condizentes com esse bom jogo”.

Paulo Fonseca recordou a passagem na década de 90, como jogador, pelo FC Porto, acabando por ser emprestado ao Leça, mas diz que a versão treinador é mais capaz do que versão jogador: “A verdade é que eu acredito muito mais no Paulo Fonseca treinador do que acreditava como jogador e sendo o mais honesto possível, ao Paulo Fonseca jogador faltava alguma coisa para poder representar o FC Porto. Parece-me o momento ideal para chegar ao FC Porto. Aqui o compromisso com a vitória é permanente, aqui respira-se vitória. Aqui vencemos ou vencemos e eu estou preparadíssimo para encarnar neste espírito, para conseguir dar continuidade à senda de grandes vitórias que este clube tem conseguido”.

A terminar, Paulo Fonseca agradeceu a oportunidade e promete vitórias: “Gostava de agradecer ao presidente e restante administração a confiança depositada em mim e depois dizer aos adeptos que estou fortemente motivado para continuar esta senda de grandes vitórias do FC Porto e que farei o que estiver ao meu alcance para defender esta instituição”.

Pinto da Costa, por seu lado, acredita que o novo técnico do FC Porto se vai tornar um dos melhores treinadores portugueses: “Estamos apostados em continuar no sucesso, é um treinador dentro das nossas características, que vai agarrar esta oportunidade e vai ser um dos melhores treinadores portugueses”.



in "fcp.pt"

Paulo Fonseca: «Quero uma equipa dominadora»

Novo treinador do F.C. Porto apresenta as suas ideias


Paulo Fonseca assinou contrato com o F.C. Porto e falou como novo treinador dos dragões. Em declarações ao Porto Canal, o antigo responsável técnico pelo Paços de Ferreira estabeleceu as metas para o futuro.

«É um enorme orgulho, uma sensação maravilhosa poder representar o F.C. Porto, o campeão nacional. Não podia estar mais satisfeito», começou por dizer.

Paulo Fonseca apresentou as suas ideias de jogo: «Sou um treinador ambicioso, acima de tudo, isso tem sido revelado nas minhas equipas. Depois, gosto de ter equilíbrio. É fundamental gerir o jogo com bola, essa tem sido uma marca nas minhas equipas, mas quero uma equipa dominadora, instalada no meio-campo adversário, e isso tem de acontecer no F.C. Porto. Tem também de ser uma equipa pressionante.» 

«A principal tarefa de um treinador hoje em dia é saber gerir as emoções, isso é fundamental para o sucesso de uma equipa», frisou o técnico, recordando ainda o contrato assinado com o F.C. Porto enquanto jogador, antes de um período de empréstimos: «Acredito muito mais no Paulo Fonseca treinador que no Paulo Fonseca jogador. A esse faltava alguma coisa para poder representar o F.C. Porto. Agora, parece-me a altura ideal para assumir esta posição.»

O sucessor de Vítor Pereira garante estar preparado para o desafio. «Nesta casa respira-se um ar contagiante de vitória. Aqui vencemos ou vencemos. Estou preparadíssimo para dar continuidade à senda de vitórias do F.C. Porto.»

Pinto da Costa: «Vitórias europeias foram com portugueses»

Presidente do F.C. Porto elogia Paulo Fonseca, que «vai ser dos melhores treinadores portugueses.»


Pinto da Costa apresentou Paulo Fonseca como novo treinador do F.C. Porto e não considera que esta é uma aposta arriscada. O presidente do clube recordou as conquistas europeias com portugueses e a escolha de Artur Jorge em 1987.

«Não é aposta arriscada, é uma aposta consciente. Tem 40 anos, pode ser visto como um jovem mas já é uma pessoa madura. Tem uma carreira curta mas não conheço nenhum que tenha levado uma equipa como o Paços de Ferreira à Europa, à frente dos dois Sportings. Tem uma carreira com mais sucessos do que alguns treinadores que vieram para o F.C. Porto», começou por dizer.

No Porto Canal, Pinto da Costa utilizou até um exemplo curioso. «As vitórias europeias têm sido conquistadas com treinadores portugueses. Já em 1987, foi com Artur Jorge. E nessa altura, foi uma aposta mais arriscada do que essa, porque no ano anterior tinha tido a infelicidade de descer de divisão.» 

«Não foi por simpatia pessoal, mas sou um admirador das suas qualidades e sobretudo da forma como as suas equipas jogavam, de forma disciplinada e com ambição. Entendemos que eles tinham todos os requisitos para continuar com este sucesso», acrescentou o dirigente.

