quarta-feira, 4 de maio de 2011

Madjer elogia época do FC Porto

Madjer, o argelino que ficou famoso pelo calcanhar de Viena que deu a primeira Taça dos Campeões ao Dragão, considera muito boa a época do FC Porto, sob o comando de André Villas-Boas.


«Esta temporada, o Porto jogou muito bem, ganhou o campeonato, está também a jogar bem» na Liga Europa, tendo oportunidade de conquistar o campeonato europeu, disse.
Madjer entende que o FC Porto «é uma boa equipa com jogadores espectaculares», mostrando-se pouco surpreendido com os bons desempenhos de Falcao e Hulk.
Para o argelino, a Liga Europa já não foge ao FC Porto.
Os "dragões" ganharam 13 partidas em 15 nesta Liga Europa, continuam sem derrotas no campeonato, um pecúlio que levou Pinto da Costa a comparar a actual equipa com a que venceu a Taça dos Campeões Europeus em 1987.
Madjer lembrou os valores que existiam nessa altura, como Futre, mas não fez comparações. Preferiu antes elogiar a «boa política» desportiva, com «trabalho sério», do clube.


in "tsf.pt"

(Des)esperar pelo milagre

Os milagres não são deste mundo, por isso os espanhóis preferem optar pela palavra "esperança" quando abordam a segunda mão das meias-finais da Liga Europa. Numa coisa - jornalistas e adeptos - estão de acordo: o FC Porto impressionou na segunda parte do jogo no Estádio do Dragão. "Quiseram marcar mais golos e acabaram por sofrer. Agora têm pela frente o último jogo europeu da temporada, porque não acredito que sejam capazes de virar o resultado. Para mim, o FC Porto já está na final", comentou Javier Andrés, jornalista do Canal 9, da televisão autónoma de Valência. Aliás, no capítulo dos golos repete-se a velha história da manta que tapa a cabeça e destapa os pés e vice-versa. "Marcar quatro golos já é uma tarefa complicada, mas contra este FC Porto não o será menos evitar sofrê-los", como tão bem refere Xavier Mata, do jornal "As". O que impressiona sobretudo os espanhóis é a linha avançada dos azuis e brancos. "Hulk tem muita força, e Falcao uma leitura de jogo que lhe permite estar onde a bola vai aparecer, o que explica os quatro golos", sublinhou Javier Andrés, mas há mais, conforme frisou ainda Xavier Mata: "É incrível, porque André Villas-Boas tem muitas e boas alternativas para atacar, tanto pelo eixo como pelas alas, como fora da área, o que cria um leque bastante aberto de possibilidades a cobrir, todas muito perigosas." Em poucas palavras, tal como disse Júlio Nebote, da Rádio 9, "este FC Porto tem muita pólvora!" Este jornalista não esconde que os adeptos têm consciência de que será preciso um milagre. "Ainda se sentem traumatizados com o que aconteceu no Estádio do Dragão", explicou.

Por falar em adeptos: poucas palavras, rostos que não disfarçam a decepção, mas que perante a reportagem de O JOGO, não quiseram dar parte de fracos. "Temos equipa para fazer quatro golos, mas as cinco ou seis oportunidades que se criam em todos os jogos têm de entrar, porque contra este FC Porto isso paga-se caro", apontou Carlos, do bar La Tribuna, que segue o Villarreal como quem segue uma religião. Por vingança, há mesmo os que vão mais longe, como Manuel, outro adepto do Submarino Amarelo: "Se houver uma final FC Porto-Benfica, vou torcer pelos vermelhos!" Ao seu lado, Felipe aponta outra convicção: "Vai ser difícil, porque este FC Porto está entre as cinco melhores equipas do mundo."

"É difícil, mas não impossível"

A referência de Musacchio são o Valência e os quatro golos que ele e os companheiros foram capazes de lhe marcar esta época, por isso, e colocando o FC Porto ao mesmo nível, o argentino que conhece bem Falcao apontou a esperança que se sente no balneário. "Aquilo que o FC Porto fez é pouco frequente, até porque jogámos mais futebol do que eles. Tivemos 30 a 40 minutos muito maus no Estádio do Dragão, mas também é verdade que temos capacidade para muito mais do que aquilo que se viu", sustentou, antes de falar de Falcao, sem surpresas: "O que Falcao fez não me chega a surpreender, porque já o conhecia bem da Argentina e tinha avisado que era um avançado muito perigoso, como veio a confirmar-se, para azar nosso."

in "ojogo.pt"

Fernando: agora é o Inter

Depois da Juventus, do Milan e do Roma, agora é a vez de o Inter de Milão surgir na órbita de Fernando. A notícia é do jornal "Corriere dello Sport", que aponta o trinco do FC Porto como um dos alvos dos ainda campeões europeus para a próxima época.

