André Bessa está de regresso ao FC Porto Ferpinta após duas temporadas de empréstimo ao Vitória de Guimarães. O atleta formado nas escolas azuis e brancas não deu esse tempo por perdido, mas é na hora de voltar a casa que não esconde o entusiasmo: ser aposta de Moncho López, defender o clube do coração e lutar por títulos é mais do que um sonho para o base. É a nova realidade.
As duas épocas que passou fora chegaram para fazer sentir saudades do FC Porto?
Claro! É sempre bom regressar ao clube do coração e foi também com esse intuito que trabalhei estes dois anos. Fui emprestado de forma a ganhar experiência para voltar à minha casa de sempre. Estou muito feliz com esta oportunidade.
Sente-se hoje melhor jogador?
Sem dúvida. Cresci muito como jogador, principalmente neste último ano, em que tive bastante tempo de jogo. Independentemente do bom trabalho nos treinos, competir é sempre importante, ainda mais para um jogador jovem. Treinar bem ajuda a evoluir, mas não se pode comparar com a evolução que há ao jogar. Acho que melhorei bastante o meu lançamento e a leitura de jogo, nomeadamente no "pick'n'roll".
Que objectivos traçou para nova temporada?
O primeiro objectivo passa, como é óbvio, por ser campeão. É o principal objectivo da época no FC Porto e é também um objectivo pessoal, porque quando cá estive ganhei a Taça de Portugal e a Taça da Liga mas não consegui ser campeão. Depois, em termos individuais, quero essencialmente ajudar a equipa, jogando muito ou jogando pouco. Estou cá para fazer parte do grupo e contribuir para que o FC Porto continue a vencer.
O plantel ainda não está fechado, mas já deu para perceber que vai ter concorrência forte...
É sempre bom ter concorrência. Uma pessoa treina melhor assim, desenvolve mais. É óptimo ter grandes jogadores para a minha posição e não haver titularidades garantidas, porque todos têm de dar o máximo dos máximos nos treinos. Passa por nós [bases] pôr a equipa a jogar, portanto sei que tenho responsabilidades acrescidas e vou trabalhar no limite para corresponder às expectativas.
Certamente já se cruzou com Moncho López nos corredores do Dragão Caixa. Que mensagem lhe passou o técnico?
Já falei com o treinador e sei qual é o meu papel na equipa. O Moncho disse-me que fez questão que eu regressasse, foi acompanhando a minha evolução como jogador e gostou. Explicou-me o que espera de mim numa fase inicial da época, sendo que, se trabalhar bem, vou ganhar progressivamente mais minutos. É claro que quando as oportunidades surgirem vou fazer tudo para as aproveitar. Aí também depende de mim, do que eu fizer em campo, tenho essa noção. Mas fico muito feliz pela aposta. Já tinha trabalhado com o Moncho antes da cedência e sei que ele é um dos melhores, o melhor em Portugal. Não quero com isto dizer que o meu treinador no Vitória não fosse bom, pelo contrário, mas toda a gente sabe que as condições no FC Porto são superiores. A estrutura é diferente, a própria mentalidade também. É difícil algum treinador trabalhar mais do que o Moncho trabalha, com a intensidade e exigência que ele coloca. Exige-nos os 200% a cada dia. Além disso, também aposta muito nos jovens, coisa que não se vê muito por aí...
Esse tipo de aposta acrescenta pressão aos mais novos ou, pelo contrário, retira-a, já que todos chegam "rodados" aos grandes palcos?
É bom, acho que para nós é bom. O FC Porto está a apostar forte no futuro. Se nós, os jovens, começarmos a jogar cada vez mais tempo agora, vamos evoluir mais rápido e, quem sabe, num futuro próximo o FC Porto pode ter uma equipa forte formada só por portugueses. Isso também será bom para a selecção nacional.
Sem comentários:
Enviar um comentário