segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Oliveira Janeiro: «Janko é um pinheiro»

"SCOUTER" DESTACA JOGO AÉREO DO AUSTRÍACO



João Oliveira Janeiro, olheiro português especializado no futebol da Europa Central, acredita que Janko, o novo reforço do FC Porto, poderá trazer aos dragões maior poder de fogo no jogo aéreo, embora frise que o internacional austríaco está longe de se assemelhar a Radamel Falcão, denotando mesmo algumas carências técnicas.
"Falcão é mobilidade, Janko é um fixo. Trata-se de um jogador de grande estatura, forte físicamente e muito bom de cabeça. Tem limitações técnicas, não é, por exemplo, como Cardozo, que tem um bom pé e marca livres. Mas é um jogador que pode ser útil ao FC Porto, porque joga muito bem de cabeça", disse Oliveira Janeiro, utilizando a célebre expressão de Paulo Sérgio para caracterizar Janko: "É um pinheiro e essa faceta pode fazer a diferença num clube como o FC Porto."
in "record.pt"

Guarín: «Estou contente por ser jogador do Inter»

COLOMBIANO EM ITÁLIA



Guarín mostrou grande felicidade na chegada à Itália. "Estou contente por ser novo jogador do Inter Milão e estou à espera de amanhã para exteriorizar toda a minha felicidade", disse.
O médio colombiano vai fazer terça-feira testes médicos e assinar o contrato.
in "record.pt"

Belluschi: «Feliz por estar no Génova»

ARGENTINO ESTÁ DE SAÍDA DO DRAGÃO



O médio Fernando Belluschi está a um pequeno passo de se tornar oficialmente reforço do Génova. O argentino, de 28 anos, revelou sentir-se feliz pela mudança para Itália.
"Estou feliz por estar aqui", revelou o médio argentino, que será colega de Miguel Veloso, em declarações ao Primocanale Sport.
Sobre a oportunidade de jogar ao lado do compatriota Rodrigo Palacio, Belluschi mostrou-se satisfeito. "Ainda não falei com ele, mas é um grande jogador, e fico feliz por encontrá-lo aqui no Génova", concluiu.
in "record.pt"

Marselha confirma saída de Lucho

A TÍTULO DEFINITIVO



O Marselha comunicou, no site oficial, o princípio de acordo com o FC Porto respeitante à transferência de Lucho. O argentino deixa o clube francês a título definitivo.
"A transferência será oficializada nas próximas horas", pode ler-se.
in "record.pt"

Lucho já está no Porto

INFORMA O "L'EQUIPE"



Segundo informa esta segunda-feira o diário francês "L'Equipe", Lucho González já está no Porto a ultimar os pormenores da sua transferência para os dragões.
A mesma fonte revela que o argentino embarcou por volta das 12 horas portuguesas e que ainda esta segunda-feira deverá realizar os habituais exames médicos.
Contudo, ainda não existe total acordo entre os dois emblemas, faltando ainda definir o valor recebido pela turma de Didier Deschamps, assim como a fatia salarial que os portistas vão ter de suportar.
in "record.pt"

Lucho no Porto a título definitivo

Bola Branca apurou que não é 97%, 98% ou 99%. Lucho é 100% jogador do FC Porto. O argentino rescinde com o Marselha.


Bola Branca garante a 100% que Lucho Gonzalez é jogador do FC Porto. “El Comandante” está de regresso ao Dragão a título definitivo e não por empréstimo, como vinha sendo avançado pela imprensa francesa.

O negócio só foi possível devido à vontade demonstrada pelas partes, à insistência de Lucho para deixar Marselha e à disponibilidade do médio para cortar substancialmente o ordenado que auferia em França. 

Lucho recebia por mês cerca de 400 mil euros, valor incomportável para a realidade nacional, mas o interesse do argentino em voltar à sua primeira casa na Europa colocou a vertente financeira em segundo plano. 

Aos 31 anos, celebrados há 11 dias, Luís Óscar Gonzalez - Lucho - está de regresso ao Porto. Deixou o Dragão há dois anos e meio, por 24 milhões de euros. 

Foi campeão francês pelo Marselha na primeira época. Continuou como indispensável na segunda, mas esta temporada, apesar de manter posição de destaque na equipa de Deschamps, manifestou, em várias ocasiões, interesse em sair.