Italiano Gianluca Rocchi é o árbitro

A UEFA designou Gianluca Rocchi para o Villarreal-FC Porto. Trata-se da estreia deste juiz, que viu o seu nome envolvido no escândalo Moggi, em partidas dos portistas e dos espanhóis. No entanto, o árbitro já se cruzou esta época com Benfica e o Braga: esteve no nulo dos arsenalistas em Liverpool, na Liga Europa, e na derrota dos encarnados em Gelsenkirchen (0-2), para a Liga dos Campeões.

Mais de dois mil portistas em Vila-Real

Apesar da vantagem alcançada na partida da primeira mão, o FC Porto vai ser apoiado por mais de dois mil adeptos em Vila-Real. A viagem não é longa, mas os ingressos custavam 40 euros.

Submarino até tem um exemplo luso a seguir

Até à data, apenas três equipas conseguiram recuperar de uma desvantagem de quatro golos trazida do primeiro
jogo em eliminatórias a duas mãos nas competições europeias de clubes. Uma delas é portuguesa: o Leixões, que em 1961/62 ganhou em casa por 5-0 depois de ter perdido 6-2 com o FC La Chaux-de-Fonds. FK Partizan e Real Madrid são os outros exemplos de "remontadas" históricas.

in "ojogo.pt"

Álvaro Pereira: "Se fosse por mérito já tínhamos ganho a Liga Europa"

Álvaro Pereira já sabe o que é ganhar no "Lansdowne Road", o palco da final da Liga Europa. A 29 de Março ajudou o Uruguai a derrotar a Irlanda, em jogo particular, no mesmo tapete verde que espera levantar o troféu dentro de duas semanas. Contudo, alerta, primeiro é preciso evitar uma surpresa e confirmar o apuramento com o Villarreal. Em entrevista a O JOGO, o lateral-esquerdo falou da sua carreira em Portugal, de Villas-Boas e do futuro, garantindo que não pensa em sair do FC Porto tão cedo. Sem preferência entre Benfica e Braga, o uruguaio quer mesmo é voltar a ser feliz em Dublin e diz que se fosse apenas pela estatística, a taça já tinha destino: o futuro museu do Dragão.

Temos ouvido um discurso cauteloso por parte do FC Porto em vésperas de jogar em Vila-Real. É estratégia ou vocês acham mesmo que ainda podem perder esta meia-final?

Não, nem pensar. Ainda não está ganho. Este grupo ganha mais vezes por isso mesmo: respeitamos sempre o nosso adversário. No futebol, todos os dias há surpresas. Sabemos que temos uma boa vantagem, mas temos de jogar sempre da mesma forma. Nada é impossível no futebol. Para além disso, chegar à final depois de uma derrota também não terá o mesmo sabor... Estamos muito habituados a vencer sempre e quando perdemos é difícil; as derrotas doem mais. Vamos lá para ganhar, tentar ser inteligente, jogar com calma, mas tentar ganhar. Vamos fazer de conta que está tudo a zero.

O FC Porto tem 13 vitórias em 15 jogos na Liga Europa; 41 golos marcados. Olhando para estes números, não se consideram favoritos à vitória na competição?

Se fosse por mérito, já tínhamos ganho. Sabem porquê? Porque só nós é que estamos nesta prova desde o início. O Villarreal ocupou o lugar do Maiorca [n.d.r excluído devido às dívidas ao Fisco e Segurança Social], enquanto o Benfica e o Braga entraram pela Liga dos Campeões. Enquanto nós estamos desde o início da Liga Europa. Bem, mas o que realmente interessa, nesta altura, é que temos de respeitar o Villarreal e tentar vencer o jogo em Espanha para depois estarmos na final. E, estando na final, tudo pode acontecer. Tudo se decide em apenas 90 minutos.

Na eventualidade de não acontecer nenhuma catástrofe em Vila-Real, que clube preferia na final: Benfica ou Braga?

