domingo, 15 de maio de 2011

O FC Porto um a um

A ESTRELA: James 7

O puto maravilha voltou a encantar

Os artistas definem-se pelos lances de génio e James teve um desses lampejos no lance do segundo golo azul e branco. Um cruzamento bem tirado colocou a bola "redondinha" na cabeça de Walter, que só teve de fazer o que lhe competia. Mas este "puto" mexe e mais do que se possa pensar no colectivo portista, tanto quando avança pelo seu flanco, como quando flecte para dentro, pesando no jogo à entrada da área do adversário, como foi o caso ontem. Dali tece ligações que complicam marcações, confundem os defesas e abrem espaços. Mas quando isso não é suficiente, James acaba sempre por tirar um daqueles coelhos da cartola que arrancam palmas até aos adversários.


Beto 7
Bela maneira de encerrar a participação na Liga, com um punhado de intervenções que garantiram a vitória do FC Porto. Aliás, contrariando alguns lances de azar esta época, desta vez parece que atraía a bola, sempre com Baba como protagonista (49', 60' e 80'). Atento, anulou de cabeça um lance de perigo (65') ao senegalês e terminou em grande.

Sapunaru 6
O Marítimo não atacou muito pelo seu flanco e isso permitiu ao romeno ter um final de tarde calmo. Com espaço disponível, aproveitou para se envolver em algumas jogadas de ataque. Saiu ao intervalo.

Rolando 6
Teve duas vezes o golo ao seu alcance (8' e 63'), mas acertou sempre ao lado. A defender, Kléber deu algum trabalho, mas não tremeu como seu parceiro no eixo da defesa. Bem colocado, procurou orientar a defesa e não deve ter perdido um lance de cabeça.

Otamendi 5
Jogo para esquecer. Hesitações, lances mal abordados e as jogadas nem sempre bem desfeitas. Ontem não foi aquele central seguro e determinado, aliás foi por ali que o Marítimo criou algumas jogadas de perigo que o verdadeiro Otamendi não teria permitido.

Álvaro Pereira 6
Demorou a acertar o relógio com o jogo. Melhorou com o decorrer do tempo, mas não se evidenciou particularmente a atacar, a verdade se diga, porque também não era preciso. De resto acabou certinho a defender.

Souza 5
Evidenciou algumas dificuldades na cobertura do meio-campo que levaram até André Villas-Boas a chamá-lo para corrigir a situação. Concedeu muitos espaços e não deu a mesma segurança que Fernando nas mesmas funções.

Guarín 7
Já tinha tentado afinar o passe em profundidade em três ocasiões, antes de encontrar a dose certa para servir Varela para o primeiro golo. Excelente slalom entre os defesas madeirenses para um cruzamento que ninguém emendou (31'). Cada vez que pegou na bola foram raras as jogadas em que não criou perigo. Saiu (61') a pensar em Dublin.

Rúben Micael 7
É dos pés dele que sai a bola para o passe em profundidade de Guarín. Já dentro da área, cruzou à meia volta e serviu Varela para mais um momento de muito perigo (34'). A dois minutos do intervalo teve um remate à entrada da área que saiu às mãos de Boeck.

Varela 7
Apareceu muito bem nas costas da defesa (21'), acorrendo ao passe em profundidade de Guarín para marcar o golo. Aos 34' teve um pontapé à meia volta que quase resultou no terceiro golo. Foi ele que assistiu Rúben (43') para o remate. Acabou o jogo no lugar de Walter.

Walter 6
Fez mais um jogo e... mais um golo (32'), graças ao "faro" que teve na jogada de James, entrando bem pelo eixo para desferir um golpe indefensável. Cumpriu, mas precisa de mostrar mais na próxima época para justificar o investimento feito nele.

Sereno 5
A gestão para a final de Dublin impunha que se fizesse gestão mal o jogo estivesse minimamente controlado e a opção por Sereno foi um caso prático, entrando e bem, para gerir o desgaste de Sapunaru.

Belluschi 5
Entrou (61') e quatro minutos depois podia ter marcado, num lance em que ensaiou um remate de bicicleta, ainda fora da área, para as mãos de Boeck.

Mariano 5
Foi ocupar o lugar de Walter (78'), naquele que poderá ter sido o seu último jogo de azul e branco. Aos (84')teve um cruzamento/remate que quase apanhava Boeck desprevenido.

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