quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Villas-Boas: «Dedicamos ao Rafa e ao Lourenço trompetista»

André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, comentou desta forma a vitória dos dragões no reduto do Sevilha (1-2), na primeira mão dos 16avos-de-final da Liga Europa. Declarações na SIC Notícias:

«Esta eliminatória ainda pode ir para muitos sentidos. O F.C. Porto tem de se manter competente. O primeiro golo veio num bom momento para nós. O Sevilha chegou ao empate e pode-se dizer que seria um bom resultado, o resultado mais justo aqui. De qualquer forma, o F.C. Porto conseguiu ser eficaz em contra-ataque e fazer o 1-2. Será um jogo diferente no Dragão, com um ambiente forte. Queremos tomar a iniciativa, ao contrário do que aconteceu aqui. Queremos dedicar esta vitória a um pessoa do plantel, o Emídio Rafael, e a outra que é muito especial para nós: Lourenço, o trompetista.»


in "maisfutebol.iol.pt"

Rolando: «Sofremos, mas é uma vitória importantíssima»

Rolando, defesa do F.C. Porto, comentou desta forma a vitória dos dragões no reduto do Sevilha (1-2), na primeira mão dos 16avos-de-final da Liga Europa. Declarações na SportTV:

«O nosso objectivo principal era vir aqui fazer um bom jogo e se possível ganhar. Conseguimos fazer o golo, empatamos mas ainda fizemos o segundo. Sofremos, mas é uma vitória importantíssima. Sabemos da capacidade do Sevilha, é uma equipa da Liga dos Campeões como nós. É um ambiente complicado, jogadores de grande qualidade, mas o F.C. Porto parte para ganhar em qualquer campo, contra qualquer adversário.»


in "maisfutebol.iol.pt"

Hulk já fala em «chegar à final e vencer a Liga Europa»

Hulk, avançado do F.C. Porto, comentou desta forma a vitória dos dragões no reduto do Sevilha (1-2), na primeira mão dos 16avos-de-final da Liga Europa. Declarações na SportTV:

«Estamos muito felizes, temos de dar os parabéns a todos os jogadores. Demos um passo importante para jogar com mais tranquilidade, mas sem facilitar. Jogo após jogo, as dificuldades vão aumentando, os jogadores vão-me conhecendo cada vez mais. Não marquei, mas o mais importante era a vitória. Temos de manter a humildade. Se isso acontecer, iremos com certeza chegar à final e vencer a Liga Europa. Claro que todos sentimos a falta do Falcao, é um grande jogador.»


in "maisfutebol.iol.pt"

Sevilha-F.C. Porto, 1-2 (crónica)

Fortuna azul e branca em mais um capítulo de glória europeia


O F.C. Porto garantiu triunfo importantíssimo em Sevilha (1-2). Rolando foi imperial na defesa e inaugurou o marcador. Cristian Rodriguez e Guarín saltaram do banco para construir o segundo golo dos dragões. A formação andaluz, que anulara a primeira desvantagem e estivera perto da reviravolta, saiu de braços caídos. Excelente desempenho europeu dos azuis e brancos.

André Villas-Boas repetiu o onze de Braga para a visita do F.C. Porto ao reduto do Sevilha. Falcao e Alvaro Pereira regressaram à lista de convocados para o compromisso da Liga Europa mas seguiram caminhos distintos. O colombiano ficou na bancada, o uruguaio foi para o banco.

Boa entrada azul e branca

Assim, os dragões entraram em campo com o esquema habitual. Hulk procurou desequilibrar no centro do terreno, mas seria James a contribuir mais significativamente para a entrada de rompante do F.C. Porto. O Sevilha, com evidentes dificuldades no sector mais recuado, passou os primeiros minutos a sofrer.

Aos poucos, com Luís Fabiano e Kanouté em plano de evidência, a equipa da casa assumiu o domínio no capítulo da posse de bola. O brasileiro, com o posicionamento desconcertante que lhe é reconhecido, obrigou Otamendi e Rolando a brilharem para manter o nulo.