Arsenal, Everton, Roma e Olympiakos surgiram como pretendentes, mas Lucho preferiu um amor antigo e regressa, a título definitivo, ao Porto.



in "rr.pt"

Augusto Inácio: «Derrota foi uma grande pancada»

DRAGÕES DÃO UM PASSO ATRÁS



derrota do FC Porto diante do Gil Vicente no domingo não afasta os dragões da corrida ao título. Quem o diz é Augusto Inácio que, à Antena 1, analisou o atual momento dos campeões nacionais.
"Faltam muitos jogos ainda, mas foi uma derrota inesperada. Deixa uma margem folgada para o Benfica gerir com uma certa confiança para o futuro. A derrota é uma grande pancada nas ambições e aspirações no campeonato. Não está afastado do título, mas deu um passo atrás", afirmou o atual treinador do Vaslui.
in "record.pt"

Janko confirmado no dragão

PONTA-DE-LANÇA PROVENIENTE DO TWENTE



Marc Janko vai mesmo ser jogador do FC Porto, de acordo com dados apurados por Record, na manhã desta segunda-feira.
Recorde-se que o site do jornal holandês "Telegraaf" tinha avançado também hoje com a possibilidade do ponta-de-lança austríaco do Twente reforçar os dragões, 
in "record.pt"

Guarín está a caminho do Inter

MÉDIO É ESPERADO EM ITÁLIA



O jornal italiano "La Gazzetta dello Sport" avança na manhã desta segunda-feira que a transferência de Fredy Guarín para o Inter Milão está iminente.
De acordo com o relato, a que se juntam os de outros de vários órgãos de comunicação italianos, o processo negocial entre o FC Porto e o clube presidido por Massimo Morattiacelerou na noite de domingo e madrugada de segunda-feira, com as partes a chegaram a um acordo com contornos diferentes dos que tinham vindo a ser especulados.
Assim, o médio colombiano sairá por empréstimo até final da temporada, com os portistas a encaixarem de imediato por 1,5 milhões.
Em junho, os italianos podem acionar o direito de opção entregando mais 11 milhões. Ou seja,não estão obrigados a ficar com Guarín no final do empréstimo.
O jogador é esperado em Itália nas próximas horas para assinar contrato.
in "record.pt"

Belluschi no Génova ainda está suspenso

O empréstimo de Belluschi ao Génova não foi ainda assumido por Enrico Preziosi, presidente do emblema italiano. "Belluschi será decidido esta noite [ontem]", declarou, travando assim as notícias dos últimos dias que apontavam o médio argentino como estando certo no plantel do Génova. Na cabeça de Preziosi pesa ainda a possibilidade de vir a optar por Pazienza, médio da Juventus. "Um dos dois virá. Belluschi é mais jovem e mais útil, mas Pazienza é italiano e já temos estrangeiros no plantel", justificou.
O acordo entre as partes era total, mas os factos do fim-de-semana levantaram dúvidas para esclarecer de vez ainda hoje.

in "ojogo.pt"

Puxão de orelhas de Pinto da Costa

A derrota deixou marcas e Pinto da Costa voltou a ir ao balneário no final do encontro, à imagem daquilo que sucedera em Coimbra, em Novembro. A equipa voltou a dar uma imagem pálida do seu valor e o presidente portista foi dar um puxão de orelhas aos jododores. Depois de "uma exibição desastrosa de uma equipa que não mostrou vontade de ganhar títulos", conforme Vítor Pereira disse no final, Pinto da Costa voltou a fazer uma chamada de atenção.


in "ojogo.pt"

Helton deu braçadeira

Rolando foi, pela primeira vez, capitão de equipa com Helton em campo. O guarda-redes não foi despromovido na hierarquia e, no balneário, mantém o seu estatuto intocável. O que aconteceu, ao que O JOGO apurou, é que terá sido o próprio Helton a "oferecer" a braçadeira ao colega. Isto porque é permitido aos árbitros admoestarem os guarda-redes quando estes saem da grande área para reclamar qualquer decisão e o brasileiro quis proteger-se. A nomeação de Bruno Paixão também terá pesado na decisão.


in "ojogo.pt"

Vítor Pereira: "Encomendem faixas para a outra equipa"

