quarta-feira, 27 de abril de 2011

Villas-Boas: «Os jogadores é que nos têm levado»

Treinador do F.C. Porto antecipa jogo com o Villarreal


André Villas-Boas deu o papel central aos jogadores, na véspera da primeira mão da meia-final da Liga Europa, frente ao Villarreal. 


«Há um sentimento de grande alegria que nos invade por estarmos presentes, uma competição europeia de valor extremo, mas não lhes posso oferecer mais, eles é que nos oferecem pela sua capacidade no jogo, eles é que nos têm levado a nós ao sucesso», afirmou o treinador do F.C. Porto em conferência de imprensa, tendo refutado ter mais experiência que o plantel por ter disputado meias-finais europeias, quando trabalhava como observador de José Mourinho. 


Quanto ao Villarreal, o treinador rejeitou tirar grandes conclusões da derrota de domingo frente ao Sevilha, um adversário que o F.C. Porto já venceu nesta Liga Europa: «Não é por pensar que o F.C. Porto ultrapassou o Sevilha e o Villarreal perdeu em Sevilha que o F.C. Porto é superior. O Villarreal fez gestão de alguns jogadores importantes. Perdeu mas podia ter ganho, foi um jogo muito dividido em termos de oportunidades. Não é comparável.»


Também deixou elogios ao adversário, respondendo em castelhano a uma pergunta de um jornalista espanhol, que o confrontou com o facto de o Villarreal nunca ter vencido troféus. «O Villarreal passou por uma meia-final de Champions, podia ter passado perfeitamente», observou o técnico portista: «A nível de campeonato estão no topo e chegam a competições europeias. Se não têm troféus, um dia chegarão, começarão a chegar. A qualidade está aí.»


Villas-Boas: «Vêm observar-me? Só se for a passear o fato»

Treinador do F.C. Porto desvaloriza alegado interesse da Juventus


André Villas-Boas começa a ser um dos treinadores na moda na Europa. A carreira do F.C. Porto quer a nível interno, quer nas competições europeias começa a chamar a atenção sobre a equipa. E quando no banco está um antigo adjunto de José Mourinho, a curiosidade aumenta. 


Nesse sentido, clubes como o Roma, Liverpool ou Atlético Madrid já foram associados ao treinador. As últimas notícias em Itália davam conta de um alegado interesse da Juventus que iria, inclusive, ter dois emissários no Dragão, para observar Villas-Boas.


«As especulações são naturais, tendo em conta o que esta equipa tem vindo a fazer. Mas não deixam de ser informações falsas. É um absurdo dizer-se que me vêm observar. Durante o jogo, o treinador não faz mais nada do que passear um fato e correr um bocadinho. Há casos incríveis. Supostamente, eu teria dito não à Roma em Lisboa, reunido com um director que nem sequer é director da Roma, e disse que não, porque ia para o Liverpool. É um absurdo», contesta Villas-Boas. 


De resto, André Villas-Boas falou da possibilidade de ter um Dragão cheio para a recepção ao Villarreal. O técnico está satisfeito com a adesão dos adeptos à temporada portista e lembra que podem mesmo funcionar como o famoso 12º jogador: «Temos tido boas casas no campeonato e na Liga Europa. Importante é transmitir uma mensagem de que nada fazemos sem apoio dos adeptos. Um estádio do Dragão cheio é intenso, gera emoções, gera medo. Se pudermos ter um ambiente de constante euforia e apoio, melhor para nós.»


«Quem tem mais mérito: quem cumpre e cai ou quem cai à primeira?»


Por fim, Villas-Boas voltou a um tema que tem defendido desde o início da competição: a passagem de equipas da Liga dos Campeões para a Liga Europa. O técnico criticou, de novo, o formato e deixou no ar uma interrogação: por que não fazer o mesmo com quem é eliminado nos oitavos-de-final?


«Quando caem nos oitavos-de-final porque não hão-de ter direito de vir para a Liga Europa? São equipas que atingiram o seu objectivo e caíram ao chocar com as melhores equipas do mundo. Quem tem mais mérito de continuar n uma competição europeia? Quem cumpre o objectivo e depois cai ou quem cai à primeira? Nem estou a falar de equipas como o Sp. Braga, que fez nove pontos, ou do Benfica, que também fez alguns. Mas é o ridículo estar a dar um bónus desse a uma equipa que faz três, quatro pontos na Liga dos Campeões», considera.


Villas-Boas admitiu que pode acontecer o mesmo do ano passado, quando o Atlético de Madrid, eliminado da Champions no grupo do F.C. Porto, venceu a Liga Europa. «Claro que pode acontecer o mesmo. Estão duas equipas nas meias-finais. Mas não vejo porque terão mais direito de lá estar do que o Chelsea ou o Bayern Munique, que caíram nos oitavos», resumiu.

Villas-Boas: «Não sei onde foram buscar que somos favoritos»

Técnico rejeita rótulo colado pelos jogadores do Villarreal


O poderio do Villarreal deixa André Villas-Boas alerta. O treinador do F.C. Porto está ciente das dificuldades que a equipa vai encontrar e não deixa transparecer qualquer sinal de excessiva confiança, até porque os jogadores rivais já têm colocado o F.C. Porto como favorito, o que o treinador rejeita.


«Não há favoritos nas meias-finais de qualquer competição. Tudo pode acontecer. Não sei onde os jogadores do Villarreal foram buscar isso. Era a equipa mais difícil que nos podia calhar, foi eliminando equipas que lideravam os campeonatos na altura que os defrontaram. Será uma eliminatória para resolver a duas mãos e esperemos que a nossa competência chegue para a ultrapassar», afirmou o técnico do F.C. Porto.


Sobre o rival, Villas-Boas deixa rasgados elogios, lembrando o percurso interno num dos campeonatos mais difíceis do mundo, para além da excelente campanha na Liga Europa. 


«O Villarreal joga um futebol atacante de grande qualidade. Não é à toa que foi comparada ao Barcelona, no estilo de jogo que apresenta. Joga bem, tem gosto e prazer com o que faz. Nós também temos. Chocarem estas duas equipas nesta altura da competição, valoriza-a até porque são duas equipas que cresceram nesta Liga Europa desde o início», recordou. 


O plantel do F.C. Porto gozou de um período maior do que o habitual para preparar este jogo. Desde o triunfo na Luz para a Taça de Portugal- uma vitória «importante, mas que terá muito mais valor se o troféu for conquistado -que os dragões não jogam. Poderá fazer diferença?


«Não sei se é uma vantagem ou não termos trabalhado esta semana completa. Porque nos mantivemos competitivos com uma sobrecarga de jogos, não sei que tipo de impacto terá uma semana de trabalho», afirmou.

in "maisfutebol.iol.pt"

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