Do outro lado, quando a formação portista parecia recuar em demasia, surgiu novamente James a ameaçar o golo (24m). Aliás, valeu Medel a cortar de cabeça quando a bola já tinha passado por Palop. Seria o elixir definitivo para o F.C. Porto. Ficou para mais tarde.

Erros e golos a complementar

O Sevilha atacava como um grande europeu, comprovando a gritante disparidade de qualidade entre sectores, mas embatia recorrentemente na muralha defensiva dos dragões. Na etapa complementar, o filme parecia repetir-se. Porém, o jogo descambou numa sucessão de equívocos do árbitro. Entretanto, chegaram os golos.

Primeiro, o F.C. Porto. Os dragões conquistaram um livre à direita, Belluschi quis bater rapidamente mas o juiz da partida mandou repetir. Os protestos locais fizeram-se sentir. James pegou na bola, colocou na área e surgiu Rolando, partindo de posição duvidosa, a inaugurar o marcador (58m). Contestação a dobrar, claro.

André Villas-Boas celebrou o cenário. A formação azul e branco colocava-se em vantagem em terreno adverso. Pelo menos, conseguira marcar fora de portas, factor preferencial no desempate. James Rodriguez nem teve tempo para festejar. Foi imediatamente substituído por Cristian Rodriguez, com consequente ajuste posicional. Pouco depois, o Sevilha fez o empate (66m).

Em mais um livre pela direita, cobrado por Rakitic, Kanouté saltou com Otamendi e cabeceou colocado, fora do alcance de Hélton. Aqui, razão para os protestos azuis e brancos. O central argentino parece ter sido carregado pelo adversário. 

Guarín agradeceu a Kanouté

Os andaluzes, impulsionados por um público entusiasmado com o golo, continuaram a trocar bola com perigo. O F.C. Porto foi respondendo com menor regularidade, daí em diante. Excepção feita a uma bomba de Hulk, desviada com dificuldade por Palop. Do outro lado, Fabiano obrigara Hélton a defesa atenta e Kanouté ficaria até final à procura do bis.

O avançado maliano, que treinara com limitações durante o fim-de-semana, recuperou a tempo de ser a figura do encontro. Primeiro, desviou com mestria para o 1-1. Mais tarde, numa oportunidade claríssima, falhou o remate com a baliza praticamente aberta e o guarda-redes do F.C. Porto agradeceu. 

Quando o empate parecia uma realidade positiva para os dragões, Villas-Boas recolheu os dividendos pelas apostas feitas no banco. Cristian Rodriguez acreditou, sofreu um penalty que ficou por marcar e Guarín, que acompanhara o uruguaio na jogada, viu a bola à frente para fazer o 1-2. Resultado soberbo em condições adversas.

in "maisfutebol.iol.pt"

FILIPE SANTOS ESPERA APOIO DOS EMIGRANTES EM CRONENBERG



O FC Porto Império Bonança defronta este sábado, às 19h00 de Portugal Continental, os alemães do Cronenberg, em encontro da fase de grupos da Liga Europeia. O objectivo é garantir desde já o apuramento para a Final 8 e, para tal, o «capitão» Filipe Santos espera o apoio dos emigrantes portugueses.

«Carimbar» o apuramento
«Queremos garantir o apuramento para a Final 8 já no próximo sábado, mas, para tal, teremos de ganhar o próximo jogo. Desta forma, ficaremos mais tranquilos para encarar os jogos do campeonato que se avizinham. Terminar em primeiro ou em segundo lugar nesta fase de grupos acaba por não ser muito relevante. Quer fiquemos numa ou noutra posição vamos defrontar invariavelmente o primeiro adversário de um dos dois outros grupos.»

Análise ao adversário
«O Cronenberg é uma equipa teoricamente inferior, mas com experiência internacional. Têm qualidade e a prova disso foram as dificuldades que nos criaram no jogo da primeira mão, no Dragão Caixa. É um grupo que vale pelo seu todo e que estará certamente motivado por jogar perante o seu público, contra uma das melhores equipas europeias.»

