segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Esta seca incrível tarda em acabar

HULK BEM INSISTE MAS OS GOLOS NÃO APARECEM



Para Hulk, não chove nem faz orvalho. O Incrível já vai no seu 7.º jogo sem conseguir atingir as redes e ontem até teve duas oportunidades...incríveis: uma da marca de penálti e a outra num livre dentro da área do Feirense. O último golo que Hulk marcou esta época aconteceu no final de 2011, na Taça da Liga, frente ao Paços de Ferreira, quando converteu uma grande penalidade.
Por falar em penáltis, Hulk esta época já tinha falhado frente ao Olhanense (num jogo que o FC Porto empatou a zero) e também frente ao Shahktar Donetsk. Afetado por uma lesão em meados de janeiro, o brasileiro ficou em branco nas partidas frente a Sporting, Rio Ave, U. Leiria, Manchester City (duas vezes), V. Setúbal e Feirense, acompanhando a seca meteorológica que afeta o país. Na última época, o avançado esteve 8 jogos sem marcar, de 2 de janeiro a 10 de março. Outro inverno de secura, portanto.
in "record.pt"

Breves

Varela em dúvida para a Luz

Uma lesão muscular na face posterior da coxa esquerda motivou ontem a substituição de Varela à meia hora de jogo. O extremo está assim em dúvida para o clássico na Luz e, entretanto, já foi dispensado do encontro da Seleção Nacional frente à Polónia (ver página 48). O internacional português será reavaliado pelo departamento médico do clube no decorrer do dia de hoje, mas o problema não deixa de ser uma contrariedade para o jogador, que foi titular nos últimos quatro encontros.

Debandada de internacionais arranca hoje

Sendo esta uma semana de compromissos internacionais por parte das seleções, o FC Porto é uma das equipas que mais sofrem com a ausência de jogadores. Vítor Pereira terá por isso de iniciar a preparação do importante jogo frente ao Benfica, agendado para sexta-feira, sem nove jogadores: Rolando, João Moutinho, Hulk, James Rodríguez, Janko, Cristian Rodríguez, Defour, Alex Sandro e Mangala. O Feirense é outra das vítimas dos encontros das equipas nacionais, pois Sténio, Varela e Stopira vão jogar por Cabo Verde a Madagáscar e Ludovic vai juntar-se aos sub-21 de Portugal.

Adeptos aquecema voz para a Luz preparando a festa do título

O golo de James selou o triunfo que recolocou o FC Porto na liderança do campeonato e inspirou os adeptos portistas para a visita ao Benfica para o clássico que será decisivo para o título. A festa fez-se em tom bem alto, com cânticos elucidativos da confiança de que o FC Porto "será campeão na Luz" e, por isso, gritaram os dragões, "apaguem as luzes", numa alusão ao que se passou na época passada no terreno da águia.

Foi o primeiro vermelho direto para Luciano

Em seis épocas a jogar em Portugal, Luciano nunca havia sido admoestado com um cartão vermelho direto. A regularidade do central na equipa do Feirense sempre foi a sua principal imagem de marca, sobretudo por ser um jogador pouco visado em termos disciplinares. Até ontem, Luciano apenas recebera indicações para sair mais cedo dos jogos por força de duplos-amarelos, e nunca por um vermelho direto, que acabou por dar uma grande penalidade, defendida pelo guarda-redes Paulo Lopes.

Sporting ao lado do Manchester

Os habituais Manchester United e Everton, além de Corunha, Celta de Vigo, Novara e Chievo, encabeçaram a lista de clubes estrangeiros credenciados para o jogo de ontem. Entre os portugueses o destaque vai para o Sporting. Estiveram também Nacional, Beira-Mar, Académica, Santa Clara e Portimonense.

Janko destaca a liderança

Depois de sábado ter destacado o empate do Benfica em Coimbra, Marc Janko voltou a usar o Facebook para expressar a satisfação pela subida do FC Porto à liderança da Liga. Para isso, o austríaco, que ficou a um golo de igualar o melhor arranque de sempre de um avançado dos dragões, ainda na posse de Falcao, só precisou de publicar um número: o 1.

in "ojogo.pt""

Tribunal O JOGO

Bem no penálti, mal noutros lances

Os nossos especialistas de arbitragem defendem ter sido correto o julgamento de João Ferreira na grande penalidade favorável ao FC Porto. Já na apreciação de outros lances, há uma clara tendência para apreciações negativas. Apesar de considerar terem sido decisões sem relevância, o trio encontrou motivos para dar dez notas negativas nos outros 12 lances apreciados...

