Álvaro Pereira já sabe o que é ganhar no "Lansdowne Road", o palco da final da Liga Europa. A 29 de Março ajudou o Uruguai a derrotar a Irlanda, em jogo particular, no mesmo tapete verde que espera levantar o troféu dentro de duas semanas. Contudo, alerta, primeiro é preciso evitar uma surpresa e confirmar o apuramento com o Villarreal. Em entrevista a O JOGO, o lateral-esquerdo falou da sua carreira em Portugal, de Villas-Boas e do futuro, garantindo que não pensa em sair do FC Porto tão cedo. Sem preferência entre Benfica e Braga, o uruguaio quer mesmo é voltar a ser feliz em Dublin e diz que se fosse apenas pela estatística, a taça já tinha destino: o futuro museu do Dragão.
Temos ouvido um discurso cauteloso por parte do FC Porto em vésperas de jogar em Vila-Real. É estratégia ou vocês acham mesmo que ainda podem perder esta meia-final?
Não, nem pensar. Ainda não está ganho. Este grupo ganha mais vezes por isso mesmo: respeitamos sempre o nosso adversário. No futebol, todos os dias há surpresas. Sabemos que temos uma boa vantagem, mas temos de jogar sempre da mesma forma. Nada é impossível no futebol. Para além disso, chegar à final depois de uma derrota também não terá o mesmo sabor... Estamos muito habituados a vencer sempre e quando perdemos é difícil; as derrotas doem mais. Vamos lá para ganhar, tentar ser inteligente, jogar com calma, mas tentar ganhar. Vamos fazer de conta que está tudo a zero.
O FC Porto tem 13 vitórias em 15 jogos na Liga Europa; 41 golos marcados. Olhando para estes números, não se consideram favoritos à vitória na competição?
Se fosse por mérito, já tínhamos ganho. Sabem porquê? Porque só nós é que estamos nesta prova desde o início. O Villarreal ocupou o lugar do Maiorca [n.d.r excluído devido às dívidas ao Fisco e Segurança Social], enquanto o Benfica e o Braga entraram pela Liga dos Campeões. Enquanto nós estamos desde o início da Liga Europa. Bem, mas o que realmente interessa, nesta altura, é que temos de respeitar o Villarreal e tentar vencer o jogo em Espanha para depois estarmos na final. E, estando na final, tudo pode acontecer. Tudo se decide em apenas 90 minutos.
Na eventualidade de não acontecer nenhuma catástrofe em Vila-Real, que clube preferia na final: Benfica ou Braga?
Na verdade tanto me faz. Mesmo. Quero é jogar a final.
Mas qual seria mais fácil?
Fácil? Numa final? Isso não existe.
E menos difícil?
Nunca será fácil. Aliás, basta recordar a final da Taça de Portugal da época passada: jogámos com o Chaves, que tinha acabado de descer de divisão, e vencemos por 2-1. Uma final nunca é fácil.
Tendo em conta o passado recente com o Benfica, e falando na questão motivacional, não seria melhor defrontá-los na final?
É-me indiferente. A mim, como jogador, só me interessa jogar a meia-final, para tentar estar depois na final. Nada mais.
Já fez alguma aposta com o seu amigo Maxi Pereira?
Falo muitas vezes com ele, com quem tenho uma boa relação. É uma grande pessoa, um grande companheiro, e muito bom jogador. Falamos muitas vezes, mas mais para saber como está a família e esse tipo de situações. Na época dei-lhe os parabéns pela conquista do título; este ano deu-me ele.
Já jogou no estádio da final da Liga Europa, em Dublin, e até venceu pelo Uruguai...
Sim, e se tiver de voltar lá, espero ganhar novamente. Vencemos por 3-2 a Irlanda num jogo amigável.
"Quatro minutos? Hoje assinava num segundo"
O FC Porto tem 21 pontos de vantagem para o Benfica e pode terminar a época com a maior vantagem de sempre para o segundo classificado. Mais um recorde ao alcance da equipa e Álvaro Pereira diz que é tudo mérito da equipa do que demérito dos adversários, apontando a seriedade com todos os jogos são encarados como o grande segredo. Mais difícil foi eleger o melhor jogo de uma época que pode ser perfeita. Quando chegou ao FC Porto, o uruguaio disse que assinou em quatro minutos, mas se fosse hoje nem pestanejava.