Piso lento
«O piso será uma dificuldade acrescida. É muito lento e requer algum tempo de adaptação. Vamos entrar com cautela e controlar o ritmo de jogo, de forma a não permitirmos a superioridade adversária e a assumir a vantagem no marcador o mais cedo possível.»

Jogar «em casa»
«A presença da comunidade emigrante é muito importante. Felizmente, eles vão aparecendo cada vez em maior número e fazem-nos sentir em casa. Realizam sempre uma festa dentro da própria festa do jogo e são um grande incentivo.»

in "fcp.pt"

Sevilha-FC Porto: Reescrever História com nova página dourada


FC Porto volta a Sevilha, desta feita para defrontar um dos mais difíceis adversários dos oitavos-de-final da Liga Europa. Falcao e Álvaro Pereira estão de regresso.

A cidade é a mesma, mas mais nada se repete

Quase oito anos depois, o FC Porto volta à cidade onde escreveu uma das páginas mais douradas da sua história, com a vitória da Taça UEFA frente ao Celtic de Glasgow (3-2). 


Agora, a cidade é a mesma mas o cenário é outro: muda o estádio, muda o adversário, muda a eliminatória e muda a competição – para todos os efeitos, a Taça UEFA foi extinta para dar lugar a esta Liga Europa. 


O percurso em 2010/2011 é auspicioso para os portistas, ainda imbatíveis a nível europeu e já com 21 golos no currículo. Villas-Boas, ele que já integrava a equipa técnica de José Mourinho na caminhada triunfal de 2002/2003, já afirmou querer voltar a erguer o pesado troféu


Para já, está nos oitavos-de-final, tendo “apanhado” uma das equipas menos desejadas no sorteio. O Sevilha desta temporada é, no entanto, uma sombra do que se tem visto em épocas anteriores – ocupa um modesto 8º lugar na Liga espanhola. 


Finalmente, um lateral ofensivo e uma referência no ataque 


Na preparação para o regresso da Liga Europa, em “banho-maria” desde meados de Dezembro, o destaque não pode ser outro. Ou outros, melhor dizendo. Falcao e Alvaro Pereira. Os nomes que tanto têm andado pelas bocas dos adeptos, a suspirar pelo regresso do colombiano e do uruguaio, que tanta falta têm feito, estão de volta. 


O primeiro vem de uma ausência de cerca de dois meses, com um jogo pelo meio, entre duas lesões distintas. O segundo vem de uma lesão mais delicada, que o obrigou a ir ao bloco operatório, parando por oito semanas consecutivas.


É, por isso, de prever que apenas Falcao entre directamente para o “onze”, até porque Hulk tem sido “curto” no centro do ataque, não obstante os golos que marcou na ausência do ponta-de-lança habitual. Perante o regresso do 9, espera-se que James seja o sacrificado, ele que foi o principal beneficiado da lesão do compatriota.


Uma questão lateral 


No ataque, não sobram grandes dúvidas, a menos que o técnico azul-e-branco opte por poupar Falcao. A dúvida continua na lateral-esquerda, onde vai ser preciso alguém com o ritmo necessário para travar o rapidíssimo Jesus Navas, um dos campeões do Mundo do plantel sevilhano. Coisa que Álvaro Pereira, certamente, não terá nesta altura. 


Villas-Boas tem duas hipóteses: ou opta por Fucile, que deu boa resposta no último jogo e que está mais habituado à posição, ou por Sereno, mais lento, mas mais posicional e mais concentrado. 


Como travar uma equipa “revoltada”


Luís Fabiano, uma das principais figuras da equipa andaluza – e que se reencontra com os dragões depois de lá ter jogado sem grande brilho há seis temporadas -, deixou o aviso: o FC Porto que se cuide, porque o Sevilha é “muito perigoso” e tem por lá gente “que ganhou títulos”. Pelo meio, admitiu que a equipa não vive um “bom momento”


O treinador, Gregorio Manzano, já assegurou que a Europa é a solução para sair da crise – o Sevilha está fora dos lugares europeus e não ganha há cinco jogos (três derrotas e dois empates). André Villas-Boas diz ter a solução. Ou, pelo menos, garantiu “dar-se bem contra equipas revoltadas”, assim lhe chamou. 


