sábado, 1 de setembro de 2012

Olhanense-F.C. Porto, 2-3 (crónica)


Não foi um F C Porto de brilho intenso como no jogo com o Vitória Guimarães, que esteve no Estádio Algarve, mas sim uma equipa que soube ser paciente e trabalhou o suficiente para vencer o Olhanense.


A entrada de James Rodriguez foi determinante na reviravolta dos campeões nacionais, depois de Abdi ter adiantado os algarvios no marcador. Além de James, outro colombiano (Jackson Martinez) faturou e Hulk também «molhou a sopa», no 3-2 final, pois Targino ainda amenizou a derrota algarvia.


A entrada de James, aos trinta e seis minutos para o lugar de Atsu, foi um claro sinal de insatisfação por parte de Vítor Pereira para com a sua equipa. Hulk, mesmo longe de uma exibição ao seu melhor nível, era dos poucos que conseguia animar ofensivamente os dragões, diante de uma equipa organizada (como pedira Sérgio Conceição) em frente à sua área, e em transições rápidas para o ataque, com Abdi a infernizar a vida a Danilo.


A grande ovação que o colombiano do F C Porto recebeu quando entrou, foi sinónimo de concordância com a decisão do treinador dos campeões nacionais. Até então o F C Porto mandava no jogo mas era inconsequente nos últimos metros, com passes errados em demasia, falta de pontaria e sem a mobilidade desejada para não se deixarem antecipar pelos jogadores do Olhanense.


E, seis minutos depois de ter entrado, James deu razão ao treinador e fez por merecer a ovação, ao marcar num vistoso chapéu, depois de uma bola aliviada por Ricardo. Empatou o jogo e aliviou as hostes portistas, um pouco abaladas com a vantagem que o Olhanense tinha adquirido aos 13 minutos, por Abdi, depois de um bom trabalho de Rui Duarte e Luís Filipe. E até estava certinho o Olhanense a defender a vantagem, apesar dos dragões terem desperdiçado ocasiões para marcar.


Jackson Martinez, de cabeça, e Hulk, num remate que ainda raspou a tinta da quina do poste direito da baliza de Ricardo, viveram esses momentos.


A magia de James Rodriguez prolongou-se na segunda-parte, num passe (48 minutos) a rasgar a zona central da defesa algarvia e colocou Jackson Rodriguez diante de Ricardo. O avançado ladeou o guarda-redes e rematou para dar vantagem aos dragões. Um golo colombiano no Estádio Algarve, numa reentrada forte do F C Porto, que antes (apenas com 27 segundos) já desperdiçara uma oportunidade, por Jackson.


Sérgio Conceição tentou contrariar o domínio do F C Porto, com a entrada de Targino, e o ataque do Olhanense ganhou mais mobilidade. Uma tentativa de aproximação à baliza de Helton, que até foi, a espaços, conseguida, mas que sofreria duro revés, numa bomba de Hulk, que ampliou o marcador.


Targino, o tal que mexeu com o ataque dos algarvios, ainda deu uma injeção de esperança aos adeptos algarvios, quando a quatros minutos do fim reduziu, concluindo uma boa abertura de Rui Duarte. Depois, foi aguentar o natural empertigamento final dos algarvios.


Vitória inquestionável dos dragões, valorizada pelo Olhanense, que conseguiu ir adiando a imposição da superioridade adversária, obrigando Vítor Pereira a ter que alterar a sua equipa ainda na primeira parte. Sinal de que as coisas não estavam fáceis...

in "maisfutebol.iol.pt"

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