segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Fucile desolado: está há dois meses na bancada

«O Porto já é a sua casa. Ele sente a camisola, não é um mercenário.»


Fucile não tem explicações para o que está a acontecer. O lateral uruguaio representa o F.C. Porto desde 2006, sendo o segundo elemento com mais tempo de casa no plantel. Só Hélton o supera. Com Vítor Pereira, está há dois meses nas bancadas. A saída está em cima da mesa.

Pablo Tomaduz, empresário do jogador, reconhece que Fucile anda triste. Afectado. Não questiona o treinador porque tem de aceitar as decisões. Ainda assim, esperaria certamente melhor tratamento na sexta época de dragão ao peito. 

«Claro que o Fucile se sente triste pela perspectiva de ter de abandonar a sua casa. O Porto já é a sua casa. Ele sente a camisola, não é um mercenário. Renovou contrato com o F.C. Porto por cinco vezes, desde que chegou. Agora, estamos nesta situação», desabafa o empresário, em conversa com oMaisfutebol.

«Porto nunca quis ouvir propostas»

Jesualdo Ferreira, André Villas-Boas e agora Vítor Pereira. O lateral uruguaio foi opção regular até 1 de Novembro de 2011. Tanto na direita como na esquerda. Cinco anos, seis épocas depois, desapareceu do onze. Nem no banco. «Está há dois meses a ver futebol da bancada.»

«Ele podia ficar assim até 2014, a receber o seu dinheiro, claro. Mas o Fucile não é assim. Quer jogar. Esta situação não é boa para ele nem para o clube, porque se está a desvalorizar. O Porto sempre acreditou nele e nunca quis ouvir as propostas que me foram chegando», lembra Tomaduz.

O empresário de Fucile tenta perceber a situação. Garante que não há problemas disciplinares pelo meio. Aliás, «Fucile não teve um único problema do género desde que chegou». Maicon ganhou o lugar e Danilo chegou para assumir o posto. O futuro é incerto. Sapunaru está na mesma situação.

«Não me compete falar sobre o Sapunaru, mas quanto ao Fucile, é evidente que o jogador anda triste porque nem para o banco vai. Tudo bem, é Maicon quem joga. Mas quem é o suplente de Maicon? O Bracalli? Não me quero meter no trabalho do treinador, mas também me custa esta situação», vai dizendo Pablo Tomaduz.

«Há uma boa possibilidade de algo acontecer»

Nesta altura, a saída afigura-se como cenário provável. «Face a esta situação, é o melhor. Mas temos de esperar. O Fucile tem treinado e tudo fará para conquistar a confiança de Vítor Pereira. Interesse de outros clubes? Sempre houve. Ainda no ano passado, falou-se disso. Mas o Fucile renovou pelo Porto, provando que gosta muito do clube»

«Acho que as coisas se podiam fazer de forma mais elegante. Não queremos criar um caso, são opções do treinador, mas claro que o Fucile fica em baixo quando nem vai para o banco», reconhece o agente.

Jorge Fucile começou a época como titular. Aliás, até à expulsão infeliz na Rússia, frente ao Zenit, estava entre os jogadores mais utilizados. Fez mais um par de jogos e desapareceu. Aquele lance terá marcado a época do uruguaio.

«Vamos ver o que vai acontecer. Há uma boa possibilidade de algo acontecer em Janeiro. Ele vai continuar a ser forte. Não é a primeira vez que Fucile fica de fora, mas nunca como o que se está a passar. Enfim, temos de respeitar. Mas custa muito», concluiu o empresário do jogador, ao Maisfutebol.

in "maisfutebol.iol.pt"

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