A história não sorri ao FC Porto, que em Espanha soma 17 derrotas contra 10 vitórias e seis empates. Mas Sevilha é um nome que faz o dragão sorrir e recordar o sucesso da história recente. Resta saber qual delas prevalece. 

in "relvado.aeiou.pt"

Andebol - Sentenciar na hora H

Três jogos, três vitórias. É este o saldo do FC Porto contra o Sporting esta época. Depois de vencerem na primeira volta do campeonato e na Supertaça, os dragões, sem os lesionados Wilson Davyes e Tiago Rocha, voltaram a ser mais fortes do que os leões, desta feita no Casal Vistoso, dando um passo gigantesco rumo à conquista do tricampeonato.

Este clássico, em que o Sporting somou a quinta derrota nos últimos seis jogos, fica, contudo, marcado por algum excesso de zelo da equipa de arbitragem, nomeadamente nas expulsões de Hugo Rocha e Bruno Moreira.

No primeiro tempo, ambas as equipas estiveram bem organizadas defensivamente, o que explica o fraco número de golos. Com Filipe Mota a comandar os colegas, os dragões foram mais felizes no início do encontro, chegando a estar a vencer por 4-0. Defensivamente, os comandados por Obradovic estavam impenetráveis.

Os leões só conseguiram bater Hugo Laurentino aos 11 minutos, por intermédio de Hugo Rocha - o lateral esteve em destaque na primeira parte, com quatro golos. Foi o clique que faltava para que os lisboetas invertessem a marcha do marcador e chegassem ao intervalo a liderar por uma margem mínima.

Na etapa complementar, o Sporting entrou melhor e chegou a ter uma vantagem de três golos. Só que algumas boas defesas de Hugo Laurentino e as inferioridades numéricas do adversário facilitaram a tarefa portista. Apesar de desfalcada, a formação da casa nunca baixou os braços, mas os visitantes tinham tudo sob controlo.

Figura | Filipe Mota
Foi o líder das tropas

Desde o início do encontro, Filipe Mota tratou de pautar o ritmo de jogo da sua equipa e lançar os últimos passes na altura certa. Em termos defensivos, foi um dos elementos mais activos na forte muralha azul, impedindo que o adversário facturasse. Marcou cinco golos e sacou dois livres de sete metros.

Declarações

"Houve duas grandes exibições neste encontro. Quem viu este jogo, sabe de quem estou a falar. Apesar de todas as contrariedades, o grupo não desistiu e lutou até ao fim"
Fernando Nunes, director do Sporting

"Em qualquer jogo, entramos sempre para ganhar e este não foi excepção. Gostei da forma como a minha equipa se bateu, mesmo sem o Tiago Rocha e o Wilson Davyes"
Ljubomir Obradovic, treinador do FC Porto

in "ojogo.pt!

Villas-Boas vs Manzano ou ‘O Príncipe’ e ‘O Professor’


