sábado, 15 de janeiro de 2011

Bancada VIP


Manuel Serrão

"Tentar dar ópera e todos os jogos deve ser o objectivo"

"Como adepto, percebo a postura do treinador, que defende o melhor para a equipa e, se possível, sem assobios. Faria o mesmo se estivesse no lugar dele. Mas há uma coisa sagrada, que é a de que o adepto tem sempre razão. Paga o bilhete e, se não estiver contente, assobia. É o primado da liberdade. Não sou muito de assobiar. Assobiar no fim, se houvesse motivos para tal, seria o ideal. O objectivo não pode ser o de não haver ópera em todos os jogos, mas sim o de tentar dar ópera em todos os jogos."

Jaime Magalhães
"No meu tempo sentíamos mais os assobios"

"Vejo os assobios como algo de normal, que acontece há muitos anos. Há jogos menos conseguidos por parte da equipa, e aqueles adeptos que estão em todas as partidas por vezes não gostam e assobiam. Parece-me normal no FC Porto e em qualquer equipa. Trata-se do espírito crítico do adepto. Felizmente, os jogadores não estão habituados aos assobios e, quando acontecem, não ficam afectados. Se fossem todos portugueses, sim. No meu tempo sentíamos mais; à terceira, já não podíamos errar o passe...".

Álvaro Magalhães
"Ainda não encontrei motivos para assobiar esta época"

"Os adeptos exprimem-se justamente porque não são espectadores de ópera, mas adeptos de futebol. Também sou desses, embora esta época ainda não tenha encontrado motivos para assobiar. Os que o fizeram talvez sejam adeptos mais susceptíveis (que são os melhores, os que mais sofrem). Desde o jogo com o Setúbal que se instalou alguma inquietude nas bancadas, mesmo porque o melhor Benfica está de volta. Os que assobiam não querem ópera nem espectáculo, apenas a segurança e consistência de volta."

Rui Moreira
"Acho bem que Villas-Boas chame os adeptos à atenção"

"Tenho dito muitas vezes que, hoje em dia, o conforto dos estádios leva muitos pipoqueiros ao futebol, que ficam a beber Coca-Cola e à espera de que o jogador marque um golo na primeira ocasião para depois poder passar o tempo com um cartaz na mão a dizer 'Dá-me a tua camisola'. O futebol não é assim. Um jogador tem de arriscar e ser imprevisível. Acho muito bem o treinador chamar a atenção dos adeptos quanto aos assobios. Não assobio e, mesmo que quisesse, não saberia fazê-lo."

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