Kléber não atravessa um bom momento - o jejum de golos dura há dois meses - mas, ainda assim, mereceu grande destaque no site da FIFA, ao qual concedeu uma entrevista em que conta pormenores da sua (ainda) curta carreira. O avançado não escondeu que tudo tem acontecido muito rápido, em ciclos de um ano, e que isso tem prejudicado a sua evolução. "As coisas sempre aconteceram rápido de mais para mim", contou, tentando explicar como é que aos 21 anos está no FC Porto e já se estreou pela selecção do Brasil.
Kléber não procurou desculpas para as exibições menos conseguidas, preferindo usar um exemplo concreto para explicar as dificuldades que tem sentido. "Imaginem chegar ao FC Porto, que vinha da temporada mais vitoriosa da sua história, e ter a missão de substituir o artilheiro da equipa. É difícil. Se o próprio Falcao, que é um jogador consagrado, tem tido dificuldades para manter o mesmo nível enquanto se adapta ao novo clube, eu também não vou ter? Mas tenho a certeza de que tudo vai ser melhor. Posso render muito mais", admitiu.
Do Atlético Mineiro ao Marítimo, para chegar ao FC Porto em apenas dois anos. Kléber tem tido uma ascensão meteórica, mas que não lhe retira a humildade. "Afinal, só tenho 21 anos. Estou feliz, sei que estou a evoluir. Nenhuma fase dura mais de um ano até que já surja uma grande mudança", lembrou, recuando até 2009, quando atravessou pela primeira vez o Atlântico. "Pesquisei na internet sobre a ilha da Madeira, vi que tinham brasileiros no clube - o Cláudio Pitbull, ex-Grêmio, estava lá. Fiquei entusiasmado e vim. Aceitei". O resto da história é conhecida: um braço de ferro entre os dragões e os insulares que terminou apenas no último Verão.
Mudo ao telefone com Mano Menezes
Em Setembro, Kléber deixou meio Brasil de boca aberta quando foi convocado para os jogos com o México e a Costa Rica, que falharia por lesão. O sonho foi adiado por dois meses, já que a estreia surgiria com o Gabão. O avançado revelou uma conversa com o seleccionador que o deixou, literalmente, sem palavras. "Duas horas antes da convocatória, o Sidnei Lobo, adjunto do Mano Menezes, ligou-me e disse que o técnico queria ter uma palavrinha comigo. Fiquei completamente mudo. Aquilo apanhou-me de surpresa", admitiu, reafirmando o desejo de estar nas Olimpíadas de Londres.
in "ojogo.pt"
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