Helton pode estar a caminho de fazer o melhor campeonato desde que está em Portugal. Motivadíssimo desde o início da temporada e com maior responsabilidade, pois passou a usar a braçadeira de capitão, o guardião portista leva apenas sete golos sofridos, à 24ª jornada. Parecido, só na segunda época de Jesualdo Ferreira no clube, em que à mesma altura tinha sofrido nove golos.
Helton da Silva Arruda nasceu a 18 Maio de 1978, em S. Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro. Já vestiu a camisola da canarinha, mas é hoje, indiscutivelmente, um dos melhores guarda-redes a actuarem na Europa. Não se livra de algumas críticas, até de algumas desconfianças. Por exemplo, o jogo de pés incomoda sobremaneira os adeptos, porque o guarda-redes joga quase no limite e não se inibe de fintar um adversário, mesmo quando não tem um colega por perto. Os adeptos não gostam e às vezes assobiam.Helton já disse que fica triste com isso, porque «é aborrecido, ao cabo de uma semana de trabalho duro, chegar ao domingo e não ver reconhecido esse trabalho». Mas hoje, os adeptos até esse pormenor lhe perdoam, porque o guarda-redes está num momento de forma excelente.
Quando a equipa não entra bem no jogo e o adversário aproveita para se aventurar, tem sido Helton a dar confiança com defesas bonitas, arrojadas, ou simplesmente reveladoras de uma extrema concentração no jogo. Os números do campeonato, e só do campeonato, dão uma ajuda importante para justificar todos elogios: apenas sete golos sofridos, à 24.ª jornada (na época passada tinha sofrido três vezes mais esse golos).
Ou seja, também se pode concluir que a boa época do FC Porto começa, realmente, na baliza. A confiança de Helton, o estatuto que o futebolista ganhou no clube, colocam-no num plano bem agradável, como já não se via desde o tempo de Baía. Não é tão espectacular ou elegante, mas tem um nível que bate certo com a qualidade desta equipa de André Villas Boas.
in "abola.pt"
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