segunda-feira, 15 de agosto de 2011

FC Porto um a um


A figura: Hulk 7

Marcou de penálti e arriscou sempre

O rei dos golos e das assistências em 2010/11 entrou na nova época disposto a lançar-se novamente nos rankings individuais. É verdade que só marcou de penálti - aos 47' e 87' desferiu bombas que Nilson salvou com dificuldade - mas se a Liga fosse benevolente devia somar-lhe duas assistências para golo, aquelas que Kléber desperdiçou de forma ingrata. Perante um Anderson muito concentrado e rigoroso, o Incrível optou por se agarrar menos à bola e jogar mais sem ela, aparecendo muitas vezes no espaço livre para desequilibrar e criar superioridade. E, ainda que explosivo, conseguiu temporizar a preceito para que os ataques tivessem objectividade. Só faltou poder passar e a seguir aparecer a rematar. Não teria ficado só 1-0…

Helton 6
Uma única intervenção com grau de dificuldade elevado (31'), mas muita classe pelo ar a segurar as bolas longas que o Guimarães se fartou de colocar na área.

Sapunaru 6
Avançado nas bolas paradas, fica para a história como o homem que ganhou o penálti e, consequentemente, o jogo. Mas não só. Curiosamente, Sapunaru foi mais ousado do que Fucile e assinou boas combinações com Hulk e Guarín, sem nunca se desequilibrar perante Targino e Faouzi.

Rolando 6
O Guimarães jogou sem um ponta-de-lança definido e isso facilitou-lhe a tarefa. Rolando assumiu a liderança do sector com tranquilidade, tanta que, aos 31', ficou a ver Barrientos passar por ele para quase marcar. A mancha foi limpa aos 89', quando, num dois para um vitoriano, evitou que a bola chegasse ao isolado Toscano.

Otamendi 7
Uma falha de cabeça, aos 76', não pode apagar a quantidade de desarmes vistosos e milimétricos com que impressionou o público. O argentino foi o mais activo dos defesas e aquele que se entregou da marcação quando Toscano se chegou à frente. No homem a homem foi implacável!

Fucile 6
Deixou a nota artística em casa e assumiu um estilo bem mais prático do que o habitual, mas igualmente eficaz. Na época passada fez em Guimarães um dos seus piores jogos. Desta vez sai com a folha isenta de erros.

Souza 6
Importante na pressão defensiva, mesmo quando foram outros a recuperar as bolas. Jogou mais longe da defesa e isso beneficia o seu futebol, ainda excessivamente adornado para quem tem a missão de ser o primeiro a lançar o ataque. Defensivamente está a ficar no ponto e em matéria de posicionamento nem parece o mesmo.

Guarín 5
Melhor com bola do que sem ela, possivelmente por não estar ainda nas melhores condições físicas. Importante a descongestionar o jogo, mas nem sempre hábil a simplificar.

João Moutinho 6
O mais técnico do miolo, foi também, provavelmente, aquele que mais correu. Com bola para agitar o adversário e encontrar espaços ofensivos. Sem ela para fugir à pressão e libertar-se da marcação de El Adoua.

Varela 5
Foi o primeiro a causar perigo (remate em arco aos 6') e dos últimos a desistir. O problema é que nunca conseguiu mais do que ganhar alguns cantos, absorvido que foi pela concentração de Alex e pela sua própria falta de espontaneidade. Muito previsível.

Kléber 4
O mérito de três excelentes desmarcações diluiu-se na finalização desastrada. Primeiro contra Nilson, aos 28', depois a perder tempo de remate (43') e por fim quando atirou por cima mesmo antes de ser substituído. O desejo de se estrear a marcar é imenso e talvez isso seja traiçoeiro para a tranquilidade na hora de rematar.

Rúben Micael 4
No meio-campo recuperou algum toque fácil, mas, pouco depois de entrar, o FC Porto começou a defender e o madeirense foi engolido na toada defensiva.

Falcao 3
Poucas vezes tocou na bola, mas aos 88' esteve quase a fechar o marcador de cabeça.

Belluschi 3
Tal como na Supertaça, entrou para fechar a esquerda e perder-se numa posição em que não se sente confortável.

in "ojogo.pt"

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Primeira-parte bem disputada, mais domínio do F.C.Porto, é verdade, mas o Vitória a sair bem para o contra-ataque e a ter as mesmas oportunidades, duas, claras, que teve o Campeão. Se no lado do F.C.Porto foi Kléber, bem a aparecer, mas muito mal a finalizar, apesar do mérito de Nilson, no lado do Vitória valeu Hellton e depois um escorregão do avançado vitoriano na hora de facturar, para não haver golos até ao minuto 44. No último minuto e quando se esperava o empate, L.Olímpio, que já tinha feito três faltas duras, sem ver amarelo, ao contrário de J.Moutinho, que na primeira falta viu logo a cartolina, fez falta, nítida, dentro da área, penalty bem assinalado que Hulk transformou, mas com a bola dar a sensação de não entrar.
Vantagem que se aceita, mas talvez o empate fosse mais justo.