Pinto da Costa deixou ainda um apontamento pertinente. «Jogar bem já é uma valia para ter sucesso. Espero que o F.C. Porto proporcione bons espectáculos e que isso resulte em bons resultados», disse, rematando: «É um treinador competente e tenho a certeza que vai agarrar a oportunidade. Vai ser dos melhores treinadores portugueses.»

Paulo Fonseca: contrato com cláusula de quinze milhões

Novo treinador do F.C. Porto assinou um vínculo válido por duas temporadas


O F.C. Porto confirmou, ao final da manhã desta segunda-feira, o nome de Paulo Fonseca para o comando técnico da equipa. O antigo treinador do Paços de Ferreira assinou contrato por duas temporadas.

Na apresentação desta segunda-feira, através do Porto Canal, foi ainda revelado que o contrato do novo treinador contempla uma cláusula de rescisão considerável: quinze milhões de euros.

in "maisfutebol.iol.pt"

Paulo Fonseca oficializado

DRAGÕES ENVIAM COMUNICADO À CMVM


A FC Porto, SAD oficializou esta segunda-feira, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a contratação de Paulo Fonseca para as próximas duas temporadas.

Comunicado integral:

«A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que chegou a acordo com Paulo Fonseca, para a celebração de um contrato de trabalho desportivo, como treinador da sua equipa principal de futebol, válido por duas épocas.

O Conselho de Administração
Porto, 10 de Junho de 2013»


in "record.pt"

Paulo Fonseca apresentado hoje


Paulo Fonseca deve ser hoje apresentado como novo treinador do FC Porto. A SAD dos dragões ainda não anunciou o nome do substituto de Vítor Pereira no comando técnico da equipa profissional de futebol, mas o eleito há muito que está escolhido e até já esteve ontem no Estádio do Dragão a conhecer os cantos à casa.

O técnico que conduziu o Paços de Ferreira ao histórico terceiro lugar na Liga chegou facilmente a acordo com os tricampeões nacionais. Ontem, de manhã, foi tempo de acertar a ligação ao FC Porto por duas temporadas. Recebido por Pinto da Costa e Antero Henrique, os principais rostos da SAD, o novo treinador dos dragões acertou todos os detalhes e teve a primeira conversa de trabalho com os seus novos patrões, mas a sua contratação não foi oficializada pelo facto de o presidente do Paços de Ferreira, Carlos Barbosa, ainda não ter assinado o documento que o liberta do compromisso que tinha com os castores. 

Em causa estarão pormenores referentes às compensações que o FC Porto deve garantir por esta transferência, não em termos de valores (a mudança custará aos cofres azuis e brancos cerca de um milhão de euros) mas, sobretudo, no que diz respeito às cedências de jogadores considerados excedentários dos quadros portistas (o Paços quererá certezas de que vai receber quem quer, nomeadamente Pedro Moreira, Sérgio Oliveira e Bracali ou Stefanovic).


in "abola.pt"

domingo, 9 de junho de 2013

Paulo Fonseca adiado para amanhã

Treinador esteve no Dragão de manhã, mas acabou por ainda não ser oficializado como sucessor de Vítor Pereira
A expectativa foi grande durante o dia, mas acabou por não haver fumo branco: a apresentação de Paulo Fonseca como novo treinador do FC Porto ficou adiada, ao que tudo indica, para amanhã. Neste momento, falta limar algumas arestas no que diz respeito à compensação que o Paços de Ferreira vai receber por libertar o técnico, visto que este ainda tem mais um ano de contrato com os castores.

Tal como O JOGO online escreveu, Paulo Fonseca esteve de manhã no Estádio do Dragão, onde reuniu com Pinto da Costa e Antero Henrique para acertar os pormenores do contrato de duas temporadas que ligará o treinador aos dragões.

in "ojogo.pt"

sexta-feira, 7 de junho de 2013

CMVM pede esclarecimentos sobre treinador


A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) contactou esta sexta-feira o FC Porto para pedir esclarecimentos sobre a alegada contratação do treinador do Paços de Ferreira, Paulo Fonseca, avança a edição `online` do Diário Económico.

Segundo as últimas informações, Paulo Fonseca, de 40 anos, deverá assinar um contrato válido por dois anos com o FC Porto, levando os adjuntos Nuno Campos e Pedro Moreira para o Dragão.

