segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Fernando Gomes: «Se formos competentes chegaremos à vitória»

Dirigente Portista otimista para jogo com moreirense
 

Fernando Gomes, diretor de relações externas do FC Porto, mostrou-se bastante otimista após o resultado do sorteio da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, realizado esta 2.ª feira. Os dragões deslocam-se ao reduto do Moreirense, atual 3.º classificado da Liga Oragina.

"Se formos competentes, com maior ou dificuldade chegaremos à vitória", começou por dizer, concluindo com um apelo aos adeptos:

"Esperamos que os adeptos venham em força e em massa, não só para nos apoiar mas também para fazer deste jogo a festa que é a Taça."



Do fundo para líder em 365 dias

No dia 25 de Outubro de 2009, André Villas-Boas saiu do túnel de acesso aos balneários do Estádio do Dragão e virou à esquerda, para se sentar no banco de suplentes da Académica. Hoje, dia 25 de Outubro de 2010, o treinador vai percorrer o mesmo caminho, mas vira à direita, para se sentar no banco de suplentes de uma equipa líder e dominadora. Uma mudança radical de direcção em apenas um ano de carreira no campeonato.

Outra curiosidade engraçada a realçar: há um ano, Villas-Boas estreava-se na Académica em jogos do campeonato na oitava jornada, não evitando a derrota por 3-2, depois de o adversário ter disputado uma jornada europeia com sucesso. Hoje, o FC Porto disputa precisamente a oitava jornada, também depois de uma vitória europeia. Esse é um ponto comum, mas há outros que não podiam ser mais afastados. Há um ano, Villas-Boas, então com 32 anos, orientava o último classificado do campeonato, com uns míseros três pontos resultantes de três empates (alcançados por Rogério Gonçalves, que não resistiu aos maus resultados) e hoje, aos 33 anos, dirige uma equipa que ganhou seis jogos e empatou apenas um. Ou seja, passou de um extremo ao outro em 365 dias, ganhando uma gravata pelo meio, apesar da ausência de "dress code" no Dragão. Se na Académica gostava de aparecer de fato e sem gravata, nos primeiros jogos no FC Porto ainda manteve o "look" (como na conquista da Supertaça), mas por pouco tempo. Um pormenor, apenas.

O que ressalta mesmo à vista é o curso intensivo tirado num ano apenas. E com nota elevadíssima, para já. Tanto assim que, mesmo sem grande experiência, o Sporting tentou contratá-lo por duas vezes. Villas-Boas foi negando contactos até onde pôde e, à segunda, falou mesmo em palhaçada. Depois, não se sabe exactamente quando, chegou o convite do clube do coração, embora ele também o tenha negado nas primeiras vezes em que surgiram os sinais de fumo dessa rota.

Certo é que Villas-Boas nunca foi um personagem indiferente no futebol português e, se na Académica já tinha um discurso cativante, no FC Porto a única coisa que mudou foi a dimensão das suas palavras. Na Académica, conseguiu tirar a equipa do último lugar e acabar o campeonato no 11º posto, fruto de oito vitórias, seis empates e nove derrotas, no FC Porto os números são mais sorridentes: seis vitórias, um empate, 14 golos marcados e três sofridos.

Contas feitas, foi um "ano explosivo", como André Villas-Boas confessou anteontem. Entre 25 de Outubro de 2009 e o de 2010, as diferenças são óbvias.

25 de Outubro de 2009 [FC Porto-Académica]

Com escassos dias de trabalho, a Académica de Villas-Boas espantou o Dragão pelo rigor táctico e desmultiplicação das unidades, que encravaram a equipa portista e levaram os adeptos a esperar o pior. A estreia do treinador de 32 anos no campeonato terminou com uma derrota por 3-2 e também com elogios ao seu trabalho. Sobre a vitória do FC Porto, recorde lá isto: Mariano marcou o primeiro golo, aos 65', num cabeceamento de fora da área e Farías obteve o segundo (68'). A Académica reduziu por Miguel Pedro (76'), Farías voltou a marcar (82') e Sougou fez o último (90+2').

Um, dois, três convites

Sporting, parte I

No dia 6 de Novembro de 2009 Paulo Bento saiu do Sporting e Bettencourt começou a procurar treinadores. Apesar de ter pouco mais de duas semanas na Académica, as duas primeiras como técnico principal, Villas-Boas foi o escolhido. A Académica negociou com o Sporting, mas não prescindiu de uma indemnização elevada. No dia 13 de Novembro o clube de Coimbra comunicou que, afinal, não havia acordo.