Os dois treinadores apresentam trajectos curiosos até chegarem aos lugares que hoje ocupam no FC Porto e no Sevilha.
‘O Príncipe’ e ‘O Professor’ são os epítetos que parecem colar-se a André Villas-Boas e Gregorio Manzano. Os treinadores de FC Porto e Sevilha, que hoje se defrontam para os 16 avos-de-final da Liga Europa, apresentam percursos muito distintos, mas têm em comum o rótulo da competência.
Com apenas 33 anos, Villas-Boas já é o técnico mais jovem de sempre dos dragões e rapidamente se impôs no clube. Com sangue nobre, por via do bisavô, que era o 1º visconde de Guilhomil, André Villas-Boas é ainda visto por muitos como o sucessor do ‘rei’ José Mourinho, com quem trabalhou durante vários anos. Tudo somado resulta no cognome de ‘O Príncipe’.
A sua ascensão começou apenas em Outubro de 2009, quando assumiu a Académica, com bons resultados e ainda melhores exibições. O cartão-de-visita agradou a Sporting e FC Porto, mas foi Pinto da Costa a levar a melhor na corrida por aquele que é o sócio número 11 428 do clube portista. Desde então, já venceu uma Supertaça pelo FC Porto e parece muito bem encaminhado para novas conquistas esta época.
Por sua vez, quando Villas-Boas nasceu, em 1977, Gregorio Manzano já contava 21 anos e estaria a realizar a sua formação em Psicologia, ao que depois se seguiu uma carreira como professor. O ‘hábito fez o monge’ e a profissão inicial deu-lhe o epíteto quando se mudou para o futebol e começou a mostrar o seu valor. Com efeito, antes disso nunca Manzano havia sido jogador.
Santisteban del Puerto foi o berço do seu trajecto, iniciando-se como treinador na equipa da terra, passando posteriormente por Villacarrillo FC, CD Ilitugi, Villanueva, Ubeda CF, Jaén, CD Martos, Talavera, Toledo, Valladolid, Racing, Rayo Vallecano, Maiorca (por duas vezes), At. Madrid, Málaga e Sevilha. Como ponto alto exibe uma Taça do Rei, pelo clube maiorquino, em 2003. 
Esta noite, a partir das 20h05 (hora de Portugal), se verá se ‘O Príncipe’ consegue defender a dama da invencibilidade da sua equipa ou se ‘O Professor’ tem os argumentos necessários para infligir uma lição.
in "sapodesporto.pt"

Villas-Boas"Jogo de Champions"


A crise do Sevilha parece ter sido feita à medida de servir ao clube espanhol como motivação para o jogo desta noite com o FC Porto. Os jogadores espanhóis prometem transcender-se e ninguém esconde que o confronto com os portistas é a oportunidade de redenção que todos esperavam para mostrarem que ainda estão vivos e aos pontapés. André Villas-Boas, por seu lado, não abana nas convicções. Mesmo admitindo que se trata de um confronto entre duas equipas que faziam mais sentido na Liga dos Campeões, mesmo reconhecendo o inegável valor do adversário, mesmo esperando um Sevilha motivado pela necessidade de salvar a época, o treinador do FC Porto promete não mexer na estrutura de uma equipa que se tem "saído bem contra adversários que querem transcender-se quando jogam contra ela".

O FC Porto está a fazer um campeonato excepcional; o Sevilha precisa de ganhar para salvar a temporada. Quem está mais motivado?

Parece-me claro que este é um jogo mais importante para o Sevilha. É uma equipa que está preocupada com situação actual e quer mudá-la. Fizeram bom jogo com o Racing de Santander, mas acabaram por sofrer um golo no último minuto que os abalou. Querem rebelar-se contra esse estado de coisas e o FC Porto surge como equipa ideal para os jogadores se transcenderem. Por outro lado, não é a primeira vez que defrontamos equipas com este sentimento, e temo-nos saído bem nestas situações. Esperamos conseguir o mesmo com o Sevilha, uma equipa forte.

Mas não teme essa motivação do Sevilha, que vê a Liga Europa como tábua de salvação?

Não me cabe a mim analisar o que se passa com o Sevilha. Em qualquer situação, é sempre uma equipa muito competitiva, com um rico historial nesta competição e que pode colocar-nos problemas. Venceu duas vezes a Taça UEFA, conquistou uma Supertaça Europeia e está sempre bem nesta competição. O sentimento que temos é que este é um jogo de Champions, são duas equipas muito fortes e o que temos é a certeza de um grande jogo.

Admite mudar a identidade da equipa, considerando que a eliminatória se disputa a duas mãos, com a segunda a ser disputado no Dragão?

