segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dragão a dois tempos

O Sporting estudou bem o FC Porto, mas ficou-se pela página 15, num livro de estudo que tinha 60.

Ou seja, os leões fizeram tudo o que deveriam ter feito nos primeiros 15 minutos de jogo, momento que atingiram a vencer por 8-2, encontrando um sistema defensivo capaz de travar o adversário e conseguindo escolher o local e a direcção das finalizações ideais para ultrapassar a temível defesa portista. O problema é que, passado esse quarto de hora, o Sporting esqueceu tudo o que fizera e permitiu ao FC Porto, que nunca desistiu de procurar o antídoto para o domínio dos sportinguistas, encetar uma recuperação que acabaria por levar os campeões nacionais para a frente do marcador ainda antes do intervalo.

Por outro lado, Ljubomir Obradovic teve a capacidade de ir lendo o jogo e adaptando as práticas dos seus jogadores ao que se ia passando em campo, e fê-lo até que a equipa passasse a render o seu habitual. Com um grupo que tem por característica lutar por todas as bolas, o técnico acabaria por ver a sua persistência dar frutos.

Quanto ao Sporting, as ausências de Petric e Galambas limitam as opções de Faria que, mesmo assim, teve Zelenovic sem sair do banco. E mesmo que tenha sido notório que os leões chegaram ao Dragão com a pressão de não sofrerem o terceiro desaire consecutivo - o que veio a acontecer - e mostraram vontade de contrariar o favoritismo portista, também foi notório que a equipa baixou os braços demasiado cedo, mostrando-se menos lutadora do que seria desejável, sobretudo nos últimos 15 minutos de jogo, quando ainda poderiam almejar outro desfecho.

Com a recepção ao ABC marcada para a próxima quarta-feira, a candidatura do Sporting ao título está, para já, a viver dias difíceis.

Figura: Hugo Laurentino


Os contra-ataques começam nele

O guarda-redes do FC Porto foi o principal responsável, em campo, pela reviravolta no rumos dos acontecimentos. Voltou a fechar a baliza e a proporcionar diversos contra-ataques que terminaram em golos.

"Fomos como uma fénix"

O técnico considerou que a má entrada da sua equipa foi "uma excelente experiência para os jogadores, que souberam o que têm de fazer para recuperar de uma desvantagem de seis golos". "Fomos como uma fénix, renascemos para o jogo depois de uma má entrada, o que não é habitual. A segunda parte foi mais fácil", acrescentou Obradovic, valorizando o facto de "o FC Porto ter ganho a uma boa equipa, que não queria perder mais jogos".
in "ojogo.pt"

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