Sporting, parte II

Nos últimos dias de Março e nos primeiros de Abril de 2010 houve uma abundante onda de notícias a garantirem que Villas-Boas seria o treinador do Sporting na época de 2010/11, sucedendo a Carvalhal. O treinador da Académica nega e descreve essas garantias como "palhaçada". Face às notícias, o Sporting nega o interesse no dia 5 de Abril, num comunicado à CMVM. Especulou-se que o FC Porto podia estar de olho.

Enfim, FC Porto

Em Maio acentuam-se duas notícias relacionadas com o FC Porto. A da saída de Jesualdo Ferreira e a da provável entrada de André Villas-Boas no Dragão. O treinador, em declarações à Agência Lusa, nega a notícia, dada cada vez com mais insistência por vários órgãos de Comunicação Social. No início de Junho ninguém ficou espantado quando André Villas-Boas foi apresentado no FC Porto...

O título que embalou a equipa para um arranque fulgurante

O jogo da Supertaça foi, muito provavelmente, o mais importante desta temporada para o FC Porto. Pelo menos até agora. Em primeiro lugar, a vitória sobre o rival da Luz serviu para apagar as incertezas de uma pré-época feita de resultados pouco inspiradores; e depois, porque também serviu para atenuar as dúvidas naturais - tendo em conta as circunstâncias - sobre André Villas-Boas. Certo é que depois do jogo de Aveiro, o FC Porto embalou para um arranque de época verdadeiramente demolidor.

14
Nos 30 jogos realizados no campeonato, André Villas-Boas garantiu 14 vitórias, sete empates e nove derrotas. No FC Porto ainda não perdeu.

46
Entre FC Porto e Académica, o treinador garantiu 46 golos marcados, sendo que 14 surgiram já esta temporada, numa média de dois golos por jogo desde que chegou ao Dragão.

34
Os 34 golos sofridos garantem ao treinador um goal-average favorável. O FC Porto desta época sofreu apenas três no campeonato.

in "ojogo.pt"

Polvo com mais tentáculos

já fez tantos remates como em toda a época anterior
 

Parte do segredo do novo FC Porto reside em Fernando. O surpreendente é que um jogador tão unânime como o brasileiro consiga reinventar-se e chegar a patamares de rendimento mais elevados.

Com Jesualdo Ferreira, Fernando fez de Paulo Assunção. É bom notar que esta não era uma tarefa menor, mas eis que Villas-Boas consegue acrescentar tentáculos ao Polvo, que não se limita a ser um pêndulo defensivo e começa a ganhar preponderância no processo atacante.

Carlos Azenha entende que a presença de Moutinho favorece um maior empertigamento do ex-Vila Nova, havendo números a comprová-lo. Em apenas 7 jogos para o campeonato, Fernando já fez tantos remates como em todos os 25 encontros que disputou na última edição da Liga (7).

Fernando é o sexto jogador que mais atira à baliza (atrás de Hulk, Falcão, Belluschi, Moutinho e Varela), mas é o que recupera mais bolas (91) e o que faz mais passes (354), sendo o que consegue uma maior taxa de sucesso neste capítulo (87,6%).

in "record.pt"

O ponto de equilíbrio entre o sobe e desce

NÚMEROS DE BELLUSCHI E MOUTINHO EM CONTRACICLO
 

Numa equipa que faz da posse de bola uma forma de estar, é suposto que os médios apresentem números contundentes. Certo? Errado! Quem olhar para os registos apresentados pode ficar confuso, sobretudo no que diz respeito a João Moutinho, que regista uma quebra quantitativa em quase todas as ações do jogo, em nítido contraciclo com o que acontece com Belluschi.

O Moutinho do Sporting já não existe. Contacta menos com a bola, recupera-a e perde-a com menor frequência, cruza menos e não faz tantas faltas. Significa isto que é um jogador pior? Carlos Azenha discorda: “Tudo tem a ver com a organização do coletivo. O FC Porto de Villas-Boas está muito bem equilibrado a nível tático e há uma menor dependência das ações de Moutinho comparativamente com o que acontecia no Sporting.”

Em Alvalade, passou por todas as posições do losango. No Dragão, as suas funções estão melhor definidas e o seu raio de ação é diferente. Veja-se o número de cruzamentos, que nos revela que o internacional português é hoje um jogador que empresta menor largura ao seu jogo, ganhando a profundidade que lhe permite registar uma subida no número médio de remates por jogo. É certo que Moutinho ainda não marcou, mas isso parece ser sobretudo uma questão de confiança, uma fase de maior ansiedade.