Normalmente costumo dizer que quem muito se quer transcender, de vez em quando comete erros penalizadores. Procura-se de forma intensa a vitória por um lado, mas cometem-se erros por outro. O FC Porto, como todos sabem, tem uma estrutura fundamental em que acredita e que se tem mantido desde o início da temporada. Confiamos muito na nossa organização e, pelo menos nesse aspecto, haverá poucas alterações.

Falcao e Álvaro Pereira em mais um mind game

André Villas-Boas sabe que num jogo entre iguais, todos os trunfos contam e, por isso mesmo, não quis abrir o jogo quanto à titularidade de Falcao e Álvaro Pereira esta noite. O regresso dos dois sul-americanos à equipa tem alimentado a especulação ao longo dos últimos dias e o treinador do FC Porto fez questão de deixar a dúvida a fermentar também na cabeça dos jogadores do Sevilha. "Ainda há um treino [conferência foi antes...]. É mais uma oportunidade para sentirmos como estão dois atletas que se reintegraram há quatro dias, para tirarmos conclusões e decidirmos o que vai acontecer." Ora, apesar do regresso de dois jogadores considerados fundamentais, o treinador do FC Porto recusa a ideia de que se apresenta em Sevilha na máxima força: "Falta-nos o Rafa que sofreu uma lesão terrível numa altura fundamental da época", frisou. Ainda assim, sempre foi admitindo que "quantos mais melhor". "A recuperação de Falcao e Álvaro Pereira dá-nos possibilidade de escolhermos um onze mais forte. Estamos felizes com o seu regresso, esperamos o do Rafa e queremos que mais ninguém passe pela mesma situação."

"Mudaram muito depois da derrota com o Braga"

O triunfo épico do Braga no Rámon Sánchez Pizjuán no play-off da Liga dos Campeões, que garantiu o acesso dos minhotos à liga milionária e o afastamento da equipa andaluz, continua bem fresco na memória dos espanhóis. Foi em castelhano que a pergunta chegou: analisou o jogo do Braga para preparar o confronto com o Sevilha?

"Não muito", respondeu Villas-Boas. "Aquela equipa do Sevilha era muito diferente e um treinador diferente. Manzano fez coisas importantes e, apesar de não estar como quer no campeonato, a equipa é boa e a organização é boa. Para avaliá-lo e ao seu trabalho é melhor esperar pelo final. De qualquer forma, não me serve de muito o jogo do Braga enquanto referência. Nessa altura, o Sevilha não tinha muito trabalho com o António Alvarez e agora tem mais com Manzano, o colectivo é diferente e faz coisas diferentes."

Que qualidades destaca no Sevilha?

Como qualquer equipa, vale pelo colectivo, mas as contratações, em Janeiro, do Medel e do Rakitic trouxeram dinâmica e mudaram um pouco a sua forma de jogar. Conhecíamos melhor como se comportava antes, com Romaric e Zokora. Não sei como vai jogar, mas os dois jogadores novos trazem imprevisibilidade. O poderio atacante é evidente. Kanouté e Fabiano são dois pontas-de-lança muito fortes e com movimentos antagónicos, um mais curto e outro mais profundo. O Kanouté gosta de jogar entre linhas enquanto o Fabiano testa a profundidade da defesa. Mais atrás, a experiência de Fernando Navarro e Escudé é muito importante na defesa.

Villas-Boas já foi muito feliz em Sevilha...

O regresso a Sevilha, palco da conquista da Taça UEFA em 2003, numa altura em que André Villas-Boas integrava a equipa técnica liderada por Mourinho não passou em claro na comitiva portista. "Quem faz parte da estrutura há alguns anos, como acontece com o Antero Henrique [director geral] e com o Jaime Teixeira [do departamento de comunicação], percebe que esse foi um período maravilhoso, mas os jogadores também sentem importância do que se passou aqui. Estivemos em Viena que também tinha esse simbolismo e conseguimos corresponder com uma boa exibição", recordou, apesar de relativizar a importância dos aspectos emocionais na preparação do jogo. "Não construímos a nossa motivação à volta disso, porque a motivação é ganhar e, especialmente, consegui-lo frente a um dos adversários mais complicados que nos podiam calhar no sorteio."



