Finalíssimas da Supertaça, em 1995 e 1996, jogaram-se em Paris. Domingos até marcou o golo da vitória do FC Porto na primeira
Já passaram quase 16 anos. Bobby Robson treinava o FC Porto, Artur Jorge comandava o Benfica. A Supertaça dizia respeito à época 1993/94, mas o assunto só ficou resolvido em 1995. Foi no Parque dos Príncipes, em Paris, que Domingos Paciência marcou a Neno e deu o título ao FC Porto. Sim, o mesmo Domingos que agora leva o Sp. Braga até Dublin para (tentar) conquistar a Liga Europa.
Para sermos fiéis à verdade, esta até será a terceira final entre equipas portuguesas disputada fora de território nacional. Porque o FC Porto ainda voltou a Paris no ano seguinte para decidir mais uma Supertaça. Dessa vez, a 30 de Abril de 1996, teve menos sorte (ou engenho). O Sporting de Octávio Machado ganhou 3-0 (Sá Pinto, duas vezes, e Carlos Xavier) e os dragões voltaram a Portugal de mãos a abanar.
Seja como for, a equipa azul e branca é um dos denominadores comuns às três finais. Domingos Paciência é o outro. Marcou na primeira, foi capitão na segunda e será treinador na terceira. Pela frente, a 18 de Maio, terá o desafio de transformar o Sp. Braga - equipa sem tradição de títulos, nem sequer em Portugal - num vencedor europeu.
Por enquanto, o clube minhoto já faz parte de um lote de equipas que chegaram a finais europeias sem nunca (mesmo até hoje) terem sido campeãs. Agora, com o Sp. Braga, a lista vai em 12 (entre finais de Taça/Liga dos Campeões, Taça das Cidades com Feira/Taça UEFA/Liga Europa e Taça das Taças): Birmingham, Saragoça, West Ham, Bastia, Videoton, Leverkusen, Parma, Maiorca, Alavés, Middlesbrough e Fulham. E destas apenas quatro - Saragoça, West Ham, Leverkusen e Parma - venceram (pelo menos) um título. Os espanhóis são os únicos com dois, os bracarenses podem tornar-se o quinto elemento.
Domingos terá também de encontrar um antídoto para inverter a lógica dos últimos jogos com o FC Porto. Desde 19 de Setembro de 2009, quando o Sp. Braga ainda dava os primeiros passos para um percurso memorável no campeonato, que não vence os dragões. Nos últimos 20 meses perdeu três vezes (1-5 e 2-3 no Dragão; 0-2 na Pedreira).
De resto, é claro que o historial do FC Porto enche mais o olho e pesa mais na hora de escolher um favorito: o Sp. Braga tem apenas uma Taça de Portugal (1965/66) no museu para mostrar; os dragões têm um pouco de tudo, de troféus nacionais à Taça Intercontinental. Mas nem por isso Pinto da Costa ficou mais confiante na conquista da Liga Europa. Ou melhor: até pode ter ficado, mas cá fora só chegou a ironia que o caracteriza. "Fiquei feliz pelo presidente, pela direcção e pelo Domingos, de quem sou amigo. Mas pelo lado desportivo, e como demonstrámos esta época, seria mais fácil jogar contra o Benfica. São os resultados que o dizem."
O mimo para o rival da Luz já era esperado, mesmo à distância. E elogio do Norte também não podia faltar. "Há um sentimento especial. Vamos ter duas finais com equipas do Norte. No Norte trabalha-se bem e serão duas festas minhotas em prol do futebol." É que logo a seguir à final da Liga Europa o FC Porto joga com o V. Guimarães no Jamor.
in "ionline.pt"
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