Sete golos sofridos nos últimos cinco jogos confirmaram a ideia que há muito se vinha criando, de que este FC Porto defende pior do que é o hábito, ainda que continue a ser a equipa menos batida do campeonato. Vítor Pereira já se insurgiu contra este facto, mas os números não mentem: com 40 golos sofridos em 40 jogos oficiais disputados, a equipa atual supera, pela negativa, as anteriores nove. Só em 2001/02 o dragão sofreu mais golos do que a média que agora conta. Pode até ser mera coincidência, mas a verdade é que também nunca durante esse período um treinador mudou tanto o setor defensivo como Vítor Pereira. Nos últimos 14 jogos (desde a receção ao Rio Ave, a 15 de dezembro em que usou a mesma configuração que empatou no jogo anterior com o Sporting) nunca repetiu a mesma fórmula. E se algumas vezes as trocas se devem a castigos ou lesões, na maioria são mera opção. Que o digam Maicon, Otamendi ou Sapunaru, aqueles que mais rodam. O primeiro volta de castigo contra o Olhanense e há nova alteração em perspetiva. Falta saber se é Otamendi ou Sapunaru o preterido.
O treinador portista começou a época com algumas surpresas. Paulatinamente, Fucile, Rolando, Otamendi e Álvaro Pereira marcaram uma posição, que raramente se alterou. Os problemas com o uruguaio, que entretanto saiu para o Santos, precipitaram a escolha de Maicon para a lateral-direita. A afirmação deste e a inconstância dos centrais foram depois a base para que as trocas se tornassem recorrentes. E essas são, para parte dos adeptos que O JOGO inquiriu [ver páginas 14 e 15], uma boa parte da explicação para a irregularidade da equipa.
Do setor, só Helton, Rolando e Álvaro Pereira são imunes às opções do treinador. Se não jogam é porque estão castigados ou lesionados. Ou então porque o jogo é de Taça da Liga. Com esta competição já terminada, esta parece a altura certa para Vítor Pereira normalizar as suas escolhas. O regresso de Danilo pode ser o clique que falta para que o primeiro terço do terreno assente, finalmente, numa única fórmula. O lado direito tem sido o que mais varia. Fucile, Sapunaru, Maicon, Danilo e até Fernando e Djalma, em situações pontuais, já tomaram conta do lugar. De resto, só Alex Sandro se pode queixar de uma utilização diminuta: sete jogos. Segue-se Mangala, com 13, mas neste caso com duas lesões a impedirem mais e melhor.
Danilo só estará disponível para a vista a Braga
Danilo regressa esta manhã ao Olival, depois de ter dado um "pulo" ao Brasil, devidamente autorizado pela SAD, para tratar de assuntos pessoais. Porém, ainda não deve receber autorização para começar a treinar com o plantel. Dito de outra forma, Danilo ainda não estará apto para a receção ao Olhanense, ficando o regresso aos eleitos adiado para a visita a Braga, o compromisso que se seguirá na agenda do FC Porto. Um cenário, aliás, que O JOGO já tinha traçado.
Danilo sofreu uma lesão no ligamento lateral interno do joelho esquerdo, logo nos minutos iniciais do primeiro encontro com o Manchester City e revelou, dias depois, que a paragem seria de seis semanas, um prazo que, ao que parece, será cumprido escrupulosamente. Danilo será reforço para os últimos jogos do campeonato, em que pelo andar da carruagem, tudo se decidirá.
O segundo jogador mais caro de sempre da história do FC Porto, contratado no verão, mas que chegou apenas no inverno, só conseguiu fazer cinco jogos de azul e branco, os dois primeiros como suplente utilizado e os outros três como titular. Ao terceiro, lesionou-se com gravidade e Maicon voltou a ser desviado...
Janko e Lucho estabilizaram
Se agora é a defesa que não se repete, noutra fase da época todo o onze esteve em constante rotação. O mercado de inverno, porém, colocou um ponto final nas interrogações. Lucho González assumiu o lugar no miolo que variava entre Belluschi, Guarín e Defour. E Janko resolveu as dúvidas entre Kléber e Hulk no eixo do ataque. Além da defesa, agora só não se sabe bem quem é o extremo-esquerdo.
in "ojogo.pt"
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