Depois da primeira derrota no campeonato, Vítor Pereira estava desolado. O treinador do FC Porto não quis falar durante muito tempo, mas proferiu algumas afirmações fortes e sempre num tom exaltado, tecendo críticas à sua equipa e, principalmente, ao trabalho da equipa de arbitragem chefiada por Bruno Paixão.
"Esta derrota resume-se facilmente. A nossa primeira parte foi horrível, demonstrámos uma apatia que não é própria de quem quer revalidar o título de campeão nacional. Fomos penalizados por essa apatia, porque realmente não existimos. Na segunda parte, quisemos mas já estávamos a perder e levámos com o terceiro golo logo no início. Depois reagimos, mas muito com o coração e de forma desorganizada. Houve demérito nosso. Aqui, era fundamental sermos agressivos, mas uma vez mais não o fomos", analisou o técnico, passando ao ataque no capítulo da arbitragem, por iniciativa própria. "Há que dizer uma coisa: a arbitragem foi vergonhosa. Se quiserem levar a outra equipa ao colo que a levem, se quiserem encomendar as faixas de campeão também podem fazê-lo", afirmou, reforçando o ponto de vista com um "resumo": "A nossa equipa má, Gil Vicente digno e a arbitragem vergonhosa".
Mais tarde, Vítor Pereira enumerou alguns lances em que entende que a sua equipa foi prejudicada pelas decisões tomadas pelo trio liderado por Bruno Paixão. "Uma arbitragem que não vê dois penáltis, que transforma um fora-de-jogo num lance que dá penálti contra nós, ainda esteve pior do que a minha equipa", soltou o treinador dos dragões, que concluiu o seu rescaldo à partida da seguinte forma. "A única equipa que merece os parabéns é o Gil Vicente", referiu Vítor Pereira, ele que ontem sofreu a sua primeira derrota no campeonato e que por isso não conseguiu igualar o recorde de invencibilidade do Benfica, fixado em 56 jogos e alcançado entre 1976 e 1978. Esta derrota deixa os dragões com cinco pontos de atraso em relação ao líder Benfica.

Varela

"Obrigação de fazer melhor"

Varela foi o único jogador do FC Porto que reagiu à derrota em Barcelos. O extremo, que marcou o único golo dos dragões, reconheceu que os jogadores ficaram "tristes", mas prometeu que vão "continuar a trabalhar e fazer melhor". "O Gil Vicente é uma equipa complicada. Tínhamos obrigação de fazer melhor. Vamos analisar o que se passou e fazer o que temos de fazer", prosseguiu, recusando baixar os braços na luta do título. "Ainda faltam muitos jogos, muito campeonato, e de certeza que vamos dar a volta a isto", disse à Sport TV.

in "ojogo.pt"

O Tribunal de O JOGO

Erros prejudicam dragões

Apenas num dos lances mais polémicos é que há unanimidade na análise dos nossos especialistas: todos entendem que há fora-de-jogo na jogada que precedeu o penálti a favor do Gil Vicente. Sobre dois alegados penáltis que ficaram por marcar contra a equipa de Barcelos, no de Daniel sobre Defour apenas Pedro Henriques entende que não houve nada e, no de Adriano sobre Kléber, é Jorge Coroado que defende ter sido correcta a decisão do árbitro.


Momento mais complicado

23' Ficou por assinalar uma grande penalidade por falta de Daniel sobre Defour?

Jorge Coroado

-
Óbvio que sim. Daniel, sem necessidade, rodou o braço esquerdo para trás e a altura despropositada para evitar a progressão de Defour. Atingiu-o na face e contribuiu para a sua queda. Impunha-se grande penalidade e cartão amarelo por comportamento antidesportivo.

Pedro Henriques

+
Daniel, ao rodar sobre si próprio e tendo a posição definida e ganha, toca com o braço em Defour. Parece um contacto natural e sem infracção que acontece em função do movimento de ambos os jogadores na procura da bola.

Paulo Paraty

-
Daniel, na sua rotação, abre o braço esquerdo, atinge a face de Defour e impede-o de disputar a bola. É um lance difícil de avaliar pela sua velocidade, mas justificava punição através de uma grande penalidade.


Outros casos

15' Há mesmo falta de Souza sobre Rodrigo Galo no livre que dá origem ao 1-0?
20' Mão na bola ou bola na mão de Otamendi na sua área? Era grande penalidade?
45' Pedro Moreira está em fora-de-jogo antes do lance que dá origem ao penálti?
45' Bem assinalada a grande penalidade por braço na bola de Otamendi?
49' Havia penálti por falta de Adriano sobre Kléber?

Jorge Coroado

+
Ambos levantaram os pés em jogo perigoso. Souza fê-lo ligeiramente mais cedo, justificando a punição de que foi alvo. Livre indirecto bem assinalado.
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Bola na mão: pontapé muito próximo, Otamendi encostou o braço ao ventre em gesto de protecção. Considerar passível de penálti é absoluta estultícia.
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Estava e não era pouco, mas o assistente António Godinho estava bem pior colocado, por isso não viu e não assinalou. E dão insígnias a esta gente...
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Otamendi foi objectivo no gesto efectuado, alargando o movimento com o braço direito e travando a trajectória da bola.
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Foi bem visível Kléber a movimentar o pé esquerdo na procura de contacto com o guarda-redes. A haver infracção, seria do portista por simulação.

