MVP nacional, MVP global, duas inclusões no cinco ideal da Liga e um novo máximo pessoal de 17 ressaltos. Mas não está, sequer, perto de um “pico” de forma. A recuperar de uma pubalgia, Carlos Andrade contou ao www.fcporto.pt que joga com dores desde o Eurobasket, disputado na Lituânia, e não crê que seja possível manter o nível e a regularidade exibicional ao longo de toda a época. Mas vai tentar.
As partidas com a Académica e o Barcelos são provas de que este campeonato conhecerá uma versão renovada e melhorada do Carlos Andrade?
Estatisticamente, os dois primeiros jogos correram-me bem, mas não creio que tenha feito nada de diferente daquilo que sempre costumo fazer. Talvez tenha entrado com mais intensidade, com o objectivo de atenuar alguns pormenores que a equipa ainda tem para trabalhar e optimizar nesta fase da época.
Seja como for, as duas exibições distinguiram-no como o melhor nos dois encontros…
Sim, é o que diz a estatística, não há como negar. No primeiro jogo fiz muitos pontos, no segundo conquistei muitos ressaltos, mas limitei-me, como sempre faço, a jogar para a equipa nas duas situações.
Parece surgir já no seu “pico” de forma. O seu perfil de super-atleta permite-lhe atingir níveis elevados mais depressa do que os seus companheiros de equipa e a concorrência?
Longe disso. Podia até ser, se não fosse a pubalgia que me condicionou ao longo de todo o Verão. Passei um mau bocado na selecção, a tentar recuperar e a tomar anti-inflamatórios, fiz os jogos do Eurobasket, na Lituânia, com muitas dores e, apesar dos progressos mais recentes, ainda não passou uma semana em que não tenha sentido dores. O departamento médico do FC Porto é incrível e tenho que agradecer aos três fisioterapeutas pelo trabalho físico, e até psicológico, que têm desenvolvido comigo. Passo muitas horas no pavilhão, mas chego mais forte aos jogos.
É possível manter este ritmo ao longo da época?
Muito honestamente, acho que não é possível manter este ritmo, mas que vou tentar, vou.
Além do duplo-duplo, a exibição frente ao Barcelos permitiu-lhe estabelecer um novo máximo pessoal.
É verdade, é a primeira vez que atinjo os 17 ressaltos. O melhor registo que tinha conseguido antes era de 16 ressaltos, num jogo europeu quando estava no Queluz.
Os primeiros treinos do Rob Johnson no Dragão Caixa já lhe permitem formar opinião sobre o novo reforço norte-americano?
É um jogador intenso. Deu para ver, logo no primeiro treino, que será muito forte nos bloqueios. Pelo que ouvi dos jogadores e treinadores com que trabalhei em Espanha e que também conhecem o Rob, estamos na presença de um jogador extremamente dedicado e profissional, sempre pronto para trabalhar e para ajudar a equipa. Além das capacidades técnicas, sabe ler o jogo, posicionar-se e bloquear. O facto de só voltarmos a jogar nos dias 5 e 6 de Novembro, nos Açores, vai ajudá-lo, até porque o Moncho tem feito um bom trabalho para o integrar.
Está preparado para voltar a ser campeão?
Estamos todos, mas a verdade é que, apesar de sabermos que vencemos a prova mais importante, queríamos ter ganho mais competições na época passada. O campeonato volta, obviamente, a ser a prioridade e, para lá chegarmos, há um longo caminho para percorrer.
in "dxp.pt"
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