Se há um ano Pinto da Costa pediu em Espinho um inquérito aos "apitos encarnados", solicitando a intervenção do secretário de Estado do Desporto para investigar eventuais suspeitas em relação ao rival da Luz, ontem o alvo escolhido pelo presidente do FC Porto pouco mudou: o Benfica continuou no seu ponto de mira. Com o governador civil de Aveiro presente na sala (José Mota), Pinto da Costa começou por responder ao repto lançado pelo líder da Casa do FC Porto de Espinho, Júlio Lemos, que tinha suspirado para que aparecesse em breve "não um clone, mas alguém parecido" com o presidente portista para liderar o emblema no futuro. "Vou pensar nisso do clone, mas se calhar vai ser um sucesso. Também disseram que Villas-Boas era um clone e foi mais do que isso. Saiu um grande treinador", disse Pinto da Costa no início da intervenção.
O presidente do FC Porto concordou com a homenagem feita ao guarda-redes Helton e contou um episódio que se passou antes da Supertaça "com os vermelhos", como fez questão de se referir ao rival da Luz. "Antes do jogo o Helton disse-me que era uma honra ser o capitão. Disse-lhe que se não sofresse golos era logo promovido a major". Para Pinto da Costa, o ambiente descontraído e unido que se vive no FC Porto é um dos trunfos para lutar contra as injustiças de que, segundo ele, o clube é alvo. "No início da época houve uma reunião dos vermelhos na qual estiveram o José Manuel Delgado e o Guerra, do jornal A Bola, e o cineasta António-Pedro Vasconcelos. O objectivo era atacar o FC Porto. Há dias deram-nos uma página inteira, mas apenas porque era mentira. Disseram que o Falcao ia para o Arsenal", afirmou o líder dos dragões perante os aplausos da plateia.
Apesar da vantagem de oito pontos sobre o Benfica, Pinto da Costa espera uma caminhada difícil até ao fim do campeonato. "Vão tentar tudo para não sermos campeões", garantiu o presidente portista. "Mas estamos unidos e atentos. Um dia o ridículo tem que ter limites. Com o apoio dos nossos adeptos, estamos no caminho certo para ser campeões", disse Pinto da Costa no final de uma intervenção que durou cerca de dez minutos e que fez vibrar a sala do Casino de Espinho.
in "ojogo.pt"
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