Foi por épocas como esta que assinou em quatro minutos pelo FC Porto?
[risos] Sim. Mas isso não quer dizer que esta época é boa e a outra má. O que mudou foram os resultados e não gosto sequer de fazer comparações entre treinadores. A nível pessoal a época passada correu-me muito bem, a adaptação a um novo estilo de futebol foi rápida, fui o jogador com mais minutos. Esta temporada queria muito o título nacional, consegui, mas há mais objectivos que estão perto e vamos trabalhar para os conseguir.
Se fosse agora assinava em três minutos?
Agora, assinava num segundo.
Conseguia imaginar uma época tão boa?
Trabalhamos para isso e com o decorrer da época e com as vitórias, conseguimos o título. Começámos com o pé direito e esperamos acabar da mesma forma. Enfrentamos com seriedade todos os adversários, qualquer que seja, e isso é muito importante.
Qual foi o melhor jogo da época? Os 5-0 ao Benfica, o jogo do título ou a remontada da Taça de Portugal?
É difícil de dizer, mas talvez tenha sido o do Estádio da Luz em que nos sagrámos campeões precisamente porque definimos um título, assim como o da Supertaça no início da época. Ganhámos 5-0 no Dragão, e isso foi importante, mas se não fôssemos campeões não teria qualquer significado. Assim como este triunfo na meia-final da Taça de Portugal, que teve um sabor especial por ter sido diante do grande rival, não terá importância se no dia 22 não levantarmos o troféu. Isso é que interessa.
Olhando para a diferença de 21 pontos parece que o campeonato foi fácil de conquistar...
Parece a quem está de fora, mas não foi e quem está cá dentro sabe disso. Não houve erros dos adversários, mas mérito do FC Porto porque temos 26 vitórias e dois empates e jogando sempre da mesma forma, sem facilitar nada mesmo já com o título assegurado. Estamos perto de bater um recorde e isso é muito meritório. Nós é que tornámos o campeonato fácil.
Que importância tem ganhar o campeonato com a maior vantagem de sempre?
É bonito porque será muito bom se este grupo for recordado por bater recordes e ganhar troféus. A ideia é essa. Temos primeiro o Villarreal, depois o Paços de Ferreira e o Marítimo, adversários que estão a lutar por coisas importantes e é preciso respeitá-los. A nossa motivação também passa por aí: por bater recordes.
Qual é o segredo desta equipa?
Ganhar e estar motivado. Somos ambiciosos, mas com cautela. Enfrentamos todos os jogos como finais para ganhar. Depois, desfrutamos com tranquilidade a pensar no jogo seguinte.
Pinto da Costa comparou esta equipa com a de 1987 e disse que era melhor do que a que foi orientada por José Mourinho. Vocês têm noção do que isso significa?
São elogios muito bonitos e ainda por cima da parte de quem vêm. Mas ainda não conseguimos nada. Vencemos o título nacional, que é muito bom, mas temos coisas importantes pela frente. Essas palavras motivam.
O Benfica é o adversário que mexe mais com o balneário?
Acho que não. É evidente que é o maior rival e que os dias que antecedem esses jogos têm uma atenção especial por parte de todos, mas esta equipa trata com o mesmo respeito o Benfica, o Sporting ou o Setúbal, como se viu no último jogo em que o mister mudou muitos jogadores e mantivemos o ritmo. Sabemos que os jogos com o Benfica são especiais, não argumento contra isso, mas respeitamos todos da mesma forma.
"Quando vejo Falcao no ar já sei que vai dar golo"
Álvaro Pereira e Falcao entendem-se às mil maravilhas: aos cruzamentos do uruguaio, corresponde o colombiano com remates certeiros. O alteral garante que não há qualquer segredo e que é a qualidade do avançado é que faz toda a diferença.
Uma boa parte dos golos do Falcao nascem dos seus cruzamentos. Ele é o melhor avançado com quem jogou?
Acho que sim. É um avançado de topo porque basta olhar e já sabe onde a bola vai cair. Quando ele está no ar já sei que vai dar golo. Ter um jogador desta qualidade na equipa facilita. É incrível porque basta vê-lo na área e sei que vai ganhar a bola. Entendemo-nos muito bem.
A pior fase do FC Porto coincidiu com a ausência do Álvaro Pereira e do Falcao, por lesão, foi apenas uma coincidência?
Não foi a pior, mas a que resultou nas derrotas da Taça da Liga e da Taça de Portugal. Quem jogou esteve bem e foi a fase em que houve mais jogos e acusámos um pouco o cansaço. Foram muitos jogos seguidos e a margem de erro era mínima. Não foi por ter faltado este ou aquele jogador.
"Vencer a Taça seria o final perfeito"
No dia 22 de Maio, o FC Porto termina a época como nos últimos dois anos: a jogar a final da Taça de Portugal no Jamor. Álvaro Pereira espera repetir os trunfos anteriores para encerrar com chave de ouro o ciclo 2010/11. "Às 19 horas do dia 22 veremos se é assim. A essa hora o jogo já deve ter terminado. Espero que seja o final de temporada perfeito, mas para isso teremos de ganhar", sublinhou, considerando o Guimarães um rival difícil. "Tem uma boa equipa e um treinador com muita qualidade e inteligência. Um jogo com o Guimarães também é praticamente um clássico em Portugal, tendo em conta a rivalidade entre as duas equipas. Vai ser uma grande final, muito disputada", considerou.
"Não tenho vontade de sair"
Numa altura em que o nome de Álvaro Pereira tem sido ligado a alguns clubes europeus, nomeadamente o Bayern de Munique, o uruguaio voltou a reafirmar a vontade de continuar no FC Porto na próxima época.
A época tem-lhe corrido muito bem e não faltam clubes interessados. Pensa sair ou quer voltar a jogar a Liga dos Campeões com o FC Porto?
Só penso no que ainda temos pela frente esta época, seja a meia-final da Liga Europa, a final da taça de Portugal ou tentar continuar a bater recordes no campeonato. Temos a possibilidade de levantar quatro troféus numa época e espero consegui-lo. Amo a cidade do Porto, estou muito cómodo, os adeptos fazem-me sentir bem e não penso em sair. Tenho a Copa América para jogar pela selecção pelo que há muito a ocupar a minha cabeça. Este ano está a correr muito bem e espero que continue assim daqui para frente.
Já jogou na Argentina, Roménia e Portugal. Que outro campeonato gostaria de experimentar?
Não penso nisso. O meu sonho era jogar num grande clube da Europa e o FC Porto proporcionou-me isso. Conseguimos ser campeões e, na próxima época, teremos a oportunidade de voltar a jogar a Champions, que é uma competição fantástica. Quero é desfrutar.
Tem uma cláusula de "apenas" 20 milhões de euros. Se fosse treinador de um grande clube europeu, não vinha contratar o Álvaro Pereira ao FC Porto?
(risos) Não, não, agora não... Não tenho vontade de sair, porque estou muito bem aqui. Estou tranquilo, cómodo, continuo a jogar, a família está bem, as pessoas estão contentes comigo... É tudo perfeito. Para além disso, é um país óptimo para os sul-americanos, até pela língua, uma vez que o castelhano é muito parecido com o português. Por tudo isto, sinto-me em casa.
Mas tem-se falado insistentemente do interesse do Bayern de Munique, que tem vindo assistir a vários jogos do FC Porto...
Ouvi o mesmo que toda a gente... Não sei de nada. Li nos jornais, na internet, mas ninguém falou comigo. Aliás, nem têm de falar comigo, se estiverem realmente interessados. Têm é de falar com o clube. O clube é que decide o meu futuro. Estou aqui, bem, e penso apenas no FC Porto, até porque nos jornais fala-se sempre sobre muitas possibilidades.
