Defour chegou, viu e venceu o... campeonato, mas já pensa na próxima época: para além de querer jogar mais, também sonha juntar pelo menos uma taça ao título de campeão. "É assim no FC Porto", diz.
Qual é a sensação de conquistar o campeonato logo no primeiro ano em Portugal?
Não podia ser melhor. Sinto-me bem, muito feliz e muito orgulhoso por ter conseguido um título importante na minha carreira. Quando cheguei, sabia que o FC Porto era uma grande equipa, mas vim encontrar algo ainda maior. O FC Porto é uma máquina de vitórias, é um clube vencedor por natureza e onde só se pode pensar em ganhar todos os dias e cada vez mais.
Quando chegou, o que mais o surpreendeu no clube?
O nível de profissionalismo. Tudo é pensado ao pormenor. Sabia que estava a chegar a um grande clube, mas nunca pensei que fosse assim tão grande nos pormenores. Tudo está organizado como nas melhores equipas do mundo.
E o que espera do futuro?
Quero ganhar mais títulos, muitos títulos. Quero vencer tudo. Liga dos Campeões? Sim, claro. Tudo é possível. Se o FC Porto já a venceu no passado, e nem foi assim há tantos anos, por que motivo não a pode voltar a ganhar na próxima época? É preciso acreditar.
Qual é o seu principal objetivo a nível pessoal?
Quero jogar mais. Quando cheguei, percebi que precisava de algum tempo para me adaptar, porque estava a reforçar uma equipa que acabava de vencer a Liga Europa e que já estava montada. Percebi que teria que ser paciente e que precisava de tempo para me adaptar à equipa e a equipa a mim. No final, posso dizer que correu tudo bem. Foi um bom ano, especialmente no final da época, que foi quando consegui fazer os meus melhores jogos.
Qual foi o momento mais importante desta época?
O jogo com o Benfica, sem dúvida. E com o Braga também. Esses foram os momentos mais importantes. Antes de jogarmos com o Benfica, toda a gente dizia que eles eram a melhor equipa do campeonato e nós fomos lá ganhar. Depois, antes de defrontarmos o Braga, passou-se a dizer que eram eles a equipa que jogava melhor futebol em Portugal. Estávamos no primeiro lugar, mas mesmo assim ninguém falava do FC Porto. No entanto, também fomos lá vencer, num jogo em que fomos melhores em todos os aspetos.
Como é que os jogadores foram recebendo as críticas dirigidas a Vítor Pereira?
É muito difícil ser treinador depois de um ano em que o clube venceu tudo. O início da época até começou bem, mas depois de perdermos aquele jogo com a Académica para a Taça de Portugal as críticas intensificaram-se. Os adeptos acham que temos de vencer sempre, porque estão habituados a isso, e quando não ganhamos é um desastre. O treinador também teve que se adaptar a isso, mas fez um grande trabalho.
Como disse, os adeptos do FC Porto são exigentes e, por vezes, até fica a sensação de que ganhar o campeonato não é suficiente...
E não é. Aqui não chega. Na próxima época quero voltar a ganhar o campeonato, mas também quero vencer a Taça de Portugal, a Taça da Liga e até na Europa. Quero ganhar tudo. Estamos num grande clube e, apesar de os adeptos terem ficado muito contentes com a vitória no campeonato, sentimos que eles querem sempre mais. Aqui temos que vencer mais alguma coisa, seja uma Taça de Portugal, uma Liga Europa ou até uma Champions. Os adeptos do FC Porto querem ganhar, ganhar e ganhar ainda mais. E isso é bom.
Lucho para uma posição diferente
Defour voltou a assumir que gosta de ser "um seis ou um oito" no campo, "nunca um dez", isto para explicar que não sofreu assim tanto com a chegada de Lucho. "Naquela altura, não estava a atravessar um bom momento de forma. Tinha jogado mais adiantado em algumas ocasiões, não é essa a minha posição, mas fi-lo pela equipa. Apesar de Lucho ter chegado, continuei a ter oportunidades de jogar", referiu.++
Aparelho nos dentes tirou-lhe as dores
A época terminou e Defour aproveitou o momento para recordar um dos aspetos que o ajudaram a melhorar a condição física: o aparelho nos dentes que foi obrigado a colocar quando chegou ao FC Porto. "Tinha problemas no ombro e também já tinha partido o pé. Tive muitos problemas, porque o meu corpo já não estava igual. Tinha dores um pouco por todo o lado. Era muito difícil conseguir treinar sem dores. Depois, colocaram-me o aparelho aqui no FC Porto e tudo acabou agora. Pareceu uma coisa simples, mas foi muito eficaz. Nunca mais tive problemas", explicou o belga, na altura em que estava a dar mais um exemplo do profissionalismo que veio encontrar no clube.
in "ojogo.pt"
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