Jadson pediu atenção a Hulk no jogo da primeira volta, mas o compatriota Fernandinho prefere destacar Kléber. Melhor do que Hulk? "Não, não podemos individualizar. Hulk já é um jogador feito", respondeu a O JOGO. O destaque surpresa vai para Kléber pelo impacto que o ponta-de-lança lhe causou na última concentração da selecção brasileira. "Não o conhecia e impressionou-me muito. É uma pessoa boa e tranquila. Como jogador, é decisivo. Temos de ter muita atenção, porque ele pode resolver", elogiou. "O Brasil em cada dois/três anos lança vários avançados. O Kléber é mais um. Já joga num dos melhores clubes da Europa e, por isso, o seu nível não foi surpresa para mim", completou.
Fernandinho é, possivelmente, o jogador do Shakhtar que melhor conhece os dragões. Três deles (Kléber, Hulk e Alex Sandro) partilharam o último estágio na canarinha e o resto da equipa também não é desconhecida, seja porque jogou na primeira volta, ou porque participou noutros jogos que o médio viu. Contra a Académica, por exemplo. "Vi na televisão. Claro que a derrota não se esperava. Mas futebol é assim mesmo. Num dia ganha-se a uma equipa grande, no outro perde-se com uma pequena", relativizou, seguro de que não é o mau momento actual que facilitará a vida aos ucranianos. "Estamos à espera de um grande adversário", vincou.
Até ao final do jogo, e porque amigos são amigos, mas os negócios ficam à parte, Fernandinho não falará com Hulk, aquele com quem tem mais confiança. "Já estivemos em quatro concentrações juntos. Ele é muito bom, muito forte e com uma qualidade técnica enorme. Mas não nos podemos preocupar só com um jogador. Todo o ataque e meio-campo do FC Porto é muito forte", alertou.
Vai pedir-lhe a camisola, mas não há qualquer aposta a cobrar de parte a parte. "Falei com todos eles na selecção sobre este jogo. Chegámos à conclusão de que vai ser um jogo muito difícil para as duas equipas, mas também interessante e ofensivo, porque ambas precisam de ganhar. Mas não apostamos. Isso é para quem não joga. Nós, jogadores, sabemos que, em campo, tudo pode acontecer", contou.
Do lado dos de Donetsk, os portistas podem contar com empenho máximo e motivação acrescida. "É o último jogo diante dos nossos adeptos e queremos oferecer-lhes a vitória. Além disso, temos de ganhar para ter possibilidade de apurar para a segunda fase. A nossa equipa está em evolução no campeonato e agora é a altura de o mostrar na Liga dos Campeões" , sublinhou.
Sobre Alex Sandro, o último portista com quem privou, Fernandinho recusou debruçar-se sobre as sucessivas ausências por opção das convocatórias de Vítor Pereira. "O que o treinador faz ou deixa de fazer, não é da minha conta. Sei que gostei de jogar com o Alex contra o Egipto e acompanho-o há muito tempo, porque ambos jogámos no Atlético Paranaense. Acredito que num futuro próximo estará num nível ainda mais elevado", resumiu.
Colegas na canarinha
ALEX SANDRO
"Gostei de jogar com ele contra o Egipto e acompanho-o há muito tempo, porque ambos jogámos no Atlético Paranaense. Acredito que num futuro próximo estará num nível ainda mais elevado."
HULK
"Já é um jogador feito. É muito bom, muito forte e tem uma qualidade técnica enorme. Mas não nos podemos preocupar com um jogador apenas"
KLÉBER
"É uma pessoa boa e tranquila. Como jogador, é decisivo. Temos de ter muita atenção. Pode resolver. O Kléber já joga num dos melhores clubes da Europa e por isso o seu nível não foi uma surpresa para mim"
"Esperávamos que as duas equipas chegassem aqui a lutar pela liderança"
A situação em que FC Porto e, principalmente, Shakhtar vivem na Liga dos Campeões surpreende Fernandinho. "Esperávamos que as duas equipas chegassem a este jogo a lutar pela liderança do grupo", confessou, desiludido com o percurso até ao momento, claramente marcado pelo desempenho do APOEL. "Têm jogadores muito experientes e um padrão de jogo muito bom", classificou, como que a justificar o porquê de portugueses e ucranianos terem tão poucos pontos. A aposta na vitória da equipa que representa é clara e não só por ser a sua. Segundo Fernandinho, o Shakhtar é melhor quanto mais pressionado está. "Costumamos responder bem quando somos obrigados a ganhar. Por isso vamos estar muito mais concentrados do que em Portugal, onde perdemos por culpa de erros individuais que não costumam acontecer", justificou.
in "ojogo.pt"
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