domingo, 3 de outubro de 2010

Atacar a meta-volante para arrasar o pelotão


André Villas-Boas deu o exemplo do Sp. Braga para ilustrar como um arranque recheado de vitórias pode não ser suficiente para conquistar o título. No entanto, o verdadeiro desafio para este FC Porto, em termos de registos históricos, e se olharmos para o que aconteceu este milénio na Liga portuguesa, consiste sobretudo em superar... Jesualdo Ferreira.

Em 2007/08, os dragões concretizaram uma etapa inicial de sonho com o professor ao leme e, depois de vencerem na 7.ª ronda, em Coimbra (golo de Lucho, de penálti), ficaram com uma vantagem de 7 pontos sobre uma dupla composta por Sporting e... Marítimo. Nesse ano, o FC Porto apenas foi travado à 9.ª jornada, quando empatou em casa com o Belenenses (1-1).

O que pode realmente estabelecer um recorde é a vantagem pontual entre os azuis e brancos e a concorrência direta. Tendo em conta que o V. Guimarães era um dos adversários com 11 pontos no final da 6.ª jornada, um sucesso do FC Porto no berço eliminaria desde logo um problema. Nesse cenário, bastaria que o Sp. Braga não vencesse na Luz para que Villas-Boas pudesse encerrar este ciclo da melhor maneira, partindo para uma longa paragem da Liga com 9 ou 10 pontos de vantagem sobre os perseguidores menos distantes.

Ímpar

Numa fase tão prematura do campeonato, quando ainda nem um terço da prova está cumprido, as margens pontuais entre o primeiro classificado e a oposição têm-se revelado bastante mais suaves. Note-se que, recuando 10 temporadas, apenas o primeiro posto do Boavista, em 2001/02, chegava aos 3 pontos, ficando todas as restantes lideranças numa situação muito renhida.

Mesmo o Sp. Braga, que venceu 7 jogos de rajada, em 2009/10, só beneficiava de 2 pontos de margem para respirar. A este nível, as evidências comprovam que só o FC Porto dinamita a regra graças às exceções de 2007/08 e, agora, de 2010/11.

in "record.pt"

Sem comentários: