O FC Porto voltou às vitórias depois do deslize frente ao Nacional na Taça da Liga e colocou a pressão toda em cima dos ombros do Benfica que hoje entra em campo sabendo que a diferença para o líder do campeonato está nos dois dígitos: ao certo, mesmo provisórios, são 11 pontos de avanço garantidos com uma exibição personalizada e uma goleada que parece querer dar razão aos responsáveis portistas quando dizem que não precisam de contratar mais avançados. Ontem, mesmo sem Falcao e com Walter sentado no banco, o FC Porto marcou quatro golos ao Marítimo, vencendo exactamente pelos mesmos números da última época e provando pelo caminho, com o devido pedido de perdão para os defensores dos direitos dos animais, que há mais do que uma maneira de esfolar um gato. E durante algum tempo, o Marítimo foi um gato particularmente difícil de esfolar.
Tal como O JOGO avançou em primeira-mão, André Villas-Boas mexeu em todos os sectores da equipa. Helton voltou para a baliza, Sapunaru e Otamendi recuperaram os respectivos lugares na defesa, Belluschi regressou à sua posição no meio-campo e até Varela cumpriu as profecias que davam como certo o seu regresso à equipa depois de recuperado da lesão que o afastou dos cinco jogos anteriores. A novidade, pelo menos para quem não lê O JOGO, foi a utilização de Hulk como ponta-de-lança, o que, com James na esquerda, permitiu a construção de um tridente ofensivo muito móvel, rápido e flexível. Foi esse tridente, devidamente municiado pela inteligência e criatividade de João Moutinho e Belluschi, o responsável pelas primeiras oportunidades de golo, logo nos instantes iniciais da partida. Curiosamente, apesar da eficácia das alterações introduzidas por André Villas-Boas na equipa, seria precisamente um jogador em que não mexeu a decidir o jogo. Com Fernando recuperado, houve quem adivinhasse o seu regresso ao lugar de trinco, mas Villas-Boas resolveu não tirar o tapete a Guarín, premiando a boa resposta dada pelo colombiano após a lesão de Fernando. E foi Guarín quem desatou o nó que o Marítimo tinha conseguido dar no jogo.
Com a velocidade de Djalma e Baba a manter a defesa portista em respeito e com o superpovoamento do meio-campo defensivo a complicar o futebol apoiado da equipa de Villas-Boas, o Marítimo tinha conseguido garantir que o domínio exercido pelo FC Porto desde o início fosse pouco mais do que inconsequente, jogando com o cronómetro e a pressão das bancadas para ampliar o nervosismo do anfitrião. E foi assim até Guarín se fartar de tentar encontrar um caminho por entre os problemas criados pelos madeirenses e resolver sobrevoá-los. Aos 37', o colombiano recebeu um passe de Varela em zona frontal. Sem marcação, com espaço à sua frente, Guarín puxou a perna atrás. Houve quem pensasse num excesso de optimismo quando a bola partiu, mas o facto é que, quase quarenta metros mais à frente, entrou com estrondo na baliza de Marcelo. A vantagem retirou pressão aos portistas e abanou a estrutura montada por Pedro Martins. De tal maneira que a primeira parte acabaria com um remate ao poste de Moutinho, depois de uma excelente combinação com Guarín.
O segundo golo chegaria apenas na etapa complementar, curiosamente logo depois do Marítmo ter ameaçado Helton. Djalma ultrapassou Sapunaru em velocidade, cruzou para a área e Baba só não marcou porque Rafa estava lá a pressionar. Na resposta James e Hulk combinaram em zona frontal. O colombiano faz o passe para o brasileiro e arrastou consigo um defesa, abrindo espaço para o remate de Hulk, sem hipótese para Marcelo. O jogo parecia resolvido aí, mas o Marítimo ainda conseguiria reduzir. Um livre, a castigar falta de Sapunaru sobre Djalma, foi cobrado por Sidnei. Enquanto o romeno recebia assistência fora das quatro linhas, Baba chegava mais alto que os centrais e batia Helton, ameaçando ressuscitar o jogo. Já com Fernando em campo e com Guarín a jogar mais adiantado no terreno, seria o colombiano a dar-lhe a estocada final, confirmando uma das melhores exibições de sempre no FC Porto com mais um golo bem desenhado. O Marítimo acabou aí, o que explica a facilidade com que James marcou o quarto golo do FC Porto, oferecido por Hulk, e a oportunidade que Villas-Boas deu a Mariano para voltar ao relvado do Dragão e ouvir uma das maiores ovações da noite.
in "ojogo.pt"
1 comentário:
Mais uma vitoria importante rumo ao titulo.
Um bom jogo da nossa equipa com grandes golos á mistura.
parabéns pelo blog.
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