Diogo Gomes, adjunto de Moncho López, está no FC Porto desde os oito anos, pois foi lá que se iniciou, como jogador, tendo passado ainda quatro anos no FC Gaia e Maia Basket, mas para se transformar cedo em treinador, nos juniores e cadetes portistas. Nos seniores desde que o técnico espanhol chegou ao Porto, na época 2009/10, não esconde que ambiciona uma carreira como técnico, afastando-se assim da vocação do pai. Fernando Gomes também foi basquetebolista do FC Porto, mas destacou-se depois como dirigente, o que o levou do clube à Liga e daí à presidência da Federação Portuguesa de Futebol.
O jovem técnico, de 30 anos, sabe o que pretende mas é realista. "Estrear-me como treinador principal no FC Porto... não. Mas com a paixão que tenho pelo clube não posso deixar de sonhar, um dia, ganhar aqui como treinador principal todos os troféus que já ganhei e certamente continuarei a ganhar", diz, fazendo notar que "o Moncho ainda tem um futuro longo e risonho no clube, e eu terei de seguir, e com muita vontade, o meu próprio caminho, iniciando uma carreira como treinador principal". "Face à diferença de idades, quando o Moncho acabar a carreira eu ainda terei mais 12 anos pela frente...", afirma, sorrindo.
Como adjunto, Diogo Gomes é responsável por um trabalho inovador: "Faço a análise coletiva e individual da nossa equipa. E acompanho os jovens na sua integração na equipa sénior, tática e técnica, mas também sociais". Em Angola, na Supertaça, assumiu pela primeira vez o comando dos portistas, rendendo Moncho frente ao 1º de Agosto. "Pelo inesperado, fiquei um pouco nervoso. Mas não correu mal, porque ganhámos".
"Moncho López é o melhor "
Para Diogo Gomes ,"é um orgulho fazer parte de uma equipa técnica liderada por Moncho López". Segundo o adjunto, "é extremamente fácil trabalhar com ele, porque os princípios e valores que segue na sua vida e no seu trabalho são aqueles com que me identifico". Além disso, "é muito motivador, segue muitas vezes as nossas opiniões e ouve-nos mais do que possa parecer". Considerando-o "o melhor treinador da atualidade no basquetebol português", revela que Moncho "tem uma paixão enorme pelo clube e pela modalidade, por isso tenta ser sempre melhor a cada dia e levar o FC Porto a um registo histórico". Além disso, diz que "Moncho tem os quatro valores do sucesso deste clube: ambição, competência, rigor e paixão". A relação de Moncho López com os adeptos é próxima e alimentada pela paixão que o técnico espanhol revela. Diogo Gomes foi dos que tiveram maior influência nessa mudança: "Desde miúdo que sou portista e vivo o FC Porto, por isso era difícil no nosso gabinete não lhe explicar a mística do clube. Aliás, foi fácil para ele perceber que este é um clube especial".
Pai e irmão são influências
Filho de Fernando Gomes, presidente da FPF, Diogo Gomes afirma que só o vê como um pai. "A sinceridade, integridade, honestidade, gratidão e intolerância com a incompetência foram valores que me incutiu". Quanto ao basquetebol, diz que "claramente herdei a paixão dele, tal como a paixão pelo FC Porto". "Já com o meu irmão gémeo tenho uma relação positivamente difícil. Com ele aprendi que não se cede apenas para quem está acima de nós", diz sobre Sérgio Silva, que também é ex-basquetebolista e agora administrador financeiro.
in "ojogo.pt"
Sem comentários:
Enviar um comentário