E, de repente, André Villas Boas consegue aquilo que nem Mourinho foi capaz, quando chegou a Inglaterra com o currículo a reluzir de troféus - Ligas, Taças, Supertaças, Taça UEFA, Champions!... -, após duas temporadas gloriosas no FC Porto. Em 2004, os ingleses só depois de ouvirem o agora treinador do Real Madrid dizer que era o «special one» e de confirmarem, com os resultados que o Chelsea foi acumulando, a veracidade do rótulo que Mourinho agrafou a ele próprio, convenceram-se do toque de midas de José.
André teve mais sorte. Para muitos jornalistas ingleses, ele já nem é o «special two» - ele é «special too», como que a dizer que ele também é especial. Antes mesmo de a Imprensa se ter rendido e prostrado aos pés de Villas Boas, já Roman Abramovich se mostrava embevecido com o técnico que fez do dragão verdadeira máquina de fazer golos e vitórias, entretanto escolhido para lhe dar aquilo que ele mais procura e cegamente persegue desde 2003 - o título de campeão da Champions League.
Os 15 milhões que foram pagos pela rescisão de contrato do sucessor de Carlo Ancelotti, além de um golpe duríssimo aplicado no Dragão, são a prova de que o russo possui uma confiança ilimitada num técnico de apenas 33 anos, cuja carreira os jornais britânicos, por norma super exigentes (verdade, Moutinho?), caracterizaram de «autenticamente excitante».
Do muito que se vai dizendo do pouco que, realmente, se sabe das reuniões já realizadas entre André Villas Boas e o director-executivo do Chelsea, Ron Gourlay, surge a ideia de que o treinador português pretende uma frente de ataque completamente nova.
A química entre Roman e André é de tal ordem que, se o ex-treinador do FC Porto pedir 25 novos jogadores o russo está disposto a contratá-los. Também por isso a informação mais recente que circula em Inglaterra aponta para Hulk como a última grande tentação de Abramovich.
in "abola.pt"
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