57' Correta a decisão de assinalar grande penalidade a favor do FC Porto por falta de Luciano sobre Janko?

Jorge Coroado +
Indiscutível. Luciano agarrou no braço esquerdo de Janko, puxando e derrubando o avançado. Este estava enquadrado com a baliza e com a bola à mercê - o vermelho exibido foi corretíssimo.
Pedro Henriques +
Grande penalidade corretamente assinalada, pois Luciano agarra e puxa de forma deliberada o braço de Janko. O cartão vermelho também é bem exibido por o defesa destruir uma clara oportunidade de golo.
Paulo Paraty +
Janko, já isolado e com a bola controlada, é agarrado no seu braço esquerdo por Luciano. João Ferreira só podia adotar as soluções técnicas e disciplinares que tomou.

10' Luciano atinge Lucho com o cotovelo à entrada da área. Faltou sanção disciplinar?

Jorge Coroado -
Luciano saltou com o cotovelo sobre Lucho mais para o intimidar do que agredir. Assim, o cartão amarelo justificava-se por comportamento antidesportivo.
Pedro Henriques -
A decisão técnica (livre direto) foi corretamente assinalada. Contudo, ficou um cartão amarelo por exibir pela ação imprudente de Luciano.
Paulo Paraty +
Não. Luciano atinge Lucho com o braço, mas o livre direto é suficiente; trata-se de uma forma de atuação negligente.


26' Buval estava mesmo em posição de fora de jogo?

Jorge Coroado -
Buval não estava fora de jogo. Na esquerda da defesa, um portista colocava-o em posição legal. O inefável Pais António fez das suas.
Pedro Henriques -
Embora em lance de difícil análise, Buval está em linha com o penúltimo adversário no momento em que a bola lhe é passada. Fora de jogo incorretamente assinalado.
Paulo Paraty -
O lance é muito duvidoso, mas pela TV parece-me incorreta a decisão do assistente, que, mesmo em dúvida, deveria ter deixado seguir.

56' É correta a decisão de assinalar fora de jogo a Hélder Castro?

Jorge Coroado -
É duvidoso. Se deixa dúvidas, o benefício deveria atribuir-se ao atacante. Ah!, Pais António, a 70 metros, não tem dúvidas. Como poderia ter aqui?
Pedro Henriques -
Incorreta a decisão, pois Maicon coloca em jogo Hélder Castro no momento em que o colega deste lhe passa a bola.
Paulo Paraty -
É Maicon que coloca Hélder Castro em jogo. Mais um lance muito difícil, mas que, mesmo na dúvida, deveria ter prosseguido.

80'O livre indireto na área do Feirense foi bem assinalado, por bola presa de Siaka Bamba?

Jorge Coroado -
Lance rápido, sem objetividade, que o árbitro extrapolou fazendo má leitura. Bamba movimentava-se, e foi a bola que ficou presa e não ele que a prendeu.
Pedro Henriques -
Não. Só era jogo perigoso passivo e livre indireto se algum jogador do FC Porto fosse tentar disputar a bola com Siaka Bamba, o que não foi o caso.
Paulo Paraty +
Bamba prende a bola e é discutível se, com isso, causa jogo perigoso passivo. Valido a decisão de João Ferreira, pois um jogador do FC Porto ia disputar a bola.

Apreciação Global

Jorge Coroado
Num jogo simples e sem problemas de maior, o árbitro agiu quase sempre em conformidade, falhando em duas ou três situações de somenos.
Pedro Henriques
A principal decisão do jogo (grande penalidade e expulsão) foi correta, pelo que os pequenos lapsos ocorridos perdem a sua importância. Em suma, a arbitragem foi globalmente positiva.
Paulo Paraty
Apesar de algumas falhas ao nível dos foras de jogo, a arbitragem foi consistente e segura num jogo emotivo, com decisões difíceis e de risco.

in "ojogo.pt"

Vítor Pereira: "A pressão é positiva para a nossa equipa"

