O FC Porto soma e segue. Conseguiu a sexta vitória consecutiva no campeonato, a décima em jogos oficiais esta temporada e a vigésima contando com a recta final da época anterior. Números impressionantes. O Olhanense chegou ao Dragão com a defesa menos batida do campeonato e saiu de lá com o dobro dos golos encaixados até então. Sofreu também a primeira derrota e deixou o título de equipa invicta para o FC Porto e o Paços de Ferreira. Apesar das vitórias do Braga, na véspera, e do Benfica, também ontem, a equipa de André Villas-Boas conseguiu aumentar a vantagem em relação aos mais directos perseguidores (derrota do Guimarães e, claro, do Olhanense).
A vitória de ontem foi a menos expressiva dos jogos realizados esta época no Dragão. Não devido ao menor fluxo atacante dos portistas, mas sim à maneira de jogar do Olhanense. A equipa de Daúto Faquirá começou com dois trincos e muitas cautelas defensivas, descurando mesmo as saídas para o ataque. A condução do jogo foi sempre do FC Porto, da mesma forma que as primeiras investidas bateram sempre na muralha algarvia. Belluschi foi o primeiro a pensar numa solução. Remates de longe, pois claro. A segunda solução passou por trocas de bola constantes à entrada da área, tabelas e desmarcações. Um clássico de Villas-Boas.
Se Faquirá não inovou nada, apresentando a equipa esperada e à espera do adversário, o FC Porto surgiu com uma alteração: Otamendi no lugar de Maicon. Apesar de uma boa parte dos adeptos desejarem há muito tempo ver Otamendi em acção, a decisão de André Villas-Boas de tirar Maicon da equipa não foi fácil de explicar. Mas, qual premonição, aos 23' o central argentino tratou de dar razão ao treinador. Marcou o primeiro golo do jogo no primeiro remate à baliza que fez e na primeira subida à área contrária, surgindo no sítio certo depois de um remate de Hulk e de uma defesa incompleta de Moretto. Por falar em Moretto, os adeptos portistas continuam a tê-lo em boa conta, a avaliar pelos assobios que lhe dedicaram. Por falar em Hulk, antes do primeiro golo, que teve uma grande contribuição dele, um minuto antes tinha deliciado as bancadas com um "slalom" impressionante que acabou com uma defesa de Moretto para canto.
Ao contrário do esperado, o golo portista não mudou a forma de jogar do Olhanense. O FC Porto também não mudou. Com mais posse de bola, continuou a atacar por onde podia, tentando descobrir brechas na defesa e com João Moutinho em plano de destaque no meio-campo. E, claro, Hulk. Depois de um remate fortíssimo ligeiramente ao lado, em cima do intervalo o brasileiro aproveitou uma falha de Maurício, cavalgou para a área e fuzilou Moretto.
E, agora, o Olhanense mudou a forma de jogar? Mudou, mas mais devido à permissão do FC Porto na segunda parte. Apesar de ter mais posse de bola do que em relação à primeira parte, a equipa algarvia só conseguiu aproximar-se com perigo de Helton por duas vezes. A entrada de Lulinha favoreceu as trocas de bola. Mas aos poucos o FC Porto foi retomando o controlo do jogo e, com a entrada de Rúben Micael e a saída de Hulk, também mudou o desenho táctico, agora em 4x4x2. E o terceiro golo podia ter chegado se Fernando soubesse desviar para a baliza um cruzamento de Álvaro Pereira. Incrível a falha. Assim, o Olhanense saiu do jogo como a equipa que sofreu menos golos do FC Porto esta época, no Dragão.
in "ojogo.pt"
1 comentário:
Olá boa tarde,
Ontem entramos muito bem no jogo, a pressionar alto, a circular rapidamente a bola, e foi com naturalidade que chegamos ao primeiro golo e depois ao segundo a fechar a primeira parte.
Hulk e Varela foram sempre uma seta apontada à baliza de Moretto.
A Olhanense não conseguia sair de trás por força da nossa capacidade de pressão.
Moutinho e Fernando fizeram um excelente jogo.
Na segunda parte com o resultado feito e tirámos o pé do acelerador, e controlamos sempre a Olhanense mentalizada com a derrota, que apenas fez um remate ao minuto 90.
Destaque para as excelentes exibições de Moutinho e Fernando, para Hulk que é um portento de força.
Nota ainda para Otamendi, que ontem demonstrou que tem capacidade de liderança da defesa. Muitas vezes o vimos a falar com os colegas na coordenação defensiva. O facto de ter capitão no clube anterior dá-lhe essa experiência de liderança.
É nitidamente um central de marcação, bem mais agressivo que Maicon ou Rolando.
Agora temos a liga Europa, e depois é importante vencer o Guimarães antes da paragem do campeonato.
Se ganharmos em Guimarães teremos a possibilidade de quando recebermos o Benfica ampliar a distância pontual.
Abraço e bom domingo
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.com
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