Há dois anos, Sérgio Oliveira estava nas nuvens: era o mais jovem jogador a ter vestido a camisola do FC Porto e tinha uma cláusula de 30 milhões de euros. O primeiro troféu já voou (roubou-o Kadú), o segundo continua por justificar. Em ano e meio, foi 7 vezes titular ao serviço do Beira-Mar e uma com a camisola do Malines. De saída da Bélgica, diz a O JOGO que não atira a toalha ao chão e que quer justificar o investimento que o FC Porto tem sido feito em si. "Sei o que valho e sei que posso dar muito mais, mas estou numa idade em que não posso estar parado, preciso de jogar", analisa, desencantado com a experiência.
"Não tenho sentido a confiança das pessoas, porque nos jogos acho que tenho estado bem, até marquei um golo ao Standard, mas não sou opção inicial. Tenho o direito a errar e é isso que me vai dar experiência, mas sem continuidade é mais difícil", sustenta, garantindo que o acompanhamento do FC Porto tem sido incansável e que se sente em dívida para com o clube: "Quando não se joga é-se questionado, mas eu acredito que a avaliação que fizeram sobre mim é justa. Agora é a altura de ser eu a retribuir a aposta."
Adiantando que prefere "voltar a Portugal" do que insistir no estrangeiro, Sérgio Oliveira questiona, ainda assim, o que é feito dos jogadores que foram vice-campeões do mundo no Verão: "Há dois ou três que estão a jogar. Os outros, nem vê-los. Parece que há dificuldade em apostar nos jovens, parece que chegar à final de um Mundial é banal."
Sem competir há exactamente um mês, Sérgio Oliveira só quer ver a sua situação resolvida para queimar etapas e voltar a ter oportunidades. Aos 19 anos, tem sede de maturidade. "Preciso de experiência para me afirmar e isso não se ganha nos treinos, ganha-se a jogar. Não peço a titularidade como oferta, mas que me deixem trabalhar e jogar", conclui o médio lançado por Jesualdo Ferreira numa eliminatória da Taça de Portugal, frente ao Sertanense.
Confiou gestão da carreira e vai regressar a Portugal
Sérgio Oliveira começou a carreira com desconfiança face ao assédio de vários empresários que depressa detectaram o seu valor. A família prestou-lhe acompanhamento numa primeira fase, mas o médio assinou agora com a Promosport, empresa do agente FIFA António Teixeira. É o representante quem está a gerir, com o FC Porto, a colocação do jogador. O regresso a Portugal é a hipótese mais provável e a que mais agrada a Sérgio Oliveira.
in "ojogo.pt"
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