Depois de ter roubado pontos ao FC Porto na primeira volta, ontem o Feirense roubou serenidade aos adeptos que foram ao Dragão apoiar a equipa de Vítor Pereira. O treinador admitiu a dificuldade em chegar à vitória e valorizou o trabalho do guarda-redes Paulo Lopes, que até uma grande penalidade defendeu. "Viemos de uma sequência grande de jogos, o que nos causou algum desgaste e ansiedade. Jogámos contra uma boa equipa, que nos subtraiu dois pontos na primeira volta, e não foi fácil. As coisas correram melhor na segunda parte e fiquei satisfeito com a entrega e união que a equipa demonstrou", começou por referir o treinador portista.
À 20ª jornada, em vésperas de defrontar o Benfica, o FC Porto voltou ao primeiro lugar. "A equipa sabia que não podia perder pontos. Ganhámos os nossos jogos e somámos pontos. A pressão neste clube é permanente, normal e positiva. Obriga-nos a estar em alerta. O FC Porto precisa de pressão para jogar no máximo", disse Vítor Pereira, que, apesar de todas as tentativas, rejeitou falar sobre o clássico da Luz na próxima jornada. "Não vou falar desse jogo. Apenas o farei na altura própria. O que digo é que estamos na frente da classificação numa altura importante. O futuro ver-se-á."
Vítor Pereira elogiou "a postura que o Feirense teve" no Estádio do Dragão, ao mesmo tempo que desvalorizou a demora em chegar ao primeiro golo. "Tivemos mais de 60 por cento de posse de bola e 11 oportunidades de golo. Ou seja, tentámos marcar. O Paulo Lopes fez um grande jogo e houve mérito do adversário." Sem grande vontade de individualizar, ainda assim o treinador fez dois pequenos parêntesis. "O James é um jogador que tem qualidade. E o Maicon está um belíssimo jogador, seja a central ou a lateral. Está com uma enorme maturidade. À custa dele e não minha."
E se o treinador não quis abordar o clássico, a verdade é que não rejeitou falar sobre outro pretendente ao título. "Não é de agora que o Braga está entre os candidatos. Prova-o dentro do campo".

in "ojogo.pt"

FC Porto um a um


A figura: James 7

Uma arma que há muito não é secreta

Vítor Pereira teima em deixá-lo no banco, e o colombiano não se cansa de gritar que merece ser titular. Ontem, até entrou timidamente para uma posição híbrida entre a ala e o meio, que o confundiu mais a si do que aos adversários. Na segunda parte ganhou asas para desbravar caminho e transformar-se na arma que há muito deixou de ser secreta. Primeiro isolou Janko para que este sofresse falta para penálti; a seguir, de livre, tirou as medidas à cabeça de Maicon e ofereceu-lhe o golo; por fim marcou na sequência de um lance que ele próprio iniciou ainda no seu meio campo. Com tanto brilho, é fácil esquecer os dois golos desperdiçados (45' e 61'). A sua inteligência e a sua capacidade técnica são grandes de mais para caber no banco de suplentes.

Helton 6
Dizer que esteve bem com os pés é o único elogio que se lhe pode fazer depois de 90 minutos sem que o Feirense o tenha posto à prova.

Sapunaru 5
Não se meteu em grandes aventuras e por isso deixou o campo sem o peso de qualquer erro cometido, mas faltou sal à sua exibição.

Rolando 6
Forte pelo ar e a lembrar Otamendi em algumas boas antecipações. Sereno e sempre de olho em Buval.

Maicon 6
O cabeceamento para golo eleva-o ao mesmo patamar de Rolando, depois de uma primeira parte em que, talvez pelo estatuto de titular de que já goza, somou alguns facilitismos desnecessários que, a bem do FC Porto, não surtiram efeito.

Álvaro Pereira 6
Deve ter metido combustível ao intervalo, tal a diferença de velocidade por comparação com o primeiro período do jogo. Incisivo e perspicaz, deixou Janko duas vezes na cara do golo (50 e 54').

Fernando 6
Impressionante a obsessão que os colegas revelaram de lhe dar a bola para que fosse ele o primeiro a pensar o ataque. A agilidade do meio-campo do Feirense esbarrou sempre no seu excelente posicionamento, que garantiu várias recuperações de bola.

Lucho González 6
Por opção do treinador, posicionou-se, como tem sido hábito, quase sempre nas costas do ponta de lança. Como maestro, não distribuiu mal, mas não soube acelerar o ritmo da música de forma a que o Feirense desafinasse. Com mais liberdade na segunda parte, ofereceu o segundo golo a James e ainda atirou à barra.

João Moutinho 5
Tentou chegar à baliza de livre direto sobre o intervalo, num remate de bandeira. Não foi bem-sucedido numa noite em que não brilhou muito, talvez por ter jogado mais recuado do que é habitual. Tem o mérito de saber gerir como ninguém a posse de bola.

Hulk 5
Explodiu depois da lesão de Varela, com dois lances perigosos e uma assistência de bandeja para James falhar. Caiu no segundo tempo e confirmou o período negro que vive em matéria de golos: nem de penálti marcou... É daqueles jogadores que ora empolgam de tanta genialidade, ora fazem desesperar as bancadas com decisões erradas e toques desnecessários.