Miguel Lopes: «O FC Porto é favorito»


O lateral direito cedido pelo FC Porto ao Bétis de Sevilha visitou esta quarta-feira os seus ex-colegas e declarou ao SAPO Desporto estar confiante no sucesso dos dragões diante do Sevilha.
A comitiva do FC Porto contou com um visitante especial no treino de adaptação ao relvado do estádio Sánchez Pizjuán, para o jogo desta quinta-feira dos 16 avos-de-final da Liga Europa, diante do Sevilha: Miguel Lopes. O lateral direito emprestado pelos dragões ao Bétis garante estar hoje no recinto como adepto e acredita no sucesso portista.
«Espero que o FC Porto ganhe. Tem um grupo mais coeso e unido, com mentalidade ganhadora, e isso torna-o favorito, sem dúvida nenhuma», diz o jogador português, de 24 anos, rematando: «O FC Porto vai passar e fazer uma excelente época».
Em entrevista ao SAPO Desporto, Miguel Lopes sublinha que a eliminatória não fica resolvida esta quinta-feira:
«Os dois jogos são decisivos. O FC Porto tem de fazer aqui um bom resultado, mas o Sevilha também tem uma boa história na prova.»
O lateral foi cedido ao rival do Sevilha no início da época, mas uma lesão travou a sua afirmação no Bétis. Todavia, Miguel Lopes faz um balanço positivo da experiência em Espanha.
«Estou satisfeito. Estava a correr-me bem até à lesão. Agora já estou a recuperar, mas gosto bastante de Sevilha», conta.
Sobre o seu futuro e um eventual regresso ao Dragão, o defesa é parco em palavras.
«Neste momento só penso no Bétis, quero ajudar o clube a subir de divisão e isso é fundamental para o meu futuro», atira.
Miguel Lopes será assim um dos cerca de 40 mil espectadores presentes hoje no estádio Sanchez Pizjuán, para o duelo entre Sevilha e FC Porto, para a Liga Europa, às 20h05 (hora de Portugal).

in "sapodesporto.pt"

Racing sem Moreno: «Mariano González é uma alternativa»

Presidente do clube admite interesse no extremo do F.C. Porto


O Racing Avellaneda perdeu a sua principal referência. Giovanni Moreno sofreu uma rotura de ligamentos e não poderá dar o seu contributo à formação argentina nos próximos meses. Mariano González é o desejado.

Rodolfo Molina, presidente do Racing, voltou a colocar o nome do extremo do F.C. Porto na lista do clube: «Estamos a ver quais são as hipóteses reais. Mariano González é uma das alternativas. Não vamos trazer alguém só por trazer.»

Mariano foi inscrito pelo F.C. Porto em Janeiro e termina contrato no final da época. O argentino não fecha a porta a um regresso ao seu país. Contudo, os dragões parecem pouco dispostos a abdicar do seu concurso antes do Verão.

in "maisfutebol.iol.pt"

Falcao no onze, Alvaro Pereira não

Avançado colombiano Falcao afia as garras. Regresso precioso para libertar Hulk e ganhar nova dimensão. 

Villas Boas não confirmou nem Falcao nem Álvaro Pereira no onze desta noite, «ainda temos as afinações finais...», mas se o técnico foi vagueando na conferência de imprensa, como lhe compete, escondendo estrategicamente o plano e intérpretes do jogo, é mais que provável que jogue Falcao, e muitíssimo provável que não jogue Álvaro Pereira, ainda perro, e para mais com Fucile outra vez no seu melhor, como provou em Braga...