Na verdade tanto me faz. Mesmo. Quero é jogar a final.

Mas qual seria mais fácil?

Fácil? Numa final? Isso não existe.

E menos difícil?

Nunca será fácil. Aliás, basta recordar a final da Taça de Portugal da época passada: jogámos com o Chaves, que tinha acabado de descer de divisão, e vencemos por 2-1. Uma final nunca é fácil.

Tendo em conta o passado recente com o Benfica, e falando na questão motivacional, não seria melhor defrontá-los na final?

É-me indiferente. A mim, como jogador, só me interessa jogar a meia-final, para tentar estar depois na final. Nada mais.
Já fez alguma aposta com o seu amigo Maxi Pereira?

Falo muitas vezes com ele, com quem tenho uma boa relação. É uma grande pessoa, um grande companheiro, e muito bom jogador. Falamos muitas vezes, mas mais para saber como está a família e esse tipo de situações. Na época dei-lhe os parabéns pela conquista do título; este ano deu-me ele.

Já jogou no estádio da final da Liga Europa, em Dublin, e até venceu pelo Uruguai...

Sim, e se tiver de voltar lá, espero ganhar novamente. Vencemos por 3-2 a Irlanda num jogo amigável.

"Quatro minutos? Hoje assinava num segundo"

O FC Porto tem 21 pontos de vantagem para o Benfica e pode terminar a época com a maior vantagem de sempre para o segundo classificado. Mais um recorde ao alcance da equipa e Álvaro Pereira diz que é tudo mérito da equipa do que demérito dos adversários, apontando a seriedade com todos os jogos são encarados como o grande segredo. Mais difícil foi eleger o melhor jogo de uma época que pode ser perfeita. Quando chegou ao FC Porto, o uruguaio disse que assinou em quatro minutos, mas se fosse hoje nem pestanejava.

Foi por épocas como esta que assinou em quatro minutos pelo FC Porto?

[risos] Sim. Mas isso não quer dizer que esta época é boa e a outra má. O que mudou foram os resultados e não gosto sequer de fazer comparações entre treinadores. A nível pessoal a época passada correu-me muito bem, a adaptação a um novo estilo de futebol foi rápida, fui o jogador com mais minutos. Esta temporada queria muito o título nacional, consegui, mas há mais objectivos que estão perto e vamos trabalhar para os conseguir.

Se fosse agora assinava em três minutos?

Agora, assinava num segundo.

Conseguia imaginar uma época tão boa?

Trabalhamos para isso e com o decorrer da época e com as vitórias, conseguimos o título. Começámos com o pé direito e esperamos acabar da mesma forma. Enfrentamos com seriedade todos os adversários, qualquer que seja, e isso é muito importante.

Qual foi o melhor jogo da época? Os 5-0 ao Benfica, o jogo do título ou a remontada da Taça de Portugal?

É difícil de dizer, mas talvez tenha sido o do Estádio da Luz em que nos sagrámos campeões precisamente porque definimos um título, assim como o da Supertaça no início da época. Ganhámos 5-0 no Dragão, e isso foi importante, mas se não fôssemos campeões não teria qualquer significado. Assim como este triunfo na meia-final da Taça de Portugal, que teve um sabor especial por ter sido diante do grande rival, não terá importância se no dia 22 não levantarmos o troféu. Isso é que interessa.

Olhando para a diferença de 21 pontos parece que o campeonato foi fácil de conquistar...

Parece a quem está de fora, mas não foi e quem está cá dentro sabe disso. Não houve erros dos adversários, mas mérito do FC Porto porque temos 26 vitórias e dois empates e jogando sempre da mesma forma, sem facilitar nada mesmo já com o título assegurado. Estamos perto de bater um recorde e isso é muito meritório. Nós é que tornámos o campeonato fácil.

Que importância tem ganhar o campeonato com a maior vantagem de sempre?

É bonito porque será muito bom se este grupo for recordado por bater recordes e ganhar troféus. A ideia é essa. Temos primeiro o Villarreal, depois o Paços de Ferreira e o Marítimo, adversários que estão a lutar por coisas importantes e é preciso respeitá-los. A nossa motivação também passa por aí: por bater recordes.

Qual é o segredo desta equipa?

Ganhar e estar motivado. Somos ambiciosos, mas com cautela. Enfrentamos todos os jogos como finais para ganhar. Depois, desfrutamos com tranquilidade a pensar no jogo seguinte.