Janko 5
Sempre no sítio certo para finalizar, faltou-lhe eficácia para brindar uma exibição que, de positivo, leva o penálti ganho e a consequente expulsão de Luciano. Teve três lances de golo - dois com o pé esquerdo e um de cabeça -, mas não conseguiu marcar. Com o direito, nem tentou. E apareceu duas vezes em excelente posição para isso...

Varela 4
Irrequieto logo a abrir, somou depois passes frouxos que irritaram a plateia. Afinal estava lesionado...

Djalma 5
Decisão oportuna, a de Vítor Pereira, ao lançar o angolano no jogo. Com o Feirense completamente encolhido, Djalma acrescentou profundidade à lateral direita e contribuiu para que mais bolas chegassem à área.

Defour 4
Entrou no ritmo de João Moutinho e ajudou a conservar a bola nos últimos minutos.

in "ojogo.pt"

O mesmo argumento num virar de página

A história que o campeonato vinha reescrevendo nos últimos dias confundiu, para o FC Porto, facilidades com facilitismo. O triunfo sobre o Feirense não caiu no regaço, contrariando até a profecia de Jesus, que anunciou um empate técnico no topo da tabela que, mais do que antecipado, teve de ser justificado. Dois golos confirmaram o virar de página na Liga, mas o argumento da vitória não é novo, elegendo James como personagem principal de um enredo que reservou o melhor para o fim. De indolente a excelente, o campeão expôs-se a jogar contra o relógio, contra a inspiração de Paulo Lopes e contra alguma aselhice própria.
Carregando uma série de seis jogos sem ganhar (apenas com dois empates) e a iminente queda para os lugares de descida, o Feirense procurou contrariar a fatalidade da derrota, vendida na véspera como sinopse do filme do próximo clássico. Quim Machado apostou num 4x2x3x1 que lhe permitiu, num primeiro ímpeto, contrariar a saída de bola dos dragões, subindo metros para roubar espaço a Fernando e a João Moutinho. Uma estratégia de risco, mas que o FC Porto não soube expor, insistindo num futebol lento, previsível e com nula mobilidade posicional. Sem sair da zona de conforto, o dragão alimentou uma incómoda igualdade e impacientou-se, contagiando as bancadas. Apesar da presença de Janko, a equipa tendia a afunilar jogo, acentuando uma densidade populacional que favoreceu, claramente, a estratégia do Feirense.
A lesão de Varela foi o mote para a mudança, mas com mais do mesmo. James, pois claro, cuja dinâmica conseguiu desestabilizar a trincheira visitante, arrastando adversários e abrindo espaços que, com velocidade, o FC Porto poderia castigar. Da maré vaza à onda de entusiasmo, o caudal azul e branco inundou a área de Paulo Lopes com oportunidades cantadas que o guarda-redes foi adiando. Por esta altura, já Lucho e Moutinho tinham avançado largos metros, passando a pautar o futebol dos dragões bem perto da área do Feirense e com grande objetividade. O suspiro de alívio parecia ter chegado quando James descobriu uma diagonal para isolar Janko, derrubado por Luciano: penálti e expulsão, mas sem o golo que confirmaria o FC Porto de volta ao topo da tabela.
Paulo Lopes agigantava-se, insinuando que a história de nunca ter sofrido golos no Dragão não era mera curiosidade. Enquanto a fama do guarda-redes crescia, o tempo minguava para o campeão, que lá conseguiu dar a sapatada no resultado em mais uma cabeçada de Maicon, que já tinha marcado no último jogo em casa para o campeonato. Visão de James, pois claro, que minutos depois iniciou e concluiu um lance que tem entrada direta para a nova edição do manual de contra-ataques. O colombiano reforçou o estatuto de melhor marcador da equipa, recuperando um argumento muitas vezes repetido e que adensa as dúvidas sobre a recente predileção por Varela.
Com James, o caudal portista na segunda metade foi tão expressivo que até permitiria uma vitória mais avultada, mas Vítor Pereira dificilmente poderia pedir mais do que a liderança que lhe caiu no colo e que o livrou de vender uma miragem até final da época se não ganhasse na Luz. É certo que, no meio disto tudo, os distúrbios exibicionais são uma questão menor, mas é importante que o FC Porto seja capaz de assumir qual a sua verdadeira face para se ver ao espelho no clássico e perceber se tem feições para este título.
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in "ojogo.pt"


FC Porto 2-0 Feirense - Highlights por simaotvgolo12