O regresso de Falcao, um mês e um dia depois do último jogo (45 minutos e um golo com a Naval), mudará muitas coisas: James será à partida o sacrificado (Varela é mais experiente), Hulk volta à sua base alargada, à liberdade readquirida, e Falcao é só o melhor marcador da Liga Europa (sete golos, mais um no play off, que a UEFA não contempla nas contas correntes da prova). O seu regresso acabará com o estado de confusão que muitas vezes atrofia Hulk, e a qualidade do colombiano dá outra dimensão ao ataque do FC Porto, reabrindo o cenário dos primeiros meses dos dragões esta época, meses de pura luxúria vitoriosa, quer no campeonato português, quer na prova europeia, onde segue duplamente invicto...

Os dragões fizeram a adaptação num clima de alegria e coma chuva suspensa: não há grandes dúvidas no onze, ao contrário do FC Sevilha, com demasiadas possibilidades em aberto para caberem numa... página. E pronto, logo mais, directos ao assunto, veremos se há crise real no Sevilha, e se Falcao está mesmo a cem por cento...


in "abola.pt"

F.C. Porto: quando a palavra Sevilha ainda comove

O Maisfutebol revisitou a final com o adepto que ao fim de 38 horas comprou o primeiro bilhete



O regresso do Porto a Sevilha traz à memória uma série de histórias. Há sete anos o clube embarcou numa aventura única. Uma das histórias destaca um nome: José Vilela. Trata-se de um comerciante de Castelo de Paiva que ultrapassou milhares de portistas e garantiu o primeiro bilhete para a final.

Entre 6 e 7 de Maio passou 38 horas e 40 minutos no primeiro lugar de uma fila que se estendeu por milhares de pessoas. Houve de tudo um pouco naqueles dias loucos: houve por exemplo três avozinhas com mais de 70 anos que se fizeram ao caminho de Sevilha de autocarro à boleia dos Superdragões.

Houve cadeiras e tendas, houve bilhetes falsos, houve quem fizesse negócio a vender comida a gente esgotada, houve até roubos e pessoas que só deixavam tirar fotografias aos bilhetes dentro de carro e de vidros fechados. No início de tudo isso esteve José Vilela, o tal comprador do primeiro bilhete.

«Foi uma loucura. Saí das Antas e teve de ser a minha mulher a conduzir o carro para Castelo de Paiva, porque eu não estava em condições. Cheguei a casa, tomei um banho e dormi onze horas seguidas», recorda ao Maisfutebol. «Comprei o bilhete ao início da manhã, foi o Reinaldo Teles que o vendeu.»

Por tudo isso gostava de regressar a Sevilha. Mas não vai. «Era para ir, mas surgiu um imprevisto. Já telefonei a um amigo meu que viajou com a equipa e que me diz que está tudo igual», conta, ele que também foi a Viena, Gelserkichen, às duas finais do Mónaco e sempre que pode viaja com a equipa.

De todas as finais recorda com mais saudade... Viena. «Não há amor como o primeiro, não é?», diz. «Mas Sevilha foi a mais emocionante. Fui de carro, com a minha esposa e uns amigos, durante três dias. Fomos pelo Algarve, chegámos a Sevilha no dia do jogo e após a final só queríamos voltar para festejar.»

Sevilha ficou-lhe gravado no coração. «Há tempos voltei a Sevilha. Fui só para recordar. Fui almoçar ao restaurante onde almocei no dia do jogo, junto ao rio, fui visitar a Catedral e fui ver o Estádio Olímpico por fora, porque agora está fechado. Se fosse com o porto queria voltar a ver esses lugares.»

Mas há mais pormenores marcantes. «O calor...», diz. «Infernal. Saímos do Algarve com 20 graus, chegámos a Sevilha e estavam 40. Mas o que mais me impressionou foi a educação dos adeptos do Celtic. Pintaram a cidade de verde e branco, eram milhares, fizeram a festa e não criaram um problema.»

Na altura, José Vilela garantiu que não vendia o bilhete nem por mil contos. «Continuo a dizer que fiz bem. Foi uma emoção muito grande estar em Sevilha. Digo mais: voltava a fazer o sacrifício de estar aquelas horas todas na fila. Foi uma alegria viver aquele ambiente e ver o F.C. Porto ganhar.»

in "maisfutebol.iol.pt"