Pinto da Costa comparou esta equipa com a de 1987 e disse que era melhor do que a que foi orientada por José Mourinho. Vocês têm noção do que isso significa?

São elogios muito bonitos e ainda por cima da parte de quem vêm. Mas ainda não conseguimos nada. Vencemos o título nacional, que é muito bom, mas temos coisas importantes pela frente. Essas palavras motivam.

O Benfica é o adversário que mexe mais com o balneário?

Acho que não. É evidente que é o maior rival e que os dias que antecedem esses jogos têm uma atenção especial por parte de todos, mas esta equipa trata com o mesmo respeito o Benfica, o Sporting ou o Setúbal, como se viu no último jogo em que o mister mudou muitos jogadores e mantivemos o ritmo. Sabemos que os jogos com o Benfica são especiais, não argumento contra isso, mas respeitamos todos da mesma forma.

"Quando vejo Falcao no ar já sei que vai dar golo"

Álvaro Pereira e Falcao entendem-se às mil maravilhas: aos cruzamentos do uruguaio, corresponde o colombiano com remates certeiros. O alteral garante que não há qualquer segredo e que é a qualidade do avançado é que faz toda a diferença.

Uma boa parte dos golos do Falcao nascem dos seus cruzamentos. Ele é o melhor avançado com quem jogou?

Acho que sim. É um avançado de topo porque basta olhar e já sabe onde a bola vai cair. Quando ele está no ar já sei que vai dar golo. Ter um jogador desta qualidade na equipa facilita. É incrível porque basta vê-lo na área e sei que vai ganhar a bola. Entendemo-nos muito bem.

A pior fase do FC Porto coincidiu com a ausência do Álvaro Pereira e do Falcao, por lesão, foi apenas uma coincidência?

Não foi a pior, mas a que resultou nas derrotas da Taça da Liga e da Taça de Portugal. Quem jogou esteve bem e foi a fase em que houve mais jogos e acusámos um pouco o cansaço. Foram muitos jogos seguidos e a margem de erro era mínima. Não foi por ter faltado este ou aquele jogador.

"Vencer a Taça seria o final perfeito"

No dia 22 de Maio, o FC Porto termina a época como nos últimos dois anos: a jogar a final da Taça de Portugal no Jamor. Álvaro Pereira espera repetir os trunfos anteriores para encerrar com chave de ouro o ciclo 2010/11. "Às 19 horas do dia 22 veremos se é assim. A essa hora o jogo já deve ter terminado. Espero que seja o final de temporada perfeito, mas para isso teremos de ganhar", sublinhou, considerando o Guimarães um rival difícil. "Tem uma boa equipa e um treinador com muita qualidade e inteligência. Um jogo com o Guimarães também é praticamente um clássico em Portugal, tendo em conta a rivalidade entre as duas equipas. Vai ser uma grande final, muito disputada", considerou.

"Não tenho vontade de sair"

Numa altura em que o nome de Álvaro Pereira tem sido ligado a alguns clubes europeus, nomeadamente o Bayern de Munique, o uruguaio voltou a reafirmar a vontade de continuar no FC Porto na próxima época.

A época tem-lhe corrido muito bem e não faltam clubes interessados. Pensa sair ou quer voltar a jogar a Liga dos Campeões com o FC Porto?

Só penso no que ainda temos pela frente esta época, seja a meia-final da Liga Europa, a final da taça de Portugal ou tentar continuar a bater recordes no campeonato. Temos a possibilidade de levantar quatro troféus numa época e espero consegui-lo. Amo a cidade do Porto, estou muito cómodo, os adeptos fazem-me sentir bem e não penso em sair. Tenho a Copa América para jogar pela selecção pelo que há muito a ocupar a minha cabeça. Este ano está a correr muito bem e espero que continue assim daqui para frente.

Já jogou na Argentina, Roménia e Portugal. Que outro campeonato gostaria de experimentar?

Não penso nisso. O meu sonho era jogar num grande clube da Europa e o FC Porto proporcionou-me isso. Conseguimos ser campeões e, na próxima época, teremos a oportunidade de voltar a jogar a Champions, que é uma competição fantástica. Quero é desfrutar.

Tem uma cláusula de "apenas" 20 milhões de euros. Se fosse treinador de um grande clube europeu, não vinha contratar o Álvaro Pereira ao FC Porto?

