Se repetir o onze contra o Zenit, Vítor Pereira alcança finalmente uma estabilidade pela qual há muito os adeptos clamam. Perito em operar mudanças na equipa a cada semana, o treinador repetiu contra o Braga o onze escolhido para jogar em Donetsk, na revolução que se impunha pós-Coimbra. Se o voltar a repetir, soma três equipas iguais de forma consecutiva. O que será inédito nesta época!
O máximo que o treinador conseguiu até agora foram simples repetições em três ocasiões. Ao terceiro jogo mudou sempre, mesmo quando os resultados pediam conservadorismo nas opções. O exemplo mais flagrante deu-se em Chipre, depois de goleadas ao Nacional (5-0) e ao Paços de Ferreira (3-0). Por obrigação, Vítor Pereira trocou Walter por Kléber. Por opção deixou Sapunaru e Defour no banco, para que Fucile e João Moutinho regressassem. A equipa não reagiu bem ao choque e perdeu por 2-1, complicando a continuação na Champions, ao ponto de agora ser obrigatório vencer o Zenit.
Antes, o treinador também operou mudanças depois de vencer Guimarães e Gil Vicente no arranque do campeonato. A ideia era surpreender o Barcelona com a chamada a jogo de Cristian Rodríguez, dado até então como dispensável, em vez de Varela. A aposta não surtiu efeito e os dragões também perderam.
É certo que não se pode criticar um deslize contra aquela que muitos apontam como a melhor equipa do mundo, mas estatisticamente os dados batem certo: sempre que Vítor Pereira desfaz uma fórmula que repetidamente resulta bem, a equipa perde.
Um aviso a ter em conta para terça-feira e que até pode ajudar a convencer o técnico em manter a aposta em Maicon para lateral-direito. O resto da equipa, já se sabe, deve manter-se, com Hulk no centro do ataque. Ainda que Vítor Pereira tenha agora mais opções à escolha.
Único treinador que usou todo o plantel à disposição
Os dados que acima expusemos remetem-nos imediatamente para o cunho de rotatividade do plantel que Vítor Pereira deu a este FC Porto. A verdade é que, entre todas as equipas do campeonato os dragões são os únicos que já viram todos os jogadores do plantel em acção, incluindo-se aqui até o terceiro guarda-redes, Kadú, que jogou na Taça de Portugal. Desta forma também se explica a raridade que é assistir a onzes repetidos semana após semana.
Mangala sem qualquer limitação
O treino de ontem dos dragões confirmou os indícios dados sexta-feira: Mangala está completamente operacional e desta feita já nem se esquivou a qualquer exercício. O francês está operacional e poderia jogar mesmo que o jogo fosse hoje, mas não é seguro que volte já à equipa. Melhor está também Guarín, que passou ao patamar de "trabalho condicionado" em relvado, ao lado de Alex Sandro, este não inscrito na Liga dos Campeões e, por isso, impedido de jogar contra o Zenit. Iturbe, que também não faz parte da lista da UEFA, voltou a trabalhar com alguns cuidados.
O FC Porto treinou ontem pela penúltima vez à porta aberta antes do jogo de terça. Hoje o apronto é fechado e amanhã abre-se novamente durante 15 minutos.
in "ojogo.pt"
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