Pedro Henriques

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Souza e Rodrigo Galo disputam a bola de igual forma, ambos com os pés levantados, não havendo por isso motivo para infracção alguma.
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O remate é de muito perto, de forma inesperada. Otamendi tem o braço esquerdo numa posição normal, e é a bola que lhe vai bater. Acção não deliberada.
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Pedro Moreira, quando recebe o passe do seu colega, está adiantado em relação ao penúltimo adversário. Estava por isso em fora-de-jogo.
+
Otamendi, de forma deliberada e ostensiva, com o braço direito, toca na bola. Uma grande penalidade correctamente assinalada por indicação do assistente.
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Um lance de televisão, mas com acesso à repetição vê-se que Adriano sai da baliza e, em tackle deslizante e fora de tempo, derruba Kléber.

Paulo Paraty

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Souza pratica jogo perigoso, e Bruno Paixão pune-o com livre indirecto. Poder-se-á discutir se Rodrigo Galo age em protecção ou tem uma acção análoga.
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É uma bola chutada de muito próximo que terá batido no braço ou no ventre de Otamendi, que estavam encostados. Seria sempre uma acção (legal) de protecção.
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A imagem parada da TV mostra-nos Pedro Moreira adiantado em relação à linha de fora-de-jogo no momento do passe. Lance difícil para o assistente por ser muito próximo de si.
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Otamendi, no seu salto, roda o corpo e joga a bola com o cotovelo, obstruindo a sua passagem. Grande penalidade e cartão amarelo correctos.
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Equipa de arbitragem com dúvidas sobre se a bola estaria no terreno de jogo. O que é facto é que Adriano não joga a bola e rasteira Kléber.


Apreciação global

Jorge Coroado

Em jogo com algumas complicações, por culpa própria ou de terceiros, não saiu da irregularidade que lhe é conhecida. Falhou técnica e disciplinarmente.

Pedro Henriques

Entre muitas e boas tomadas de decisão da equipa de arbitragem, houve algumas importantes, influentes e decisivas menos bem conseguidas.

Paulo Paraty

Um jogo com muitos lances complicados e decisivos. Algumas decisões incorrectas demonstram que o trabalho final terá saído aquém do planeado.

O FC Porto um a um

Helton 4
Mal batido no primeiro golo, ao ficar a meio caminho entre a baliza e Cláudio. Não teve culpa nos seguintes, mas a verdade é que o Gil fez três golos noutros tantos remates...

Maicon 6
O único que conseguiu 90 minutos equilibrados. Subiu de forma ponderada e chegou a ser perigoso num remate de meia distância aos 27'. Defensivamente foi rigoroso e só o seu lado não foi violado.

Rolando 3
Batido no ar no primeiro golo do Gil e destroçado pelo chão no último. A um central de topo não fica bem ser ludibriado de forma fácil por um médio que até não é um velocista.

Otamendi 3
Sem pernas para Hugo Vieira, deveria ter moderado o risco de jogar na antecipação. Partilha responsabilidades no primeiro golo e, como se não bastasse, fez o penálti que daria o 2-0. Com o braço, já tinha arriscado uma vez...

Álvaro Pereira 4
Tão empreendedor como trapalhão. Faltou-lhe destreza técnica para cruzar com mais precisão e agilidade mental para fugir das zonas obstruídas. Lento na recuperação, ficou a ver André Cunha progredir para o último golo do Gil.

Souza 3
Outro dos que, no ar, não conseguiram evitar o primeiro golo. Nem esteve mal no desarme, mas a um trinco moderno exige-se ritmo e verticalidade.

João Moutinho 5
As suas boas intenções esbarraram na inépcia dos colegas da frente. Foi dos que mais bola tiveram e o único do miolo que, na primeira parte, conseguiu pôr alguma ordem no jogo.

Defour 4
Bem a passar e a fechar, mas também sem ponta de rasgo para conferir profundidade à equipa ou encontrar espaços para os avançados jogarem.

Varela 5
Fez um jogo em crescendo. Apanhado na apatia colectiva do primeiro tempo, soltou-se das amarras na última meia hora e canalizou alguns lances pelo lado direito. Excelente golo com o pior pé e mais tarde um cruzamento perfeito para Kléber. Faltaram mais assim...

Kléber 4
Mais um jogo fraquinho e com uma falta de confiança que dá pena, especialmente a jogar de costas. Mas não podemos castigar mais quem só aos 90' foi devidamente solicitado para um bom cabeceamento.
James Rodríguez 3
Eclipse total do prodígio colombiano, que pareceu triste e desligado do jogo. Nunca arriscou no 1x1, cruzou pouco e mostrou que não tem velocidade para jogar colado à linha.