"Corro muito porque fazia maratonas quando era pequeno"
O que mudou no Álvaro de uma época para a outra?
Fui operado ao ombro... [risos]. Isso foi o principal. Mais a sério, não mudou muito. Sinto-me em casa e isso facilita tudo. Tenho um maior conhecimento do campeonato e dos adversários, o que também ajuda.
E o que ainda tem para melhorar?
Muito. Todos os dias trabalho para não me deixar conformar e ter cada vez mais ambição. Quero continuar a levantar troféus e a crescer como jogador.
Sente-se um jogador à Porto?
Quem pode dizer isso são os adeptos, as pessoas do clube e os meus companheiros. Bem, eu acho que ser um jogador à Porto é defender a camisola até à morte. E isso vai acontecer sempre comigo.
Ouvimos dizer que corria maratonas quando era pequeno?
Sim, mais ou menos entre os oito e os 15 anos. No Uruguai, há uma corrida chamada de São Filipe de Santiago e que se corre em Janeiro. Preparava-me sempre para essa corrida, porque era a altura de férias da escola. Sempre corremos na família. Comecei a correr com o meu irmão, corríamos entre oito e 12 quilómetros, e sempre gostei, de tal forma que cheguei a fazer parte de uma equipa de atletismo. Mas nunca cheguei a correr profissionalmente, porque por volta dos 15 anos tive de escolher entre o atletismo e o futebol. Escolhi o futebol, felizmente. Mas também tiro proveito desse meu passado, porque não me canso muito a correr de um lado para o outro. Também me parece que é algo genético, porque o meu pai já era assim e o meu filho também é.
"Adeptos podem ficar tranquilos, há lateral-esquerdo para algum tempo"
Há poucos canhotos no futebol. É desta forma que, meio a brincar, Álvaro Pereira explica o facto de um bom lateral-esquerdo ser uma espécie rara, quase em vias de extinção. O FC Porto sofreu isso na pele durante vários anos, mas Palito sossega os adeptos azuis e brancos.
Consegue explicar por que motivo há poucos laterais-esquerdos de qualidade?
Porque há poucos canhotos (risos). Mas, por exemplo, quando jogava na América do Sul quase nunca jogava como lateral; era mais médio. O jogo lá é diferente, enquanto aqui na Europa os defesas aparecem mais na frente, têm mais bola, e eu gosto muito desta posição. Aliás, aqui só me vejo a jogar como lateral.
Que opinião tem dos outros laterais do FC Porto?
Nas camadas jovens, gosto muito do Romário e do Bakar, que já treinaram algumas vezes connosco. Quanto aos outros, o Rafa esteve muito bem até ter o azar de sofrer uma lesão; o Sereno também tem feito todas as posições da defesa, e está sempre muito bem; Fucile já todos conhecem e está completamente adaptado... Sei que antes de ter chegado o Cissokho, se falava muito sobre o lugar de lateral-esquerdo na era pós-Nuno Valente. Mas agora os adeptos podem ficar tranquilos, porque vai ter o Álvaro Pereira por algum tempo (risos).
Há quem considere que o Fábio Coentrão é o melhor lateral a jogar em Portugal. Não se sente menosprezado?
Não, não... Ele é um grande jogador e isso de quem é o melhor ou o pior não me interessa muito. O que importa é o dia-a-dia, cada jogo, como acaba a temporada e quem é campeão. Ele defende o Benfica, eu o FC Porto; ele defende a selecção de Portugal, eu o Uruguai. Nunca tive nenhum problema com ele, respeito-o, é um grande jogador, muito valorizado, fez uma grande temporada. Não gosto de entrar nesse tipo de comparações, até porque o que importa é quem ganha troféus.
Mas considera-se um dos melhores laterais esquerdos do mundo?
Não, que é isso? Deixo essas coisas para os jornalistas, eu trabalho apenas para ajudar a equipa. Sou maluco por futebol, sinto-o de uma forma especial, quero ganhar sempre tudo. Há mais jogadores que fazem muito bem a minha posição.
