segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

FC Porto um a um


A figura: James 7

Uma arma que há muito não é secreta

Vítor Pereira teima em deixá-lo no banco, e o colombiano não se cansa de gritar que merece ser titular. Ontem, até entrou timidamente para uma posição híbrida entre a ala e o meio, que o confundiu mais a si do que aos adversários. Na segunda parte ganhou asas para desbravar caminho e transformar-se na arma que há muito deixou de ser secreta. Primeiro isolou Janko para que este sofresse falta para penálti; a seguir, de livre, tirou as medidas à cabeça de Maicon e ofereceu-lhe o golo; por fim marcou na sequência de um lance que ele próprio iniciou ainda no seu meio campo. Com tanto brilho, é fácil esquecer os dois golos desperdiçados (45' e 61'). A sua inteligência e a sua capacidade técnica são grandes de mais para caber no banco de suplentes.

Helton 6
Dizer que esteve bem com os pés é o único elogio que se lhe pode fazer depois de 90 minutos sem que o Feirense o tenha posto à prova.

Sapunaru 5
Não se meteu em grandes aventuras e por isso deixou o campo sem o peso de qualquer erro cometido, mas faltou sal à sua exibição.

Rolando 6
Forte pelo ar e a lembrar Otamendi em algumas boas antecipações. Sereno e sempre de olho em Buval.

Maicon 6
O cabeceamento para golo eleva-o ao mesmo patamar de Rolando, depois de uma primeira parte em que, talvez pelo estatuto de titular de que já goza, somou alguns facilitismos desnecessários que, a bem do FC Porto, não surtiram efeito.

Álvaro Pereira 6
Deve ter metido combustível ao intervalo, tal a diferença de velocidade por comparação com o primeiro período do jogo. Incisivo e perspicaz, deixou Janko duas vezes na cara do golo (50 e 54').

Fernando 6
Impressionante a obsessão que os colegas revelaram de lhe dar a bola para que fosse ele o primeiro a pensar o ataque. A agilidade do meio-campo do Feirense esbarrou sempre no seu excelente posicionamento, que garantiu várias recuperações de bola.

Lucho González 6
Por opção do treinador, posicionou-se, como tem sido hábito, quase sempre nas costas do ponta de lança. Como maestro, não distribuiu mal, mas não soube acelerar o ritmo da música de forma a que o Feirense desafinasse. Com mais liberdade na segunda parte, ofereceu o segundo golo a James e ainda atirou à barra.

João Moutinho 5
Tentou chegar à baliza de livre direto sobre o intervalo, num remate de bandeira. Não foi bem-sucedido numa noite em que não brilhou muito, talvez por ter jogado mais recuado do que é habitual. Tem o mérito de saber gerir como ninguém a posse de bola.

Hulk 5
Explodiu depois da lesão de Varela, com dois lances perigosos e uma assistência de bandeja para James falhar. Caiu no segundo tempo e confirmou o período negro que vive em matéria de golos: nem de penálti marcou... É daqueles jogadores que ora empolgam de tanta genialidade, ora fazem desesperar as bancadas com decisões erradas e toques desnecessários.

Janko 5
Sempre no sítio certo para finalizar, faltou-lhe eficácia para brindar uma exibição que, de positivo, leva o penálti ganho e a consequente expulsão de Luciano. Teve três lances de golo - dois com o pé esquerdo e um de cabeça -, mas não conseguiu marcar. Com o direito, nem tentou. E apareceu duas vezes em excelente posição para isso...

Varela 4
Irrequieto logo a abrir, somou depois passes frouxos que irritaram a plateia. Afinal estava lesionado...

Djalma 5
Decisão oportuna, a de Vítor Pereira, ao lançar o angolano no jogo. Com o Feirense completamente encolhido, Djalma acrescentou profundidade à lateral direita e contribuiu para que mais bolas chegassem à área.

Defour 4
Entrou no ritmo de João Moutinho e ajudou a conservar a bola nos últimos minutos.

in "ojogo.pt"

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