A BOLA avançou na sua edição impressa desta sexta-feira que a contratação de Paulo Fonseca irá custar aos cofres do FC Porto cerca de um milhão de euros, em dinheiro ou contrapartidas.


in "abola.pt"

Paulo Fonseca: o salto lógico e o trabalho sempre a sorrir

Perfil do sucessor de Vítor Pereira, que convive com os jogadores e conseguiu domar Josué


Paulo FonsecaAos 40 anos, Paulo Fonseca prepara-se para assumir o cargo que pertencia a Vítor Pereira. O F.C. Porto deve oficializar a chegada do novo treinador a breve prazo, após um acordo entre as partes. Um desfecho lógico, diz quem o conhece.

Para o técnico, este será o regresso a uma casa por onde passou sem grande sucesso. Como jogador, assinou contrato com os dragões mas não chegou a treinar de azul e branco. Rumaria a Guimarães no negócio que levou Capucho para o Porto.

O percurso no Barreirense motivou a aposta do F.C. Porto. Nessa altura, um jovem defesa-central ia procurando o seu espaço. Sem apontar de forma clara para um futuro como treinador.

«Foi meu jogador durante cinco anos no Barreirense. Teve o handicap de nunca ter sido um jogador de equipas de elite, mas há muito mérito na sua carreira. Chega a um grande na altura certa, subiu a pulso e todos reconhecem o trabalho que tem realizado», salienta Jean Paul, seu antigo técnico.

Na conversa com o Maisfutebol, o treinador com uma década de ligação à formação do Sporting aplaude o trajeto de Paulo Fonseca. «Costumo dizer que fazer uma vez é fácil, mais difícil é confirmar depois. O Paulo já fez um bom trabalho a outros níveis, tem vindo a confirmar o seu trabalho ao longo dos anos.»

«Sempre teve uma personalidade forte e, quando decidiu enveredar pela carreira de treinador, ligou-me várias vezes. Procurou-me bastante nesse período e vi nele alguém com futuro. Disse-lhe que era inteligente, interessado, com vontade de aprender», revela.

Jean Paul aplaude a chegada de mais um técnico português a um grande. «Até determinada altura, fui crítico em relação à formação de treinadores em Portugal, mas agora há uma escola, um modelo de formação. Lá fora, as pessoas surpreendem-se por ver um país tão pequeno a formar tantos jogadores e treinadores. Depois, é preciso que surjam as oportunidades, como está a acontecer.»

Passa os dias a sorrir e conseguiu domar Josué

Como treinador, Paulo Fonseca passou pela formação do Estrela da Amadora, pelo 1º de Dezembro, Odivelas, Pinhalnovense (chegou a defrontar o F.C. Porto na Taça), Desportivo das Aves e Paços de Ferreira.

Na Capital do Móvel, conduziu a formação pacense a um histórico terceiro lugar. Pelo caminho, nunca perdeu o sorriso. Haja alegria no trabalho.

«A imagem que ele passa é a real. Ele passa a maior parte do tempo a sorrir. Vive com muita alegria a carreira de treinador, nota-se que gosta do que faz», explica Vítor, médio que foi orientado por Paulo Fonseca na época 2012/13.

A proximidade com os jogadores é uma marca do treinador. «A barreira entre jogadores e equipa técnica é quase nula. É muito acessível e podíamos falar com ele sobre tudo. Isso é muito importante para um jogador. Em campo, éramos sobretudo uma equipa muito equilibrada. Podia destacar-se em termos ofensivos mas havia muito trabalho defensivo durante a semana»

«Após os primeiros meses a trabalhar com ele, pensei logo que chegaria ao topo, mais cedo ou mais tarde. Acaba por ser uma mudança mais do que justificada, lógica até. Tem feito um bom trabalho por onde passa e sempre em crescendo», frisa Vítor, aoMaisfutebol.

O futuro treinador do F.C. Porto fez crescer nomes como Diogo Figueiras, André Leão, Luiz Carlos, Cícero, o próprio Vítor e sobretudo Josué. O reforço dos dragões era um rebelde sem causa e parece ter encontrado finalmente o seu rumo.

«Houve ali muita preocupação do Paulo Fonseca com o Josué, que como é sabido é um jogador um pouco rebelde (risos). Tem um talento gigantesco mas faltava-lhe essa parte. Chegaram a um acordo e a diferença foi notória», reconhece o jogador dos castores.

Vítor não tem dúvidas: as mudanças de Paulo Fonseca e Josué para o F.C. Porto, de Cássio e Luiz Carlos para o Sp. Braga são um prémio pela sensacional época do Paços de Ferreira. «É bom ver colegas e o treinador a melhorar a sua vida, é um prémio pela época que fizemos.»

in "maisfutebol.iol.pt"