Valência-F.C. Porto, 1-1 (2-0 nas g.p.)
Primeiro golo sofrido num teste muito a sério... durante 60 minutos
Um empate 1-1 ao fim dos 90 minutos, e uma tremenda imperícia no
desempate por grandes penalidades, fez com que o F.C.
Porto deixasse fugir o troféu Naranja, em
Valência, num jogo em que Lucho abriu o marcador e em que os portistas
sofreram
o primeiro golo da pré-temporada.
Ainda
não foi desta que uma equipa portuguesa saiu por cima no ritual de
apresentação
do Valência que, desta vez, teve uma componente
de beneficência, dado que a receita do jogo reverteu para as população
afetadas
pela onde de incêndios que assolou a região de
Valência há semanas.
No teste mais exigente da pré-temporada, até
ao momento, Vítor Pereira viu a sua equipa
corresponder com 60 minutos de apreciável competitividade, antes de o
rodízio de
substituições ter comprometido, de forma
irremediável, a ligação de jogo e o critério na circulação de bola.
Até
aí, o F.C. Porto tinha dado boa conta do recado,
apesar de o Valência ter desperdiçado duas boas ocasiões na primeira
parte,
com Feghouli, primeiro, e Soldado, depois, a
errarem a pontaria só com Helton pela frente.
Com Miguel Lopes a
titular
na direita e Sereno novamente adaptado a lateral
esquerdo, a estrutura defensiva do F.C. Porto dava alguns sinais de
instabilidade,
com um mau passe de Maicon para Otamendí a
deixar Soldado na cara de Helton.
Mas a equipa estabilizou a
partir dos
15 minutos, e começou a equilibrar os níveis de
posse de bola. Lucho puxava os cordelinhos, Atsu continuava a fazer pela
vida,
como tem sido regra nesta pré-temporada, e
algumas combinações já chegavam para inquietar Diego Alves, que aos 37
minutos
foi protegido pela sorte, quando uma bomba de
Otamendí, de fora da área, embateu com estrondo na sua trave.
Com
o
Valência a ter mais iniciativa, o F.C. Porto
respondia em ataques rápidos, o que dificultava a ligação com Jackson
Martínez.
O colombiano, muito generoso nas movimentações,
foi quase sempre mal servido e não teve oportunidade de pôr em xeque uma
defesa
do Valência onde Ricardo Costa surgia melhor do
que João Pereira.
Mostrando que os técnicos levavam o teste a
sério,
ninguém fez substituições ao intervalo. E foi no
recomeço que jogo animou, primeiro com Ricardo Costa a acertar no poste
de
Helton, depois com Lucho a marcar um golaço, de
ressaca, após um canto (57 m). Respondeu rapidamente o Valência:
aproveitando
a constante passividade portista nos cruzamentos
ao segundo poste, Jonas concluiu um bom cruzamento do mexicano
Guardado,
apenas seis minutos depois.
Esse lance
marcou uma viragem no jogo, já que a sucessão de substituições quebrou a
dinâmica às duas equipas, especialmente ao F.C.
Porto, que consentiu o domínio à equipa de Pellegrino. No final dos 90
minutos,
e como havia um troféu para entregar, o Valência
saiu por cima num desempate por penaltis em que os portistas cometeram a
proeza de... não acertar uma única tentativa. E
Kelvin, que quis fazer um bonito à Panenka, permitindo a defesa a Diego
Alves,
deverá ficar com as orelhas a arder no regresso à
Invicta.
VALENCIA: Diego Alves, João Pereira, Mathieu, Víctor Ruiz,
Ricardo Costa, Tino Costa, Parejo, Guardado, Feghouli, Jonas e Soldado.
Jogaram ainda: Bernat, Pablo Hernandez, Viera,
Alcácer, Gago e Barragán.
F.C. PORTO: Helton, Miguel Lopes, Otamendi, Maicon, Sereno, Fernando, Lucho, Defour, James,
Jackson Martínez e Atsu.
Jogaram ainda: Mangala, Rolando, Castro, João Moutinho, Iturbe, Kelvin, Djalma e Kléber.
Marcadores:
Lucho, 57; Jonas, 63:
Vitória para o Valência nas g.p., 2-0: pelo F.C. Porto falharam Kléber, Iturbe, Kelvin e Moutinho.
Pelo Valência marcaram Parejo e Gago, falhando Bernat.
in "maisfutebol.iol.pt"
Sem comentários:
Enviar um comentário