Hulk brilha em Portugal, mas não se impõe na selecção brasileira. Aconteceu o mesmo com Jardel, mas a situação do incrível assume contornos distintos, pois a expressão a nível europeu tem sido elevadíssima e não se percebe muito bem como é que o seleccionador não dá, pelo menos, maior tempo de utilização a um futebolista cujas características são muito diferentes das restantes opções de ataque.
Os brasileiros desconfiam de Hulk. Muitos jornalistas, em conversa com a reportagem de A BOLA em Paris, fizeram a mesma questão: «Ele é assim tão bom?»
Uma simples observação a alguns vídeos disponíveis na internet permitiria refazer a imagem desfocada sobre a estrela da Liga portuguesa, mas continua a prevalecer a ideia de que Hulk é apenas um jogador de força e não da técnica tão apreciada pela torcida, e que existem muitos nomes em posições mais destacadas entre as hipóteses consideradas pelo seleccionador para formar o ataque do Brasil.
O próprio Mano Menezes deu uma prova dessa desconfiança no embate do Estádio de França. A perder por 1-0, a jogar com 10 e sem poder de fogo no ataque, manteve Hulk a aquecer durante toda a segunda parte e só lhe deu ordem de entrada a cinco minutos do fim. O avançado procurou fazer pela vida, esforçou-se para dar nas vistas e até esteve perto de marcar o golo do empate, deixando a imprensa do seu país com as mesmas dúvidas.
in "abola.pt"
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