Belluschi 6
Revolucionou a equipa, mas não o resultado, pois apenas uma andorinha não faz a Primavera. Se está de saída, disfarçou bem, com sentido de responsabilidade e toda a alma ao serviço do colectivo. Serviu-se da técnica e irreverência habituais para conferir dinâmica à equipa. Excelente assistência para golo e, mais tarde, para Danilo desperdiçar.

Danilo 4
Entrou com vontade, mas falta-lhe entrosamento para render mais.

Rodríguez 3
Uma arrancada mal concluída. Sem tempo para mais.

in "ojogo.pt"

Nem sequer foi galo, foi um desastre

Surpresa? Só para quem não viu e ainda não leu esta crónica. O FC Porto perdeu, e bem, em Barcelos, atrasando-se na luta pelo título. Dirão os adeptos portistas com melhor estômago para digerir este resultado que ainda falta muito campeonato, só que o principal problema é que a exibição de ontem foi ainda pior do que o 3-1. O Gil Vicente foi muito eficaz - quatro remates, três golos -, mas, acima de tudo, uma equipa tranquila e bem posicionada no terreno. Hugo Vieira foi um quebra-cabeças para a defesa portista, o meio-campo soube circular a bola e a defesa nunca perdeu a tranquilidade por mais homens que o FC Porto lá colocasse.
Sem Fernando e Hulk, Vítor Pereira - que se queixou da arbitragem de Bruno Paixão - apresentou a equipa que se esperava, mas o FC Porto fez uma primeira parte assustadoramente má. Péssima, horrível, sem ideias, com passes errados em catadupa e uma apatia inacreditável. Adriano não sujou sequer as luvas nesse período e os dragões já sabiam que tinham de vencer para manter a distância para o Benfica. Só que para ganhar é preciso, pelo menos, tentar acertar na baliza contrária e as três tentativas saíram todas por cima. Faltou ambição, agressividade e atitude ao campeão nacional. James não pegou no jogo, Varela andava perdido e, desta vez, nem Álvaro Pereira acrescentou profundidade. As insistências pelo centro do terreno acabavam quase todas da mesma forma: num passe errado.
Paulo Alves repetiu o onze que deixou uma excelente impressão no Estádio da Luz e teceu uma teia da qual o FC Porto foi incapaz de se libertar. Ainda que na altura não o merecessem, os gilistas adiantaram-se no marcador, na sequência de um livre indirecto. Os portistas falharam na marcação e Cláudio bateu Helton. A bola continuou a ser muito maltratada até perto do intervalo, quando os homens da casa se adiantaram, através de uma grande penalidade.
Antes disso, muito antes disso, já Vítor Pereira andava à volta com os seus apontamentos, tentando perceber o que se passava e o que podia fazer. Mandou Danilo e Belluschi para o aquecimento e continuava a ver a equipa a falhar passes a um ritmo alucinante. Percebia-se o drama do treinador portista. O mercado está a fechar e ainda não chegou qualquer avançado. Ainda por cima, Hulk não recuperou a tempo e por mais vezes que olhasse para o lado, para o banco, não tinha um trunfo na manga. Homens de área, só o júnior Vion, chamado para fazer número, e dois extremos: um que raramente é opção (Iturbe) e outro que regressava de lesão (Rodríguez). A culpa da péssima primeira parte, porém, não pode ser atribuída a Kléber. Nenhum ponta-de-lança no mundo consegue marcar se a bola não lhe chegar. E ontem, não lhe chegou.
E o que fez Vítor Pereira? Alterou o sistema, jogou apenas com três defesas e tentou aproximar-se mais da área. Danilo entrou para o lado direito do meio-campo e Belluschi para perto do tridente mais adiantado. Houve mais querer, é certo, mas foi tudo sempre feito em esforço. A retaguarda ficou entregue a Maicon, Rolando e Álvaro Pereira, no entanto este não resisitiu à tentação de ir até ao ataque. O Gil Vicente aproveitou a auto-estrada por esse lado e chegou ao terceiro golo. Assunto praticamente encerrado.
De orgulho ferido, o FC Porto tentou acordar do pesadelo. Rematou 12 vezes, quase sempre de longe e por Belluschi - o melhor da equipa e que se diz estar de saída -, mas só fez um golo, a 13 minutos do fim, na única falha de marcação dos homens da casa.
Conclusão: o Benfica mantém o estatuto de recordista de invencibilidade no campeonato porque ao fim de 56 jogos, o FC Porto voltou a sofrer três golos e a perder. E o título começa a escapar na A1.

in "ojogo.pt"

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