Alex Sandro está de novo a contas com uma lesão muscular e vai falhar o jogo de hoje com o Estoril. O lateral-esquerdo vai na sua quinta lesão, desde Março de 2011, e quatro dessas lesões foram musculares. Só no FC Porto, esta é a terceira recuperação que inicia. Maré de azar? "No Atlético Paranaense até lhe chamavam árvore, porque ele resistia a tudo. Batiam nele e ele nem caía", conta Pablo Miranda, seu empresário, que garantiu a O JOGO um regresso para breve: "Não é grave, só sente dor quando chuta ou cruza".
Encontrar uma explicação para este percurso intermitente, constantemente fustigado por lesões, não é fácil: "Não sei se é cansaço, ou se é uma consequência da mudança de métodos de treino. Não sei dizer. Mas a verdade é que à excepção da lesão que sofreu contra o América, que foi mal curada e teve recaída no Mundial sub-20, as outras não têm ligação."
Mas para o adepto comum, perceber como é que um jogador que custou 9,6 milhões de euros, como Alex Sandro, só tenha jogado 180 minutos desde o início da temporada é, no mínimo, difícil. A questão foi colocada a Pablo Miranda, que apontou, no entanto, um factor incontornável para que o brasileiro tarde em aparecer no FC Porto: "Álvaro Pereira é muito forte".
Somadas as lesões ao peso do lateral uruguaio na equipa, compreende-se melhor o que está a acontecer, mas 9,6 milhões de euros continuam a ter um peso considerável para um jogador que não tem sido opção. "Ele sabia para o que vinha. Sabe que o Álvaro é um dos melhores laterais do mundo e que ia ser difícil entrar na equipa", argumentou. A saída de Álvaro é o remédio? "O Alex Sandro está bem, sabe que o seu projecto é para aparecer mais à frente, porque ao contrário do Danilo, por exemplo, ele tem forte concorrência para entrar na equipa."
As lesões à lupa
Março 2011 - Lesão num joelho, que obrigou a uma paragem de um mês
Julho 2011 - Lesão muscular de grau dois, na face posterior da coxa direita, frente ao América Mineiro, com paragem de um mês
Agosto 2011 - Ressentiu-se da lesão muscular contra a Áustria, no Mundial sub-20. Esteve 12 minutos em campo. Acabou por ser cortado do grupo. Paragem de três meses
Novembro 2011 - Nova lesão muscular sofrida ao serviço da selecção principal do Brasil após os jogos particulares com o Gabão e o Egipto. Paragem de 18 dias
Janeiro 2012 - Distensão muscular no adutor da coxa esquerda. Falha jogo com o Estoril
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