sexta-feira, 9 de março de 2012

Filho do presidente da FPF quer singrar como treinador

Diogo Gomes, adjunto de Moncho López, está no FC Porto desde os oito anos, pois foi lá que se iniciou, como jogador, tendo passado ainda quatro anos no FC Gaia e Maia Basket, mas para se transformar cedo em treinador, nos juniores e cadetes portistas. Nos seniores desde que o técnico espanhol chegou ao Porto, na época 2009/10, não esconde que ambiciona uma carreira como técnico, afastando-se assim da vocação do pai. Fernando Gomes também foi basquetebolista do FC Porto, mas destacou-se depois como dirigente, o que o levou do clube à Liga e daí à presidência da Federação Portuguesa de Futebol.
O jovem técnico, de 30 anos, sabe o que pretende mas é realista. "Estrear-me como treinador principal no FC Porto... não. Mas com a paixão que tenho pelo clube não posso deixar de sonhar, um dia, ganhar aqui como treinador principal todos os troféus que já ganhei e certamente continuarei a ganhar", diz, fazendo notar que "o Moncho ainda tem um futuro longo e risonho no clube, e eu terei de seguir, e com muita vontade, o meu próprio caminho, iniciando uma carreira como treinador principal". "Face à diferença de idades, quando o Moncho acabar a carreira eu ainda terei mais 12 anos pela frente...", afirma, sorrindo.
Como adjunto, Diogo Gomes é responsável por um trabalho inovador: "Faço a análise coletiva e individual da nossa equipa. E acompanho os jovens na sua integração na equipa sénior, tática e técnica, mas também sociais". Em Angola, na Supertaça, assumiu pela primeira vez o comando dos portistas, rendendo Moncho frente ao 1º de Agosto. "Pelo inesperado, fiquei um pouco nervoso. Mas não correu mal, porque ganhámos".

"Moncho López é o melhor "

Para Diogo Gomes ,"é um orgulho fazer parte de uma equipa técnica liderada por Moncho López". Segundo o adjunto, "é extremamente fácil trabalhar com ele, porque os princípios e valores que segue na sua vida e no seu trabalho são aqueles com que me identifico". Além disso, "é muito motivador, segue muitas vezes as nossas opiniões e ouve-nos mais do que possa parecer". Considerando-o "o melhor treinador da atualidade no basquetebol português", revela que Moncho "tem uma paixão enorme pelo clube e pela modalidade, por isso tenta ser sempre melhor a cada dia e levar o FC Porto a um registo histórico". Além disso, diz que "Moncho tem os quatro valores do sucesso deste clube: ambição, competência, rigor e paixão". A relação de Moncho López com os adeptos é próxima e alimentada pela paixão que o técnico espanhol revela. Diogo Gomes foi dos que tiveram maior influência nessa mudança: "Desde miúdo que sou portista e vivo o FC Porto, por isso era difícil no nosso gabinete não lhe explicar a mística do clube. Aliás, foi fácil para ele perceber que este é um clube especial".

Pai e irmão são influências

Filho de Fernando Gomes, presidente da FPF, Diogo Gomes afirma que só o vê como um pai. "A sinceridade, integridade, honestidade, gratidão e intolerância com a incompetência foram valores que me incutiu". Quanto ao basquetebol, diz que "claramente herdei a paixão dele, tal como a paixão pelo FC Porto". "Já com o meu irmão gémeo tenho uma relação positivamente difícil. Com ele aprendi que não se cede apenas para quem está acima de nós", diz sobre Sérgio Silva, que também é ex-basquetebolista e agora administrador financeiro.

in "ojogo.pt"

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