Não gostei do F.C.Porto na segunda-parte e não gostei porque não foi um Porto à procura de dilatar a vantagem, mas um Porto a controlar e sair pouco e com pouca profundidade para o contra-ataque. Tudo bem que as melhores oportunidades foram do Campeão, com Kléber, mais uma vez a ser perdulário - um ponta-de-lança de uma equipa como a portista, não pode falhar três "chances" claras de golo - mas não foi um controlo não deixando o adversário jogar, foi controlar dando espaço, permitindo lances nas costas da defesa, foi uma equipa que com uma vantagem mínima, tinha de ser mais contundente, tentar acabar com o jogo e não foi isso que aconteceu.

Concluindo:
A vitória parece-me justa, o principal objectivo foi conseguido, mas temos de melhorar bastante. No entanto e porque é justo referi-lo, há atenuantes: falta de frescura em alguns jogadores que chegaram mais tarde, Falcao, principalmente e Guarín; relvado em péssimo estado, muito solto, a prejudicar a qualidade de jogo do Campeão, muito mais burilado; mercado, o malfadado mercado, que deve deixar algumas cabeças à roda e tira-lhes tranquilidade para desenvolverem o melhor futebol.


Mesmo não tendo grande significado, a procissão ainda não saiu do adro, candeia que vai à frente alumia duas vezes e melhor ainda se os rivais já estão atrasados. Dá moral, confiança e ajuda a equipa a crescer.
Bem Vítor Pereira a mexer na equipa.

Num jogo em que ninguém brilhou a grande altura, talvez o melhor do F.C.Porto e na minha opinião, tenha sido Fucile.
O elo mais fraco, Kléber e já disse porquê.
Manuel Machado queixou-se de Benquerença no lance do penalty que deu a vitória ao F.C.Porto. Se vale agarrar um jogador e não deixá-lo disputar a bola, dentro da área, então MM tem razão, mas como se sabe, as regras não são como quer o treinador do Vitória...

Abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Ontem alcançamos uma importante vitória na cidade Berço.

É um campo difícil, onde na época transacta perdemos 2 pontos.

O Vitória jogou com muita agressividade, muitas das vezes à margem da lei, e Olegário permitiu as entradas sucessivas, uma delas a pés juntos, o que dá punição para vermelho directo.

O penalti existe, por muito que custe aos jogadores do Vitória. Existe a gravata em Sapunaru, que ao ver-se agarrado nas barbas do árbitro deixa-se cair ... e bem.

O FC Porto não fez um grande jogo, muito à semelhança da primeira jornada da época passada. Ainda falta afinar muita coisa, e definir rapidamente quem sai ou quem quer sair e coloca-los de lado.

Otamendi na minha opinião foi o melhor em campo. Foi um esteio na defesa e um autêntico bombeiro que acudiu a todos os fogos. Helton também rubricou mais uma excelente exibição.

Rolando, Souza, Sapunaru, Hulk e Moutinho também rubricaram uma boa exibição.
Varela está a melhorar.
Fucile tem de ser mais consciente, a temporizar quando deve ou não atacar.
Kléber pela negativa, sente a pressão e falhou golos "feitos".

Excelente o apoio do público portista em Guimarães, incansáveis no apoio à equipa.

Última nota para as declarações de Falcao, que era o jogador do qual eu menos esperava tais afirmações de desrespeito com o clube.

Falcao além da valia como atleta sempre me pareceu inteligente, mas o dinheiro mexe com as pessoas.

Mas o que não entendo é a burrice. Um jogador nomeado pela UEFA para melhor do ano, melhor marcador da Liga Europa tem como maior ambição jogar no modesto Atlético de Madrid. Falcao merece jogar num clube que lhe permita ganhar títulos internacionais e não o clubes de terceira linha no futebol europeu.

Segundo se pode ler na página do facebook do jornalista TSF João Ricardo Pateiro, Falcao quer mesmo sair e foi falar à zona mista sem autorização do clube.

Mas o que me deixou mesmo FODIDO, foi ele dizer que o Atlético de Madrid tem grandes adeptos e seria uma grande oportunidade para a sua carreira.... oportunidade só se for para ganhar dinheiro!!!

É certo que Falcao abriu a porta de saída ontem, e espero que vá mesmo pelos 45 milhões.. sem descontos e prestações.

E se fizer birra, veste coletes a época toda e corre à volta do campo.

Abraço e boa semana

Paulo

pronunciadodragao.blogspot.com