Só Hulk não chega contra um super-Adriano
A figura: Adriano Fachhini
As férias não lhe tiraram qualidades. Ágil e voador, com garra e coragem, foi sacudindo os cruzamentos que lhe apareceram no raio de ação e, durante o primeiro tempo, ainda teve duas boas intervenções a remates de Lucho e Hulk. Começa bem a época, provando que é um dos bons valores na baliza do campeonato português. A defesa à «bomba» de Hulk ou ao cabeceamento de Jackson são disso bons exemplos.
O momento: Jackson quase repete a estreia
Minuto 87. Depois do golo no último minuto da estreia oficial, na Supertaça, Jackson Martínez esteve perto de escrever história idêntica. Um par de minutos mais cedo, correu em esforço para cabecear quase de costas para a baliza para a mais brilhante de todas as defesas de Adriano. Sublime o guardião gilista.
Positivo: verão no estádio
O dia era de praia mas as saudades da bola falaram mais alto. O Estádio Cidade de Barcelos esteve muito bem composto para o arranque da Liga. Não esgotou, como na temporada passada, mas ficou perto. Mereciam melhor espetáculo.
Negativo: James Rodríguez
Pouca coisa lhe saiu bem em Barcelos. Tarde de muita pouca inspiração do colombiano que voltou a começar colado a uma ala mas esteve, como sempre, mais pelo meio. Um ou outro pormenor de qualidade (porque a tem, como é óbvio) não serviram para maquilhar um jogo pobre. Ainda busca a melhor forma.
Outros destaques
Hulk
Foi chegar, ver e jogar. A principal surpresa do onze portista apenas o foi pelo momento e não pelo óbvio estatuto nas opções de Vítor Pereira. A verdade é que o brasileiro não precisa de adaptações porque conhece como ninguém os cantos à casa. E,por isso, tentou pegar na batuta. Começou na direita, mas foi na esquerda que criou mais perigo no primeiro tempo. Dois remates a rondar a baliza gilista e uma ou outra arrancada. Mais um míssil no segundo tempo, que Adriano desviou.
Lucho Gonzalez
Ainda meteu uma bola na baliza de Adriano, no primeiro tempo, mas o lance foi anulado por nítido fora-de-jogo. Nesse período, foi o mais rematador dos homens de Vítor Pereira, aproveitando todas as nesgas de espaço que encontrava para tentar alvejar a baliza.
Jackson Martínez
Ficou em branco, mas não foi por falta de esforço. Lutou muito, procurou espaços, esteve perto do golo em dois lances na reta final e não teve a sorte da semana passada. Continua a aprender a jogar no F.C. Porto.
César Peixoto
O toque de classe do meio campo gilista. Acrescenta qualidade a cada toque na bola e, esta tarde, deu ao seu jogo um dado que era muito importante: abnegação. Contra uma equipa com o poderio do F.C. Porto, sabia que não poderia passar o jogo de batuta na mão e foi mais um operário em prol do objetivo comum. Sai com boa nota.
in "maisfutebol.iol.pt"
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