Manipulada a timidez imposta pelo ano de adaptação, Miguel Lopes assume uma forte candidatura à titularidade no F.C. Porto. Lateral criado no Benfica e maturado nas passagens pelos Açores (Operário) e por Vila do Conde (Rio Ave), confessa em entrevista ao Maisfutebol estar conquistado pelos «métodos inovadores» de André Villas-Boas e apaixonado pelo reino do dragão.
«Sinto-me diferente, sinto-me melhor. Evoluí muito como homem e como atleta ao longo destes últimos 12 meses. Não estou nada surpreendido com o que encontrei no F.C. Porto. Este clube é muito grande e jogar cá é um sonho tornado realidade», declara o defesa direito, pronto a esquecer rapidamente a lesão que tanto o atormentou no primeiro ano de dragão ao peito.
«Nesta época que agora está a começar quero trabalhar, evoluir e ajudar o F.C. Porto a conquistar todos os seus objectivos. Estou a conhecer outros métodos de trabalho, com um treinador jovem e está a ser óptimo poder trabalhar com ele.»
Além de Sapunaru, titular na Supertaça frente ao Benfica, Miguel Lopes poderá ter ainda a concorrência de Jorge Fucile. O uruguaio continua com a sua situação indefinida, visto ser muito pretendido noutras paragens.
Miguel Lopes prefere não entrar em pormenores sobre os seus candidatos directos a um lugar na equipa e opta por elogiar o grupo de trabalho. «Temos um plantel muito jovem, cheio de ambição e querer. Este ano é para ganhar todos os títulos e mais nada. Isso não pode sair da nossa cabeça.»
«A selecção é uma ambição e não o escondo»
Carlos Queiroz tem Miguel Lopes debaixo de olho. O seleccionador nacional incluiu o jogador do F.C. Porto na pré-convocatória para o Mundial e nos próximos tempos estará naturalmente atento à sua evolução. Aos 23 anos, Miguel Lopes quer começar a ganhar um espaço convincente na Selecção Nacional.
«Essa presença na pré-convocatória foi um reconhecimento ao trabalho que fiz no breve período em que fui titular no F.C. Porto. A selecção é uma ambição, não o escondo, e vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ser chamado», conclui Miguel Lopes, em conversa com o nosso jornal.
16 minutos a prometerem muito(s) mais
O saldo final do primeiro ano de Miguel Lopes não é brilhante, mas tem tudo para ser melhorado na época 2010/11. O lateral conseguiu 12 presenças no campeonato (oito a titular, 729 minutos) e até foi premiado com uma chamada à equipa titular na final da Taça de Portugal, com 62 minutos no Jamor perante o Desp. Chaves. A Taça da Liga serviu para ganhar tempo de competição: cinco jogos, 406 minutos.
Para já, acrescentou 16 minutos à sua conta pessoal, com uma chamada de Villas-Boas na recta final da Supertaça disputada perante o Benfica.
in "maisfutebol.iol.pt"