(risos) Não, não, agora não... Não tenho vontade de sair, porque estou muito bem aqui. Estou tranquilo, cómodo, continuo a jogar, a família está bem, as pessoas estão contentes comigo... É tudo perfeito. Para além disso, é um país óptimo para os sul-americanos, até pela língua, uma vez que o castelhano é muito parecido com o português. Por tudo isto, sinto-me em casa.

Mas tem-se falado insistentemente do interesse do Bayern de Munique, que tem vindo assistir a vários jogos do FC Porto...

Ouvi o mesmo que toda a gente... Não sei de nada. Li nos jornais, na internet, mas ninguém falou comigo. Aliás, nem têm de falar comigo, se estiverem realmente interessados. Têm é de falar com o clube. O clube é que decide o meu futuro. Estou aqui, bem, e penso apenas no FC Porto, até porque nos jornais fala-se sempre sobre muitas possibilidades.

"Corro muito porque fazia maratonas quando era pequeno"

O que mudou no Álvaro de uma época para a outra?

Fui operado ao ombro... [risos]. Isso foi o principal. Mais a sério, não mudou muito. Sinto-me em casa e isso facilita tudo. Tenho um maior conhecimento do campeonato e dos adversários, o que também ajuda.

E o que ainda tem para melhorar?

Muito. Todos os dias trabalho para não me deixar conformar e ter cada vez mais ambição. Quero continuar a levantar troféus e a crescer como jogador.

Sente-se um jogador à Porto?

Quem pode dizer isso são os adeptos, as pessoas do clube e os meus companheiros. Bem, eu acho que ser um jogador à Porto é defender a camisola até à morte. E isso vai acontecer sempre comigo.

Ouvimos dizer que corria maratonas quando era pequeno?

Sim, mais ou menos entre os oito e os 15 anos. No Uruguai, há uma corrida chamada de São Filipe de Santiago e que se corre em Janeiro. Preparava-me sempre para essa corrida, porque era a altura de férias da escola. Sempre corremos na família. Comecei a correr com o meu irmão, corríamos entre oito e 12 quilómetros, e sempre gostei, de tal forma que cheguei a fazer parte de uma equipa de atletismo. Mas nunca cheguei a correr profissionalmente, porque por volta dos 15 anos tive de escolher entre o atletismo e o futebol. Escolhi o futebol, felizmente. Mas também tiro proveito desse meu passado, porque não me canso muito a correr de um lado para o outro. Também me parece que é algo genético, porque o meu pai já era assim e o meu filho também é.

"Adeptos podem ficar tranquilos, há lateral-esquerdo para algum tempo"

Há poucos canhotos no futebol. É desta forma que, meio a brincar, Álvaro Pereira explica o facto de um bom lateral-esquerdo ser uma espécie rara, quase em vias de extinção. O FC Porto sofreu isso na pele durante vários anos, mas Palito sossega os adeptos azuis e brancos.

Consegue explicar por que motivo há poucos laterais-esquerdos de qualidade?

Porque há poucos canhotos (risos). Mas, por exemplo, quando jogava na América do Sul quase nunca jogava como lateral; era mais médio. O jogo lá é diferente, enquanto aqui na Europa os defesas aparecem mais na frente, têm mais bola, e eu gosto muito desta posição. Aliás, aqui só me vejo a jogar como lateral.

Que opinião tem dos outros laterais do FC Porto?

Nas camadas jovens, gosto muito do Romário e do Bakar, que já treinaram algumas vezes connosco. Quanto aos outros, o Rafa esteve muito bem até ter o azar de sofrer uma lesão; o Sereno também tem feito todas as posições da defesa, e está sempre muito bem; Fucile já todos conhecem e está completamente adaptado... Sei que antes de ter chegado o Cissokho, se falava muito sobre o lugar de lateral-esquerdo na era pós-Nuno Valente. Mas agora os adeptos podem ficar tranquilos, porque vai ter o Álvaro Pereira por algum tempo (risos).

Há quem considere que o Fábio Coentrão é o melhor lateral a jogar em Portugal. Não se sente menosprezado?

