A sociedade argentina Lucho e Otamendi Lda assinou a vitória portista na estreia na fase de grupos da Taça da Liga, perante o Nacional, o que confere aos azuis e brancos um lugar de destaque com vista para a próxima fase da competição.
Um mês depois, Nacional e F.C. Porto repetiram a dose já servida para a Taça de Portugal, mas, desta vez, Vítor Pereira não deu prendas de Natal antecipadas aos menos utilizados do plantel e lançou as principais estrelas para o embate com os madeirenses.
O dragão, ainda com a espinha atravessada na garganta devido à eliminação aos pés dos insulares na época perfeita de André Villas-Boas, entrou a cuspir fogo, instalou-se no meio campo adversário e dispôs de uma mão cheia de oportunidades para se adiantar no marcador.
As ocasião iam aliás sucedendo-se para os campeões nacionais, mas, independentemente dos protagonistas, a bola acabava por não encontrar os caminhos das redes alvinegras. Os insulares, por seu lado, reconheceram a superioridade azul e branca, baixaram o bloco e apostaram na velocidade dos seus sprinters: Candeias e Mateus.
Mapa de El Comandante
O melhor que se viu dos madeirenses durante toda a primeira parte teve a assinatura dos dois extremos.: num primeiro momento, Candeias aqueceu as mãos de Fabiano e, depois, Mateus ganhou em velocidade, mas perdeu tempo e espaço para remate.
A superioridade portista na partida não estava efectivada no marcador e era, por isso, necessário um navegador capaz de descobrir o caminho para o golo. El Comandante assumiu a responsabilidade e, à semelhança do que já havia feito no encontro da Taça de Portugal, apareceu na área para, desta vez de cabeça, colocar os dragões na frente do marcador.
O golo não tirou os olhos do dragão da baliza de Gottardi e, até ao intervalo, os azuis e branco podiam ter ampliado a vantagem não fosse o guarda-redes alvinegro, com duas grandes intervenções, a negar o golo a Danilo e Mangala.
Sociedade argentina
Os madeirenses acusaram, e de que maneira, o rombo causado pelo golo portista e, com efeito, as transições ofensivas deixaram de sair de forma tão fluída como na primeira metade. E ainda pior ficaram quando Otamendi seguiu o caminho aberto pelo compatriota, encheu o pé, e assinou o segundo para os portistas.
Mesmo com o jogo (praticamente) resolvido os matadores nunca tiram folga e Jackson Martínez continuou a perseguir o golo, por diversas vezes, de várias formas e feitios (pé ou cabeça), mas a estreia do colombiano a marcar na Taça da Liga teimava em não acontecer.
Prendas natalícias
Sentindo que o jogo estava, agora sim, seguro, Vítor Pereira foi resfrescando a equipa, lançando alguns dos jogadores menos utilizados do plantel, como Atsu e Castro. Foi o presente de Natal antecipado em jeito de motivação para os importantes confrontos que se aproximas nos primeiros meses de 2013.
E a verdade é que os dragões não perderam qualidade. Posse e circulação do ésférico, uma espécie de tiki-taka, e algumas oportunidades de golo perante olhar atento de Manuel Machado que ainda tentou abanar o jogo com as entradas de Rondon e Diego Barcelos sem, no entanto, conseguir apagar o fogo que cuspia o dragão.
in "maisfutebol.iol.pt"