Técnico portista lembra incentivo do Benfica ao boicote aos jogos fora
André Villas-Boas não quis entrar em grandes conversas sobre uma das polémicas que vem aquecendo o Clássico de domingo. O Benfica não vai autorizar a entrada de adereços ligados ao F.C. Porto no Estádio da Luz e o técnico portista encara a decisão como uma medida antifutebol. A segunda originária no clube da Luz esta época, defende.
«Acho que isso diz respeito à questão das claques legais e ilegais, que eu percebo pouco, mas pelo menos damo-nos por felizes que as nossas duas sejam legais. Será talvez a segunda pior decisão antifutebol que o Benfica teve. A primeira foi recomendar aos seus adeptos que não fossem ver os jogos fora. Esta, na continuidade nessa, é mais uma medida antifutebol», afirmou.
Ainda no campo dos factores paralelos ao jogo em si, Villas-Boas desvalorizou o regresso de Hulk e Sapunaru à Luz, depois do castigo que receberam devido aos incidentes no túnel, no jogo da última temporada. «São jogadores de grande talento e controlo emocional. O que se passou, ou o que não se passou, passou...Os jogadores estão conscientes do que têm de fazer em campo», sintetizou.
Junto ao treinador estará Pinto da Costa. O presidente portista vai regressar ao banco de suplentes, um lugar que não ocupa há algum tempo. Poderá aumentar a ansiedade da equipa? «Acho que não, pode aumentar o nível de pressão sobre mim (risos), mas acho que não muda nada», opinou.
Por fim, Villas-Boas comentou a escolha de Duarte Gomes, desejando-lhe boa sorte para o encontro: «Se não me engano é o primeiro clássico do Duarte Gomes e espero que lhe corra bem e que todas as decisões sejam correctas.»
Villas-Boas: «Festejar num estádio rival teria um sabor diferente»
Treinador do F.C. Porto continua a desvalorizar o facto de poder ser campeão na Luz
O treinador do F.C. Porto, André Villas-Boas, mantém a ideia de que festejar no Estádio da Luz «não pode ser uma obsessão». O técnico mostra-se paciente e confiante em relação ao desfecho da Liga: «Não há uma obsessão particular. Não acontecendo na Luz, queremos que aconteça o mais rápido possível. O sentimento dos adeptos é legítimo. Festejar num estádio rival teria um sabor diferente. A obsessão é só em relação ao objectivo geral, que é vencer o campeonato.»
Mas gostaria, ou não, de levantar a Taça de campeão nacional? «É inútil atribuir-nos o título quando ainda não conquistámos nada. Matematicamente o Benfica ainda está na luta e sempre alimentou a ideia de ser bicampeão. Queremos continuar a sonhar com o título. Logo que o conquistemos será festejado de forma natural. Para já falta-nos fazer um jogo emocional, com duas equipas que estão a fazer épocas fantásticas e têm vindo a progredir. É um excelente desafio, mas não obsessão.»
André Villas-Boas lembrou, ainda, que se o F.C. Porto se sagrar campeão estará a combater directamente um objectivo declarado do rival: «Chegamos a esta jornada com uma diferença pontual que é o que é, enquanto outros esperavam outro cenário. O Benfica alimentou sempre a esperança de ser bi-campeão. As mensagens são claras durante toda a época, na antevisão da época e no final da época anterior.»
in "maisfutebol.iol.pt"
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