Não, não... Ele é um grande jogador e isso de quem é o melhor ou o pior não me interessa muito. O que importa é o dia-a-dia, cada jogo, como acaba a temporada e quem é campeão. Ele defende o Benfica, eu o FC Porto; ele defende a selecção de Portugal, eu o Uruguai. Nunca tive nenhum problema com ele, respeito-o, é um grande jogador, muito valorizado, fez uma grande temporada. Não gosto de entrar nesse tipo de comparações, até porque o que importa é quem ganha troféus.

Mas considera-se um dos melhores laterais esquerdos do mundo?

Não, que é isso? Deixo essas coisas para os jornalistas, eu trabalho apenas para ajudar a equipa. Sou maluco por futebol, sinto-o de uma forma especial, quero ganhar sempre tudo. Há mais jogadores que fazem muito bem a minha posição.

"Villas-Boas é especial porque ganhamos desde o início"

Os elogios a André Villas-Boas são naturais, tão naturais como as vitórias que o FC Porto tem conseguido desde o início da temporada. Álvaro Pereira não quis fazer comparações com outros treinadores, mas sempre foi dizendo que Villas-Boas é especial...

O discurso motivacional é um dos trunfos de André Villas-Boas?

Sem dúvida que ele trabalha muito bem esse aspecto. É um treinador muito inteligente, ambicioso e transmite-nos precisamente essa mensagem. Em cada jogo passa-nos a ideia de que é uma final e isso motiva-nos.

Que mensagem é que tem passado nos intervalos que tem levado a equipa às vitórias, como aconteceu na Luz ou contra o Villarreal?

O treinador nem falou muito, só procurou corrigir alguns erros. Às vezes basta um olhar e todos nos comprometemos: vamos jogar, temos uma desvantagem de dois golos, no caso da Taça, e é ganhar ou morrer. Fomos para o campo, soltámo-nos, atacámos e conseguimos dar a volta. Com o Villarreal aconteceu a mesma situação. Nas eliminatórias da UEFA temos de ganhar e, de preferência, conseguir uma boa vantagem, sendo que, às vezes, os jogadores querem fazer o segundo golo antes de marcar o primeiro. E isso prejudica. Entrámos relaxados na segunda parte e conseguimos uma boa vitória.

Encaixou bem no futebol que André Villas-Boas pretendia para o FC Porto. Que opinião tem do treinador?

Não é só o jogador que tem de se adaptar ao treinador, mas o treinador também se deve adaptar às características dos jogadores que tem à disposição. Ele procurou aproveitar o melhor de cada um de nós. O respeito que temos por ele é o mesmo que tínhamos por Jesualdo Ferreira. Tem demonstrado que tem capacidade.

E sente que tem mais liberdade para atacar?

Não é por aí. Sou um jogador atrevido por natureza, que procura fazer o melhor que sabe mas sempre com responsabilidade. Tenho sempre muita liberdade e sinto-me bem com isso.

O que distingue Villas-Boas dos outros treinadores com quem trabalhou?

Não gosto de fazer comparações, porque todos têm métodos diferentes. Ele é especial porque desde o primeiro dia que temos ganho coisas. Todos os treinadores nos deixam coisas boas e coisas más.

Os penteados que lhe dão sorte

Álvaro Pereira não se cansou de dizer que se sente, no Porto, como em casa. Considerou a cidade "muito bonita", embora tenha ainda "lugares bonitos por conhecer". "Gosto muito e só tem um defeito: chove sempre muito em Dezembro e Janeiro". Quanto à comida, é só elogios. "é uma delícia. Não comia peixe na América do Sul, mas aqui disseram-me que tinha de experimentar. E agora adoro. Também gosto muito de lulas e de marisco. A minha família também. Já as francesinhas, nem tanto". Na exploração da vida mais privada, sobrou ainda uma pergunta: porque razão está sempre a mudar de penteado, às vezes até durante os intervalos dos jogos? "Não é nenhuma superstição. O problema é que, às vezes, a cabeleireira não tem tempo para acabar as tranças e elas acabam por ficar mal com o decorrer dos jogos. É só isso. Ah, mas vou voltar a fazer tranças, porque me deram sorte".

