Confirmada a maldição canarinha no torneio olímpico; «incrível» saiu do banco e deixou marca, mas tarde de mais.
Ainda não foi desta! A seleção olímpica do Brasil voltou a falhar a
medalha de ouro,
perdendo para o México a decisão do torneio de
2012. Em Wembley, nem Neymar, nem Oscar, nem Hulk. Foi o ponta de lança
mexicano,
Oribe Peralta, a grande figura da partida,
marcando os dois golos da sua equipa, que assim conquista um inédito
primeiro lugar.
Alex
Sandro foi o único jogador do F.C. Porto titular
nos brasileiros, relegando Hulk para o banco. Mas os papéis
inverteram-se
logo aos 30 minutos, com o «incrível» a sair do
banco e a deixar a sua marca na partida.
Numa tarde de grande
desinpiração
coletiva do Brasil, o «incrível» teve
dificuldades para encontrar espaços, mas ainda viria a marcar o tento de
honra da sua
equipa, numa entrada em velocidade pela direita,
no primeiro minuto dos descontos. Hulk voltaria a ter um lance de
grande
destaque, trabalhando na direita para o
cabeceamento de Leandro Damião, que só com o guarda-redes mexicano pela
frente cabeceou
por cima. Foi o canto de cisne dos canarinhos.
Em
Wembley, na sua primeira final olímpica, o México adiantou-se logo
aos 29 segundos. Os mexicanos adiantaram-se logo
na primeira jogada, aproveitando uma hesitação defensiva de Rafael, que
perdeu
a bola em zona proibida, permitindo a Peralta o
remate vitorioso de fora da área.
A partir daí, os mexicanos
organizaram-se
nas imediações da sua área, convidando o Brasil a
assumir a iniciativa. Face à ineficácia dos seus jogadores, Mano
Menezes
acabou por inverter a opção tática inicial,
tirando Hulk do banco e lançando-o para o lugar do também portista Alex
Sandro
(30 m).
A reação brasileira foi sendo
feita de forma descoordenada, e o México foi ganhando confiança,
acabando por
chegar ao segundo golo, numa boa cabeçada de
Peralta, após cruzamento na direita. A partir daí, o Brasil, com os
nervos à
flor da pele, carregou, teve discussões em campo
(Rafael foi substituído e saiu aos gritos com o colega Juan) e
conseguiu
apenas encurtar distâncias no tal golo de Hulk,
que veio tarde de mais.
Apesar de esta ser a terceira final
olímpica
para o futebol brasileiro, a canarinha nunca
conseguiu melhor do que a medalha de prata. O Brasil partia para esta
final com
claro favoritismo, diante de uma boa seleção
mexicana, privada do avançado Giovani dos Santos, por lesão. Mas Peralta
chegou
para as necessidades.
Confira os onzes:
BRASIL: Gabriel; Rafael (Lucas, 84 m), Thiago Silva, Juan, Marcelo;
Sandro (Pato, 70 m), Oscar, Rômulo; Alex Sandro (Hulk, 30 m), Leandro Damião, Neymar.
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