"Villas-Boas é especial porque ganhamos desde o início"
Os elogios a André Villas-Boas são naturais, tão naturais como as vitórias que o FC Porto tem conseguido desde o início da temporada. Álvaro Pereira não quis fazer comparações com outros treinadores, mas sempre foi dizendo que Villas-Boas é especial...
O discurso motivacional é um dos trunfos de André Villas-Boas?
Sem dúvida que ele trabalha muito bem esse aspecto. É um treinador muito inteligente, ambicioso e transmite-nos precisamente essa mensagem. Em cada jogo passa-nos a ideia de que é uma final e isso motiva-nos.
Que mensagem é que tem passado nos intervalos que tem levado a equipa às vitórias, como aconteceu na Luz ou contra o Villarreal?
O treinador nem falou muito, só procurou corrigir alguns erros. Às vezes basta um olhar e todos nos comprometemos: vamos jogar, temos uma desvantagem de dois golos, no caso da Taça, e é ganhar ou morrer. Fomos para o campo, soltámo-nos, atacámos e conseguimos dar a volta. Com o Villarreal aconteceu a mesma situação. Nas eliminatórias da UEFA temos de ganhar e, de preferência, conseguir uma boa vantagem, sendo que, às vezes, os jogadores querem fazer o segundo golo antes de marcar o primeiro. E isso prejudica. Entrámos relaxados na segunda parte e conseguimos uma boa vitória.
Encaixou bem no futebol que André Villas-Boas pretendia para o FC Porto. Que opinião tem do treinador?
Não é só o jogador que tem de se adaptar ao treinador, mas o treinador também se deve adaptar às características dos jogadores que tem à disposição. Ele procurou aproveitar o melhor de cada um de nós. O respeito que temos por ele é o mesmo que tínhamos por Jesualdo Ferreira. Tem demonstrado que tem capacidade.
E sente que tem mais liberdade para atacar?
Não é por aí. Sou um jogador atrevido por natureza, que procura fazer o melhor que sabe mas sempre com responsabilidade. Tenho sempre muita liberdade e sinto-me bem com isso.
O que distingue Villas-Boas dos outros treinadores com quem trabalhou?
Não gosto de fazer comparações, porque todos têm métodos diferentes. Ele é especial porque desde o primeiro dia que temos ganho coisas. Todos os treinadores nos deixam coisas boas e coisas más.
Os penteados que lhe dão sorte
Álvaro Pereira não se cansou de dizer que se sente, no Porto, como em casa. Considerou a cidade "muito bonita", embora tenha ainda "lugares bonitos por conhecer". "Gosto muito e só tem um defeito: chove sempre muito em Dezembro e Janeiro". Quanto à comida, é só elogios. "é uma delícia. Não comia peixe na América do Sul, mas aqui disseram-me que tinha de experimentar. E agora adoro. Também gosto muito de lulas e de marisco. A minha família também. Já as francesinhas, nem tanto". Na exploração da vida mais privada, sobrou ainda uma pergunta: porque razão está sempre a mudar de penteado, às vezes até durante os intervalos dos jogos? "Não é nenhuma superstição. O problema é que, às vezes, a cabeleireira não tem tempo para acabar as tranças e elas acabam por ficar mal com o decorrer dos jogos. É só isso. Ah, mas vou voltar a fazer tranças, porque me deram sorte".
Palito por culpa da dicção do irmão
Álvaro Pereira tem um apelido: Palito. O lateral explicou que, "ao contrário do muita gente pensa", esta denominação não está relacionada com o facto de ter sido sempre magro. Surgiu antes por culpa de um problema de dicção do irmão mais velho... "Quando era pequeno chamavam-me de Alvarinho ou Alvarito. Mas o meu irmão, Danilo, que também era pequeno, não conseguia dizer Alvarito e dizia sempre Alpalito. Depois, na rua, quando íamos jogar futebol, todos me começaram a chamar de Palito. No início, e quem não me conhecia, pensava que era por eu ser magro. Mas não era. Foi mesmo por culpa do meu irmão", contou.
in "ojogo.pt"
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