Palito por culpa da dicção do irmão

Álvaro Pereira tem um apelido: Palito. O lateral explicou que, "ao contrário do muita gente pensa", esta denominação não está relacionada com o facto de ter sido sempre magro. Surgiu antes por culpa de um problema de dicção do irmão mais velho... "Quando era pequeno chamavam-me de Alvarinho ou Alvarito. Mas o meu irmão, Danilo, que também era pequeno, não conseguia dizer Alvarito e dizia sempre Alpalito. Depois, na rua, quando íamos jogar futebol, todos me começaram a chamar de Palito. No início, e quem não me conhecia, pensava que era por eu ser magro. Mas não era. Foi mesmo por culpa do meu irmão", contou.

in "ojogo.pt"

Bilhetes para a final da Taça entre 10 e 30 euros

FPF divulga preços


O preço dos bilhetes para a final da Taça de Portugal entre V. Guimarães e FC Porto varia entre 10 e 30 euros.

Os adeptos do clube minhoto ocuparão o topo norte do Estádio Nacional, enquanto o topo sul ficará para os dragões.

A final realiza-se no próximo dia 22, pelas 17 horas.

Os ingressos, que serão vendidos nos locais a indicar pelos finalistas, custam 10 euros para a bancada de topo/cabeceira, 15 para a lateral, 25 para a central e 30 para a tribuna.

in "maisfutebol.iol.pt"

Unidos pela vitória

VILLAS-BOAS MANTÉM O GRUPO EM ALTA TENSÃO


Tensão absoluta. André Villas-Boas não admite que o plantel se deixe embalar pela vantagem adquirida na primeira mão, frente ao Villarreal, e por isso tem insistido internamente numa mensagem de valorização do Submarino Amarelo, procurando manter o FC Porto com os sentidos alerta.
O maior risco reside numa entrada em forte pressão do conjunto de Juan Carlos Garrido que, se não for devidamente contrariada pelos dragões, é passível de inflamar o ambiente no El Madrigal. Salvaguardando as devidas distâncias, o técnico tomou nota do que aconteceu em Moscovo, na visita ao Spartak, em que logo nos compassos iniciais teve de ser Helton a evitar que os russos movimentassem o marcador.
Para garantir Dublin sem qualquer sombra de sobressalto, Villas-Boas pode não o expressar exteriormente, mas a ideia passar por encarar a deslocação ao terreno do Villarreal como sendo mais um desafio para ganhar. Nesse sentido, vai haver um verdadeiro choque estatístico.
in "record.pt"

Juventus na frente para agarrar Rolando

CENTRAL CONTINUA A AGITAR O MERCADO ITALIANO


Discreto em campo e introvertido no contacto, Rolando está a ser um dos agitadores do sempre eletrizante mercado italiano. Com os principais clubes a começarem a preparar os plantéis para a próxima época, o nome do central do FC Porto surge bem referenciado entre alguns dos candidatos ao título. Nos últimos dias falou-se no interesse da Roma para substituir o francês Philippe Mexès, mas a verdade é que continua a ser a Juventus a liderar o processo.
Em declarações ao site Ilsussidiario.net, o empresário Peppino Tirri garantiu que até ao momento só existem avanços por parte da Vecchia Signora, dado que a Roma atravessa um período de reestruturação, com a chegada dos novos investidores. “Neste momento não existem novidades, porque creio que a Juventus está mais preocupada em acabar a época da melhor forma possível. Quanto à Roma, ninguém me falou de nada, uma vez que primeiro terão de definir a nova estrutura do futebol, com a nomeação de Walter Sabatini como diretor-desportivo. Depois, se houver interesse, poderemos negociar”, revelou o representante do jogador.
in "record.pt"

Pinto da Costa: «Hulk no Milan? Se baterem os 99 milhões ele não sai»

Pinto da Costa garantiu esta manhã não ter nenhuma proposta para a saída de jogadores do actual plantel. Relativamente ao interesse dos italianos do AC Milan em Hulk, o dirigente portista foi taxativo:

«Só por brincadeira se diz que ele vai para o AC Milan. Esse clube também quis contratar o Cissoko e não foi capaz. A história dos dentes foi um pretexto. Não tenho propostas para ninguém. Os jogadores têm cláusulas e quem quiser tem de bater as cláusulas, isto se os jogadores também quiserem. A cláusula do Hulk é de 100 milhões de euros e se baterem 99 milhões ele não sai. Ou pagam essa quantia ou não sai», esclareceu.