Agressivo

Numa equipa que vence 13 de 14 jogos (e esta dupla esteve presente em 13), é inevitável que haja um meio-campo em destaque. Sobretudo se tivermos em conta que, contrariamente ao que acontecia com Jesualdo Ferreira, o FC Porto de Villas-Boas prefere jogar em posse do que em transição. Mas com laterais (sobretudo Alvaro Pereira) e avançados tão presentes no processo de construção, torna-se inevitável que o foco esteja repartido.

Eloquente é o crescimento de Belluschi. O salto qualitativo expressa-se em campo, mas também na contabilidade. Não há que enganar: o argentino tem mais ações no jogo. “A classe já lá estava. A questão é que Belluschi precisou de um período de adaptação. Todos os jogadores precisam, ainda que nuns casos isso seja mais evidente do que noutros”, analisa Azenha, que vê dedo de Villas-Boas neste rejuvenescimento do argentino.

“A sua agressividade cresceu de forma notória. É um jogador que luta muito mais, que é mais feroz na recuperação de bola, que tem outra atitude perante a perda. Tudo isto é também, obviamente, uma conquista do treinador”, elogia.

É o FC Porto quem beneficia deste sobe e desce. Moutinho passou a dosear melhor o seu futebol, Belluschi ganhou intensidade. Apesar da forte concorrência de Ruben Micael, Souza ou Guarín, esta parceria está de pedra e cal e explica parte do sucesso do dragão.

in "record.pt"

Fucile vai da bancada para o onze

SAPUNARU NÃO ESTÁ CONVOCADO
 
Fucile tem dado que falar. Expulso na última jornada da Liga, em Guimarães, num jogo onde não esteve isento de culpas no golo que ditou o empate, o internacional uruguaio cumpriu castigo frente ao Limianos e, depois, viu o jogo com o Besiktas na bancada. Agora, frente à U. Leiria, vai regressar ao onze.

Sapunaru nem sequer foi convocado e isso tira margem a possíveis dúvidas. O lugar mais à direita da defesa é mesmo para Fucile, ficando a questão relativa aos jogadores que vão ocupar os dois lugares ao centro. Apesar do desastre que foi a sua exibição na Turquia, Maicon ainda tem crédito junto de André Villas-Boas e, nesse sentido, deverá fazer dupla com Rolando. Assim, ficará Otamendi no banco, sendo que, no decorrer da partida, o argentino tanto pode render os defesas laterais como os centrais.

No meio-campo, aí não deve surgir qualquer mexida, com o trio do costume a assumir as despesas. No ataque, e em relação ao jogo no Inonu, apenas uma alteração prevista: Varela regressa à titularidade na extrema-esquerda, relegando Rodríguez para o banco. Por falar em Rodríguez, uma nota para o regresso de James aos convocados, ficando em aberto a sua estreia na competição.

Quem também está novamente entre as opções é o brasileiro Souza. Desta feita foi Guarín a ficar de fora. Ukra também perdeu o comboio dos eleitos, sendo que desta feita só há 18 convocados.

in "record.pt"

F. C. Porto pode chegar aos 3500 pontos no 150.º jogo no Dragão


O F. C. Porto-União de Leiria é mais do que um simples jogo de futebol. Será o 150.º desafio oficial dos azuis e branco no Estádio do Dragão, onde hoje a equipa orientada por Villas-Boas pode ultrapassar a barreira dos 3500 pontos, na soma de todos os campeonatos.

O F. C. Porto recebe esta noite o União de Leiria (20.15 horas, Sport TV1), no jogo de encerramento da oitava jornada. Mas não será um desafio qualquer. O líder do campeonato, a única equipa sem derrotas na prova, vai disputar o 150.º jogo oficial no Estádio do Dragão, seis anos depois de o mesmo adversário ter inaugurado o recinto em jogos a sério. Uma feliz coincidência entre dois opositores que respiram confiança e uma solidez de processos em toda a linha, motivos suficientes para as expectativas estarem em alta e o encontro prometer emoções fortes.

A contabilidade no Dragão é clara: 106 vitórias para o F. C. Porto, 29 empates e 14 derrotas. Hoje, os azuis e brancos procuram mais um triunfo e diante de um adversário que não costuma causar grande mossa nem muitas cócegas. A contabilidade é simples: 15 vitórias e um empate a reforçar o favoritismo de uma equipa animada pela estrondosa vitória no terreno do Besiktas (3-1), a contar para a Liga Europa, e que está num plano de confiança muito elevado.

