Pizzi rouba a cena à dupla maravilha do ataque azul e branco
Pizzi, menino grande
Fez três golos em casa do F.C. Porto e confirmou a tremenda temporada que vinha cumprindo. No primeiro, arguto, aproveitou um erro gigantesco de Rolando; no segundo a obra é toda da sua responsabilidade; no terceiro o remate é fantástico. Atenção a este menino. Tem muito futebol, para dar e vender. Pertence ao Sp. Braga e pode ser uma grande figura do futebol nacional.
Falcao é golo
Golo. A palavra devia fazer-se acompanhar do nome Falcao no dicionário. E o avançado também não ficava nada mal de mão dada com essa inscrição. É uma relação para a vida, incondicional. Mesmo que de vez em quando haja desentendimentos, tão próprios de uma ligação de tamanha carga emocional. No 1-0 a sua capacidade de definir é digna de rasgado louvor. No 3-1 a rapidez de execução invalida qualquer acção defensiva. Até podia ter feito mais golos. Talvez inebriado pelo à-vontade, pela facilidade, decidiu-se pelo adorno em vez da decisão e enjeitou algumas oportunidades. É compreensível, nada a dizer.
Hulk, verde altruísmo
Escasseiam os adjectivos para prestar homenagem a este portento da natureza. Mais uma grande noite, mais uma panóplia de grandes arrancadas, dribles, remates. Felino na forma como arranca e encara o guarda-redes no lance do 2-0. Para ele tudo parece simples, natural, apesar da potência empregue nas acções. Há uma grande, enorme, diferença neste Hulk talhado por Villas-Boas. É o altruísmo, a capacidade de ceder a fama ¿ ainda que por segundos ¿ a um colega de equipa. O Hulk do passado punha os olhos no chão e fugia em frente; o do presente levanta a cabeça e define com inteligência. Passa quando deve passar, é egoísta quando o deve ser. É um grande jogador.
James Rodríguez, o futuro é ele
A troika do ataque portista fica completa, e bem, com o jovem colombiano. Dois remates perigosíssimos, um cruzamento soberbo para o 1-0 e aquele estilo sempre irrepreensível do ponto de vista estético. Falta-lhe maior poder físico, algumas artimanhas, mas possui o essencial: sabe bem o que fazer da e com a bola. Aposta fortíssima dos dragões para a próxima época, certamente.
Rúben Micael, inteligência e utilidade
Visão de jogo sublime, sempre a rasgar horizontes, a perfurar brechas na defesa contrária, a multiplicar as opções de finalização dos colegas avançados. Teria lugar de caras em qualquer outra equipa do campeonato nacional. Possui uma qualidade altíssima e será, certamente, ainda muito útil ao F.C. Porto. Joga de olhos fechados com Moutinho.
Nélson Oliveira, vermelho justo
Aquela entrada duríssima sobre João Moutinho era desnecessária. Vermelho justo, pela análise feita desde a bancada de imprensa. Tem condições para ser um bom avançado, mas emocionalmente ainda não é um jogador equilibrado.
in "maisfutebol.iol.pt"
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