O presidente dos azuis-e-brancos, por seu lado, lembra que o FC Porto ainda não é finalista da Liga Europa porque «ainda falta um jogo» e recusa-se, para já, a prometer uma prestação notável na próxima edição da Champions. «Já ouvi essa cantiga este ano e deu mau resultado e só foram à Liga Europa porque o Lyon marcou um golo no último segundo. Essas promessas não são para mim. O objectivo é passar esta eliminatória e ganhar o jogo seguinte. Depois, é continuar com o mesmo espírito na próxima época».


«Jantar não corresponde minimamente à verdade», garante Pinto da Costa


O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, que seguiu há momentos com a restante comitiva portista para Espanha, comentou as notícias recentes da imprensa espanhola que dão conta de um suposto jantar em Matosinhos com o árbitro holandês Bjorn Kuipers após o triunfo dos dragões sobre os espanhóis do Villarreal (5-1), na primeira mão das meias-finais da Liga Europa. 

O líder dos campeões nacionais nega de forma peremptória qualquer encontro com o juiz holandês. 

«Os árbitros andaram sempre com os delegados e nenhum director esteve com eles. Não corresponde à verdade. Se não é verdade é porque é mentira. Se isto é uma forma pressão? Se é acho ridículo!».

O jornal recorda que a UEFA proíbe qualquer acompanhamento dos clubs aos árbitros durante as estadas destes para apitar jogos, dando conta de que o juiz holandês assinalou um penálti contra o Villarreal (quando o jogo estava 1-1) e que o 4-1 foi conseguido através de um fora-de-jogo.


in "abola.pt"

COMUNICADO


A Administração da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD desmente em absoluto que o seu presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, ou o administrador Reinaldo Teles tenham estado presentes no jantar com o árbitro Bjorn Kuipers, após o jogo com o Villarreal, a contar para a primeira mão das meias-finais da Liga Europa, ao contrário do que foi hoje noticiado.


Como acontece nestas circunstâncias, a Federação Portuguesa de Futebol nomeou o sr. António Garrido para acompanhar a equipa de arbitragem, tendo o mesmo levado os árbitros a jantar após o jogo.



A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD não vai alimentar polémicas e reserva-se o direito de tomar as medidas que entender para defender o seu bom nome.



Porto, 04 de Maio de 2011

A Administração

Marca diz que FC Porto jantou com árbitro do jogo com o Villarreal

O diário desportivo «Marca» avança na edição de hoje que dirigentes do FC Porto, incluindo o presidente Pinto da Costa, terão jantado com o árbitro holandês Bjorn Kuipers após a vitória do FC Porto sobre o Villarreal, por 5-1, na quinta-feira passada. 

O jornal garante que Kuipers jantou com Reinaldo Teles, homem de confiança de Pinto da Costa, e António Garrido, antigo árbitro e colaborador do FC Porto, em Matosinhos. Pinto da Costa ter-se-á juntado mais tarde. 

O referido jornal recorda que a UEFA proíbe qualquer acompanhamento dos clubes aos árbitros durante as estadas destes para apitar jogos, dando conta de que o juiz holandês assinalou um penálti contra o Villarreal (quando o jogo estava 1-1) e que o 4-1 foi conseguido através de um fora-de-jogo.



in "abola.pt"

James espreita nova oportunidade

Tudo ainda em exercícios mentais, quanto à equipa que André Villas colocará inicialmente em campo amanhã à noite, mas há quem ouse apostar no menino James, 19 aninhos apenas, como titular numa meia-final europeia. 

Aparentemente, ao jogar em Setúbal a titular, estaria a entregar os pontos a Rodriguez ou a Varela, os homens que disputam mais em cima uma vaga na esquerda atacante. Mas a lógica futebolística quebra-se mais facilmente que uma peça de cristal quando lógicas mais objectivas se levantam, e a forma actual do menino James é uma brutalidade de lógica: ele é o farol da esquerda atacante e o lança-perfumes da equipa!

De repente, então, pode ver-se James no onze. Nenhuma surpresa, se pensarmos que ele é o terceiro melhor assistente na Taça UEFA, apesar de só ter 299 minutos de competição (há quem tenha mais de mil...), James que é, também, rei nos seus domínios, pois, acredite-se ou não, já leva 12 assistências para golo, com menos de metade do tempo de jogo dos mais utlizados por André Villas Boas.

Já agora, outra curiosidade: sendo James titular amanhã, Espanhol e Corunha, que o disputaram ao FC Porto no Verão passado, poderiam ir lá ver o que perderam...


in "abola.pt"