Ex-médio russo explica a mudança da Luz para as Antas
A dupla transferência agitou o mercado no Verão de 94. Kulkov e Iuran do Benfica para o F.C. Porto. Só faltaram parangonas escritas em cirílico. «Foi a loucura. Ninguém percebeu o que se tinha passado.» Kulkov ajuda a perceber, em conversa com oMaisfutebol.
«Foi tudo rápido. O Toni saiu do Benfica, chegou o Artur Jorge e disseram-me que não contavam connosco. Começámos à procura de um clube. Poucos dias depois, o Cherbakov [na altura jogador do Sporting] teve um acidente gravíssimo e foi por culpa disso que acabámos no F.C. Porto.»
Confuso, leitor? Calma, Kulkov explica. «Ele era meu grande amigo e passávamos muitas horas por dia no Hospital de São José, em Lisboa. Cruzávamo-nos regularmente com o senhor Bobby Robson e com o José Mourinho, que o tinham treinado em Alvalade. Num certo dia o senhor Robson perguntou-nos como estavam a correr as coisas no Benfica e expliquei-lhe que já não jogávamos lá. Éramos futebolistas livres.»
Já se percebeu o resto da história. Bobby Robson convidou os dois russos para o F.C. Porto e fez bom uso deles. Os azuis e brancos foram campeões; Kulkov fez 24 jogos e dois golos; Iuran participou em 23 e quatro golos.
E como foi trabalhar com o melhor treinador do mundo? José Mourinho, não Robson. «Era muito próximo dos jogadores, era mais um de nós. Participava nos almoços, falava muito connosco, tinha as conversas que o senhor Robson não podia ter. Parecia um psicólogo.»
in "maisfutebol.iol.pt"
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