FC Porto um a um

A figura

Walter | Marcar, assistir e também resolver

Ontem não houve um elemento mais decisivo do que Walter. Basta ver que marcou o primeiro golo (recarga após um livre de Hulk), fez a assistência para o segundo (Rafa) e ainda teve uma participação essencial no terceiro (foi dele o remate antes de a bola sobrar para Fernando). Apesar da utilização reduzida, o brasileiro já vai em sete golos, sendo o grande candidato ao lugar do lesionado Falcao para o jogo de sábado. A forma de jogar do camisola 18 não é consensual, porque mostra lentidão de raciocínio e, por vezes, não toma a decisão correcta de passe, mas consegue estar no sítio certo quando é preciso.

Helton | Atenção máxima nas poucas intervenções que foi obrigado a fazer, destacando-se a aliviar o perigo nas bolas cruzadas para a área. E ainda foi à outra área acalmar os SuperDragões e aconselhá-los a não alvejarem Paes com objectos.

Fucile | Exibição compacta, dividida entre a defesa e o ataque. Teve mesmo um grande pendor ofensivo durante todo o jogo e cheirou o golo perto do intervalo, após um passe de Walter, mas rematou ao lado.

Otamendi | Tranquilamente, mandou na área recuada. Bem posicionado, foi eficaz e ainda evitou que o perigo chegasse à baliza quando ofereceu o corpo à bola após um remate de Wang.

Maicon | Também não foi sujeito a grandes aflições e evidenciou-se com um par de cortes de cabeça. Na área do Beira-Mar destacou-se com um cabeceamento ao lado.

Rafa | Estreou-se a marcar com a camisola do FC Porto. Lançado por Walter, aguentou a pressão de Jaime na área aveirense e rematou cruzado fora do alcance de Paes. O golo foi um prémio justíssimo para, talvez, a melhor exibição desde que chegou ao clube. Esteve seguro a defender, evitou que o adversário atacasse pelo seu flanco, e ainda assinou cruzamentos perigosos.

Fernando | Grande actuação do brasileiro. Antes de mais, foi um muro para o Beira-Mar, com inúmeros cortes e recuperações. Não negou a participação nos processos ofensivos, marcando mesmo o melhor golo da noite. Aproveitou um ressalto após um remate de Walter e, de muito longe, bateu Paes de forma espectacular.

João Moutinho | Actuação a meio gás, sem grande rasgo ao nível do passe. Villas-Boas quis gerir o esforço do médio e deixou-o ficar no balneário ao intervalo.

Souza | Se foi verdade que sofreu a falta que deu origem ao primeiro golo, no resto do jogo não esteve em plano de evidência, à excepção de uma assistência para James.

Hulk | Em 45 minutos fez muitas coisas e quase todas bem. Antes de mais, foi sempre um perigo para a defesa aveirense, porque utilizou a velocidade e o remate. Participou decisivamente na abertura do marcador, com um remate violento que Paes não segurou e que Walter aproveitou. Fez ainda uma assistência para Walter e tentou o golo em mais duas ocasiões, proporcionando defesas incompletas do guarda-redes aveirense.

James | Inconformado, optou pelos duelos individuais, conseguiu alguns cruzamentos perigosos e tentou o golo em remates de longe. Participou na jogada do terceiro golo.

Rúben Micael | Melhor do que Moutinho, ligou bem o meio-campo ao ataque com passes acertados.

Mariano | Muita vontade e poucos resultados práticos, se bem que se possa queixar de um penálti não assinalado.

Belluschi | Esteve perto do golo cinco minutos depois de ter entrado.