domingo, 10 de outubro de 2010

Helton responde a ameaça com aparente desafio

As notícias da possibilidade de o Benfica não comparecer no clássico do Dragão, relacionadas com a ameaça "surpresa" sugerida por Luís Filipe Vieira, caso o autocarro do clube fosse novamente apedrejado, foram comentadas por Helton num tom de aparente desafio.

"Muitas vezes acabamos por falar muito, infelizmente. É melhor ser, fazer e mostrar do que falar", referiu o jogador do F. C. Porto, durante a acção de lançamento da sexta escola da "Dragon Force", ontem de manhã, no Estádio Pina Manique, em Lisboa.

Num tom sereno, o guardião dos azuis-e-brancos concedeu uma mensagem que até pode ser de dupla interpretação, uma vez que permite meramente enfatizar a tese da primazia do trabalho sobre o poder da palavra ou desafiar a consumação da ameaça.

Por outro lado, o jogador manteve total serenidade e preferiu não alimentar a polémica gerada pelas acusações de principais beneficiados das arbitragens. "Sei muito do que se passa no balneário do F. C. Porto. O que sucede lá fora não tenho qualquer conhecimento", acentuou.

Na mesma linha, deixou um sinal suave sobre a censura dos responsáveis ao desempenho de Carlos Xistra no jogo de Guimarães. "Falo muito do grupo. Houve momentos em que achámos que poderia ter sido diferente. Mas se a, b ou c fez ou deixou de fazer, isso não compete aos jogadores", salientou.

O atleta prefere centrar o pensamento na vertente desportiva e não duvida que o empate de Guimarães não afecta a cultura de triunfo implementada no clube. "Entramos sempre para vencer. Não o conseguimos, mas não morremos por isso", sublinhou.

O segredo da solidez defensiva do conjunto - apesar das saídas, apresenta o quinto melhor registo europeu - é atribuído "à confiança" adquirira pela acção do treinador.

"Como o trabalho é mais fácil e a confiança maior, todos se ajudam. Não nos preocupamos com o que o companheiro faça, mas com a possibilidade de o adversário complicar a tarefa e estarmos lá para o ajudar", destacou.

Por outro lado, rejeitou qualquer dificuldade no exercício da liderança na equipa: "O papel do capitão do F. C. Porto tem de ser interpretado por todos os jogadores. Aí, não há dificuldade de transmitir qualquer coisa. Se todos formos, todos falamos...".

in "jn.pt"

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