Mais efusivo no relvado do que na tribuna, Pinto da Costa viveu a final que conduziu ao quinto título europeu do FC Porto sem surpresas. O jogo "muito difícil", como previra, e o final feliz: "FC Porto e Braga são as duas melhores equipas da actualidade do futebol português. Sabíamos que o Braga dificultaria e vencemos bem". Não foi só dentro do campo que a final teve sabor de vitória: "Foi uma grande festa do futebol, como tinha previsto. Não foram importantes só os 90 minutos de jogo. Foi importante os dois clubes terem dado, em Dublin, através dos seus milhares de adeptos, uma prova de que o futebol pode também, dentro da rivalidade, ser um espectáculo, ser amizade, compreensão. Acima de tudo, as equipas proporcionaram um grande espectáculo e foi muito bom para o futebol português, e creio até, como me foi referido aqui, por vários dirigentes da UEFA, para a boa imagem de Portugal". Para recordar a conquista da Liga Europa fica a recordação das emoções no estádio, "uma alegria muito grande e a consciência do dever cumprido". "Não sei se há muitos clubes na Europa que, em nove anos, tenham conseguido vencer três provas da Europa e, de 2003 a 2011, o FC Porto venceu pela terceira vez. Isto é um sinal da nossa força e da nossa permanente presença no topo do futebol europeu". Depois de Dublin, fica a faltar a festa no Jamor, a este final de época que já considera "excepcional": "Vencer a Supertaça, vencer o campeonato sem derrotas, pela primeira vez na história do FC Porto, e vencer pela primeira vez para Portugal a Liga Europa já é uma época excepcional. A vitória com o Guimarães, na final da Taça de Portugal, vamos tentar consegui-la, mas, não é por isso que a época será excepcional ou deixará de o ser. Será a cereja no topo do bolo, difícil, porque Guimarães tem uma grande equipa e adeptos fantásticos".
"Não precisamos de vender ninguém"
Pinto da Costa não estará na Baixa, hoje, numa festa que "tem de ser para os jogadores e para o treinador", mas deixou uma boa notícia aos adeptos. O FC Porto não está vendedor. "O que tinha a fazer, já fez, porque o Bruno Alves só entrou nas contas deste ano que vem, portanto, em termos de contas, não precisamos de estar a vender ninguém. Em circunstâncias normais, vamos manter todos os principais jogadores, aqueles que o treinador considera nucleares", revelou, sem recear que um grande clube europeu perca a cabeça por André Villas-Boas: "Um dos grandes da Europa somos nós. Se já o temos, não precisamos de perder a cabeça".
in "ojogo.pt"
Sem comentários:
Enviar um comentário