Fucile de regresso ao onze

Esta noite, no dia em que faz dois anos que o F. C. Porto perdeu em casa pela última vez no campeonato (diante do Leixões, por 3-2), o conjunto orientado por André Villas-Boas pode ultrapassar a barreira das 3500 pontos na contabilidade total de todos os campeonatos. Neste momento, os dragões somam 3499 pontos em 77 presenças no principal escalão, estão na segunda posição do ranking atrás do Benfica e à frente do Sporting. Os encarnados têm 3549 pontos, enquanto os leões garantem 3345. É mais um dado interessante a fazer aumentar o interesse do desafio.

Na lista de convocados do F. C. Porto, o treinador prescindiu de Sapunaru, Guarín e Ukra, todos por opção técnica, e chamou Souza e James Rodríguez, dois jogadores que não tinham integrado as escolhas na deslocação à Turquia. Parece claro que vai fazer algumas alterações no onze e apostar a equipa que mais garantias dá. Sendo assim, o lateral Fucile tem a via aberta para ocupar o lado direito da defesa, ocupando a vaga deixada por Sapunaru. Terá a oportunidade de se redimir da expulsão no terreno do Vitória de Guimarães, onde os dragões averbaram um empate (1-1) que interrompeu a espectacular série de 21 triunfos seguidos dos portistas.

No centro da defesa, onde o técnico tem rodado as opções, subsiste a dúvida entre Otamendi e Maicon, depois de o brasileiro ter sido expulso diante do Besiktas. Enquanto no ataque, é provável que Varela regresse ao onze para formar com Hulk e Falcao o habitual tridente. A dança dos golos também passa por eles...

in jn.pt"

Santíssima trindade. Uma equipa, um treinador e um jogador incrível

FC Porto, um grupo que não perde nem em inferioridade numérica, Villas Boas irrepreensível e um Hulk... imparável


Com o seu discurso a apontar aos "Bin Laden", Pinto da Costa aproveitou a vitória na Turquia para lembrar que foi ele a escolher André Villas Boas, portanto, autoproclamou-se como deus criador e origem de todas as coisas. É o normal e se calhar, se a equipa não estivesse a vencer, o presidente do FC Porto não se preocupava em recordar ao mundo as decisões que toma. Perante isto, será que a sua posição deve ser posta em causa sempre que uma contratação correr mal? Também não. Assim, esteja ou não Pinto da Costa na génese de tudo (e... do empenho de cada jogador, das decisões de Villas Boas ou dos golos e arrancadas de Hulk), após a incrível manifestação de força contra o Besiktas, no mais exigente teste da temporada, sugerimos constituir uma santíssima trindade portista que deixa o pai de fora e se revolve (e ganha jogos) e com outras divindades.

1- Uma equipa Há jogos que marcam uma época. A vitória do FC Porto na Turquia, parte do tempo em inferioridade numérica, marcará 2010/2011. É a grande prova de força, pela qualidade, capacidade de sofrimento e consistência. No ano passado, depois de andar de goleada em goleada, a verdadeira dimensão do Benfica talvez se tenha visto pela primeira vez na limpeza com que despachou duas vezes o Everton (5-0 e 2-0), igualmente na dificuldade da Liga Europa. O FC Porto de agora também marca abundantemente (34 golos) e sofre pouco (7). Mais: esta equipa tem tendência para dominar de princípio a fim. No único em que se viu em desvantagem, frente ao Sporting de Braga, o dragão teve capacidade para dar a volta. Depois, nos restantes 13 jogos, a equipa esteve sempre na frente do marcador. E em nove partidas não consentiu sequer um golo.

2- Um treinador André Villas Boas tem apenas 32 anos e mesmo que não pareça deve ser um treinador preparado. Os resultados dizem tudo. Empatou apenas um em 14 jogos (Vitória de Guimarães), sempre baseado no mesmo esquema táctico (4x3x3) onde as hierarquias estão definidas e os melhores jogadores encontram o seu espaço e rendimento. Villas Boas ainda não teve nenhuma grande lição táctica e, fora do campo, vai igualmente ganhando pontos na guerra da contra-informação: estuda ao pormenor os ataques ao Benfica e deixa o rival sem resposta; ao mesmo tempo, claro, injecta moral no seu balneário.

3- O melhor jogador Em cima desta superioridade, o FC Porto ainda tem Hulk. Com ele em campo, nos últimos 21 jogos a a equipa ganhou 20 e empatou outro. Só esta temporada, desde meados de Agosto, o internacional brasileiro marcou dez golos e foi criativo na maioria dos lances perigosos. Titular indiscutível, poupado apenas na recepção ao Rapid Viena, Hulk serenou e já não vive em guerra com os árbitros. Também por aí cresce o seu valor.

in "ionline.pt!