1. Vítor Pereira tinha prometido um FC Porto diferente, mais agressivo e capaz de imprimir uma circulação de bola mais rápida. Em suma, tudo o que não se lhe tinha visto em Coimbra. Houve, de facto, melhorias sensíveis, mas não um corte radical com a (triste) realidade que se lhe tem visto nos tempos mais recentes. Até porque, do outro lado, estava um Shakhtar que é uma belíssima equipa, independentemente de estar a ser uma das desilusões da prova e de ontem não poder contar com dois dos habituais titulares na defesa (o lateral Srna e o central Chygrynskyi). Mas é justo dizer que houve dedo do técnico portista na vitória: provou que Defour é compatível com João Moutinho e colocou Hulk na zona central, o que acabaria por ser determinante na conquista da vitória que pode ter evitado o caos na nação portista.
2. Raposa velha, Mircea Lucescu não abdicou do 4x2x3x1, que é uma espécie de dogma de fé para o técnico romeno. Mas não deixou de surpreender um pouco quando optou por apostar em Eduardo no lugar de Douglas Costa. De resto, formou o duplo pivot com o lado guerreiro de Hubschman e com a qualidade de Fernandinho, o verdadeiro cérebro da equipa. À sua frente jogava Mkhitaryan, um arménio de 22 anos que deu água pela barba a Fernando e aos restantes médios portistas. À custa dos dois jogadores, a equipa ucraniana mandou quase sempre no miolo, chegando ao intervalo com uma posse de bola próxima dos 60%.
3. Nessa altura, tinha também vantagem nos remates (10-8) e nos cantos (4-0), com o FC Porto a só levar vantagem nas faltas cometidas (6-10). A diferença principal acabou por ser no número de lances de perigo. Na primeira parte, para além de vários ameaços, o Shakhtar teve uma oportunidade claríssima desperdiçada por Willian e um remate de Luiz Adriano ao poste (embora partindo de fora-de-jogo). O FC Porto teve remates de meia distância, mas o único lance construído de raiz aconteceu logo aos cinco minutos, quando Hulk se isolou e rematou de pé direito contra um adversário.
4. O FC Porto bateu-se com uma intensidade que não se lhe via há vários jogos. Mas o seu jogo foi sempre demasiado instável. Continua com debilidades defensivas (Rolando voltou a cometer erros) e com dificuldades nítidas na posse e na circulação da bola. O Shakhtar começou o jogo sabendo que a Liga Europa tinha passado a ser a única via de se manter nas provas europeias e correu riscos naturais.
5. A partida foi lançada em ritmo alto, mas ao FC Porto faltava-lhe um jogo mais elaborado. Apostou em demasia em lançamentos para Hulk, que surgiu no centro do ataque, uma das surpresas guardadas por Vítor Pereira. A outra foi a titularidade de Djalma, porque a presença do belga Defour já era dada como provável. A derivação de Hulk justificou-se duplamente. O brasileiro não estava com a confiança necessária para criar desequilíbrios na ala e a sua velocidade e potência de arranque podiam ser decisivas frente a uma equipa que tem na lentidão dos centrais a grande debilidade. Isso acabou por se confirmar a dez minutos do fim, quando João Moutinho fez o passe com as medidas certas e o brasileiro respondeu com a arrancada e o remate certeiro. Foi o segundo golo marcado pelo FC Porto durante o mês de Novembro, sendo que o outro tinha sido apontado por Hulk, de penálti, frente ao APOEL. O terceiro surgiu no período de compensação, um autogolo de Rat que tornou o resultado mentiroso, por excessivo.
6. A verdade é que o FC Porto surgiu um pouco melhor no segundo tempo, sobreviveu aos períodos mais críticos e, pouco a pouco, foi ganhando consistência. A Ucrânia parece estar fadada em contribuir para as retomas portistas. Já tinha sido assim em 2008, quando o FC Porto de Jesualdo Ferreira foi a Kiev curar as feridas.
3. Nessa altura, tinha também vantagem nos remates (10-8) e nos cantos (4-0), com o FC Porto a só levar vantagem nas faltas cometidas (6-10). A diferença principal acabou por ser no número de lances de perigo. Na primeira parte, para além de vários ameaços, o Shakhtar teve uma oportunidade claríssima desperdiçada por Willian e um remate de Luiz Adriano ao poste (embora partindo de fora-de-jogo). O FC Porto teve remates de meia distância, mas o único lance construído de raiz aconteceu logo aos cinco minutos, quando Hulk se isolou e rematou de pé direito contra um adversário.
4. O FC Porto bateu-se com uma intensidade que não se lhe via há vários jogos. Mas o seu jogo foi sempre demasiado instável. Continua com debilidades defensivas (Rolando voltou a cometer erros) e com dificuldades nítidas na posse e na circulação da bola. O Shakhtar começou o jogo sabendo que a Liga Europa tinha passado a ser a única via de se manter nas provas europeias e correu riscos naturais.
5. A partida foi lançada em ritmo alto, mas ao FC Porto faltava-lhe um jogo mais elaborado. Apostou em demasia em lançamentos para Hulk, que surgiu no centro do ataque, uma das surpresas guardadas por Vítor Pereira. A outra foi a titularidade de Djalma, porque a presença do belga Defour já era dada como provável. A derivação de Hulk justificou-se duplamente. O brasileiro não estava com a confiança necessária para criar desequilíbrios na ala e a sua velocidade e potência de arranque podiam ser decisivas frente a uma equipa que tem na lentidão dos centrais a grande debilidade. Isso acabou por se confirmar a dez minutos do fim, quando João Moutinho fez o passe com as medidas certas e o brasileiro respondeu com a arrancada e o remate certeiro. Foi o segundo golo marcado pelo FC Porto durante o mês de Novembro, sendo que o outro tinha sido apontado por Hulk, de penálti, frente ao APOEL. O terceiro surgiu no período de compensação, um autogolo de Rat que tornou o resultado mentiroso, por excessivo.
6. A verdade é que o FC Porto surgiu um pouco melhor no segundo tempo, sobreviveu aos períodos mais críticos e, pouco a pouco, foi ganhando consistência. A Ucrânia parece estar fadada em contribuir para as retomas portistas. Já tinha sido assim em 2008, quando o FC Porto de Jesualdo Ferreira foi a Kiev curar as feridas.
Bruno Prata in "publico.pt"
Sem comentários:
Enviar um comentário