quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O FC Porto um a um

A ESTRELA: João Moutinho 7

Servir de bandeja para o desperdício

Domínio absoluto ao meio, numa mistura equilibrada de raça e inteligência. Abriu uma avenida para Djalma, aos 6', com um passe soberbo que pedia apenas o toque da confirmação. Pegou no jogo, distribuindo-o com acerto e não apenas com passes de meia dúzia de metros, como no caso de Defour. Arriscou sempre, recuperou inúmeros lances e empurrou o FC Porto para a frente, obrigando Malafeev a sobressair. Voltou a ser brilhante numa assistência aos 59' a que Álvaro Pereira não deu o devido seguimento; arriscou no remate aos 63'; e empolgou o público com uma recuperação junto à área do Zenit, aos 77', pecando depois quando procurava entregar outra bola de bandeja. O problema é que, por muito Moutinho que haja - e houve -, isso é quase sempre a metade de um serviço completo.


Helton 6
Só aqueceu de duas maneiras: a protestar com o árbitro, num lance em que de pouco lhe valeu ter lembrado ao árbitro que era o capitão, e num corte acrobático com o pé que interrompeu um contra-ataque perigoso, já aos 90'.

Maicon 6
Inatacável no trabalho defensivo que ofuscou Danny e companhia, mas também a certeza de que, com ele, por muito carácter que garanta a Vítor Pereira, o lado direito fica sem profundidade, contribuindo para um ataque mais previsível.

Rolando 6
Duas grandes intercepções em cima do intervalo, num jogo tranquilo por falta de oposição. Acabou a ponta-de-lança, improviso irrelevante porque ninguém cruzou para o aproveitar.

Otamendi 6
Foi dos primeiros a dar nas vistas, jogando na antecipação. O jogo exigiu-lhe pouco mais do que vigilância atenta, acabando substituído num sacrifício óbvio para atacar.

Álvaro Pereira 6
Beneficia da apatia à direita e o que faz à esquerda, não sendo nem metade do que já conseguiu noutros tempos, até parece muito, comparado com o flanco oposto. Também podia ter feito bem melhor num remate aos 59', assim como nalguns dos cruzamentos que ensaiou.

Fernando 6
Enérgico nas recuperações, limpando o espaço que lhe competia vigiar, e a arriscar ainda em terrenos mais avançados. Até nos remates, a única coisa a sair-lhe mal.

Defour 5
Ponto de passagem frequente da bola, viabilizando o futebol de posse dos portistas. Uma posse inconsequente. O belga serviu de muleta dos passes curtos, sem ter contribuído para grandes desequilíbrios. Lesionou-se e é capaz de ter ficado no balneário por isso.

Djalma 5
É preciso encontrar um meio-termo entre o brilhantismo de Malafeev e o desperdício de Djalma aos 6', quando o avançado apareceu na cara do guarda-redes, isolado por Moutinho. Houve muita vontade de ser útil, esticando o contributo à defesa, mas sem engenho para ser decisivo onde lhe competia.

James 5
Perdido nos flancos, à esquerda e à direita, pouco lhe correu bem. A saída de Defour permitiu-lhe recuar, partindo para o ataque de uma zona central, e parecia querer arrancar para uma segunda parte convincente. Na realidade, ficou-se por duas grandes jogadas (aos 49' e aos 79'); e isso foi pouco.

Hulk 4
Não havia mal nenhum se este FC Porto fosse Hulk e mais dez se algumas das vezes Hulk se desse conta disso mesmo: que tem mais dez ao lado. No mínimo, tem quase sempre um a quem passar a bola, mas raramente o faz. E quando o fez, falhou mais do que devia. Um livre-bomba, aos 29', e um cruzamento-remate (mais remate...), aos 49', foram excepções numa exibição de muitas tentativas e pouco acerto.

Kléber 3
Entrou ao intervalo para o lugar de Defour. O jogo até parecia precisar dele, mas percebeu-se depois que, afinal, ter ou não ter ponta-de-lança neste FC Porto parece dar no mesmo: Hulk remata sempre à baliza...

Varela 3
Não é uma tarefa fácil virar as coisas em pouco mais de 20 minutos, muito menos para este Varela, uma sombra do "velho Varela", que era de um atrevimento explosivo.

Belluschi 2
Dez minutos algo perdido numa equipa que procurava apontar à área. E nem sempre o conseguiu...

in "ojogo.pt"

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